Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

GREVES DOS SERVIDORES FEDERAIS - Primeiro dia de negociações termina sem acordo

Governo espera definição de proposta somente na próxima semana

Tai Nalon
VEJA 


Servidores federais em greve marcham no centro do Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira (Antonio Scorza/AFP)

O primeiro dia da maratona de reuniões do governo federal com servidores paralisados terminou sem acordo e sem perspectiva de interrupção da greve. Centralizadas pelo Ministério do Planejamento, as negociações são concentradas no secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, que reuniu-se nesta terça-feira com representantes da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), do Incra e do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Na pauta de reivindicações, aumento salarial, novas contratações e reformulação de planos de carreira.

O governo, no entanto, não apresentou proposta. Segundo Mendonça, técnicos do Planejamento ainda estudam o espaço viável no Orçamento para conceder os reajustes. "Não há [proposta]. A hora que nós tivermos uma resposta para o Ministério do Desenvolvimento Agrário, para os servidores do Incra, todos, tudo isso é feito a partir de uma análise global do orçamento", disse. Oficialmente, o governo tampouco sinalizou se privilegiaria servidores com menores salários, conforme ventilado por interlocutores do Planalto.


Nesta semana, ao menos, não há expectativa para resolução dos conflitos. O governo trabalha com o prazo de 31 de agosto, quando fecha a proposta orçamentária de 2013, o que complica as estratégias de negociação do funcionalismo.

Nesta terça, um grupo de grevistas ligados ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e ao Incra chegou a ocupar por mais de duas horas a sala de reuniões onde estão sendo realizadas as negociações. Só saíram quando o governo prometeu apresentar, na próxima segunda-feira, proposta concreta de reajuste para a categoria. "O governo nos chama para negociar, mas apresenta uma mesa de enrolação", ironizou Décio Machado, diretor da Confederação Nacional das Associações dos Servidores (Cnasi)

Na avaliação do governo, já houve diálogo suficiente com os grevistas ao longo dos mais de dez anos de gestão petista. "O governo trabalha com esse cenário", disse. O Planalto diz que cerca de 70 mil servidores estão parados em todo o país, número contestado pelas entidades sindicais, que falam em mais de 300 mil grevistas. O secretário, porém, afirma a paralisação não tem afetado significativamente os serviços à população.

O governo prevê conversar com sete entidades na próxima quarta: Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), Fasubra (Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras), Senasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica), Fiocruz, IBGE, CNTSS (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Seguridade Social) e Fenasps (Federação Nacional de Servidores da Previdência Social). A maratona de reuniões segue até sexta-feira.



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