O reajuste médio, decidido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), entra em vigor a partir do dia 31
Mariana Branco
Publicação: 09/03/2010 08:58 Atualização: 09/03/2010 09:01
Mariana Branco
Publicação: 09/03/2010 08:58 Atualização: 09/03/2010 09:01
Para os medicamentos com concorrentes genéricos acima de 15% do total do mercado, o aumento máximo será de 4,45% |
Para alguns grupos específicos de medicamentos, entretanto, o reajuste pode ficar acima da média divulgada pelo Cmed, órgão interministerial ligado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Isso porque a resolução que trata do aumento divide os remédios conforme a maior ou menor presença, no mercado, de genéricos usados para a mesma finalidade. Se o medicamento pertence a uma classe terapêutica para a qual existem 20% ou mais genéricos, poderá ser reajustado em até 4,83%. Se a participação dos genéricos ficar entre 15% e 20%, o preço poderá ser elevado em até 4,64%. Apenas para remédios cujos concorrentes genéricos são em número menor do que 15% do total do mercado o reajuste máximo autorizado ficou abaixo da média, em 4,45%. A Cmed considera que quanto mais genéricos de um medicamento existirem no mercado, menor a competitividade dele. Daí as diferenças nas autorizações para reajuste.
Limites
Para o presidente do Sincofarma, Felipe Faria, as subdivisões não devem pesar em excesso no bolso do consumidor do DF. “Se o dono de farmácia aplica o aumento cheio, de 4,83% , para um grupo terapêutico, compensa aumentando abaixo da média outro grupo. No fim, os medicamentos sobem em torno de 4,6% no geral, que é um valor bem próximo do que a gente esperava”, afirma.
Felipe Faria lembrou que os reajustes autorizados são tetos e que fica a critério dos empresários do setor aumentar ou não cada medicamento, conforme a sua conveniência. “Raramente alguém aumenta todos”. Faria disse ainda que o reajuste deste ano, e os últimos autorizados pelo Cmed, têm “protegido” o consumidor. “Eles nunca cobrem a inflação”, declarou.
Na última sexta-feira, Álvaro Silveira Júnior, sócio-diretor do Grupo Rosário Distrital, que tem 75 farmácias no DF, também disse que dificilmente o aumento incidiria sobre todos os medicamentos que têm preços controlados pelo governo – cerca de 20 mil, atualmente, com apenas fitoterápicos e homeopáticos excluídos. Para o executivo, o mercado de medicamentos em Brasília tem margem de manobra para oferecer preços competitivos, independentemente de reajustes. “A concorrência está muito grande e o mercado está muito dinâmico. As maiores redes do país estão em Brasília”, comentou Júnior.
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