Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

domingo, 14 de março de 2010

SÃO PAULO/SEGURANÇA PÚBLICA/CASO GLAUCO - polícia investiga participação de motorista





São Paulo - Polícia Civil de Osasco, na região metropolitana de São Paulo, informou neste domingo que está investigando qual foi a participação do dono e motorista do carro usado na fuga de Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, 24 anos, suspeito de matar o cartunista Glauco Villas Boas e o filho, Raoni Villas Boas, na madrugada de sexta-feira. Segundo informações da delegacia que investiga o caso, a polícia negocia com familiares do motorista sua apresentação para prestar depoimento.
Apesar das negociações, policiais disseram acreditar que o dono do carro deve apresentar-se somente na segunda-feira. O suspeito de cometer o crime ainda está foragido e é procurado por investigadores.
Glauco e seu filho foram assassinados no início da madrugada de sexta na porta de casa, com quatro tiros cada um. O enterro de ambos ocorreu na manhã de sábado, no cemitério Gethsêmani Anhanguera, em São Paulo.
No sábado à noite, a polícia informou ter localizado o veículo que foi usado na fuga do suspeito de cometer o crime. De acordo com o canal de notícias, GloboNews, os policiais investigam ainda a participação de um terceiro envolvido no crime.
De acordo com o advogado da família de Glauco, Ricardo Handro, os detalhes do crime são sórdidos. "Houve cenas terríveis, que estamos procurando poupar. A família ainda está em estado de choque", disse o advogado, que ainda descartou que o suspeito do crime seja próximo das vítimas. O cartunista era um dos líderes espirituais da Igreja Céu de Maria, que segue a filosofia do Santo Daime e tinha cultos próximos à casa dele - onde aconteceu o crime.
"Ele não é seguidor da igreja. As pessoas dizem que ele foi lá algumas vezes. Mas no ano novo havia cerca de 600 pessoas lá e no aniversário de Glauco (no dia 10 de março) tinha umas 400", afirmou Handro. A enteada do cartunista confirmou que o suspeito não era próximo da família. "Ele era conhecido de Raoni, foi algumas vezes lá, mas não fazia parte do grupo de amigos", disse Juliana Vennis.
Segundo Juliana, que estava presente na cena do crime, Raoni teria implorado para o suspeito não atirar. Durante seu depoimento na sexta-feira, ela afirmou que o suspeito queria levar Glauco para a casa dele, em Pinheiros, para dizer à sua mãe que ele é Jesus Cristo, também segundo relato do familiar.
Entenda o caso
O cartunista e seu filho, Raoni Villas Boas, 25 anos, foram mortos na madrugada de sexta-feira, dia 12 de março, com quatro tiros cada, na residência da família, em Osasco (SP). Os dois chegaram a ser levados para o Hospital Albert Sabin, mas não resistiram aos ferimentos.
Glauco começou sua trajetória como cartunista nos anos 70, no Diário da Manhã, de Ribeirão Preto (SP). Ele publicou suas tiras também na Folha de S.Paulo e na revista Chiclete com Banana. O cartunista é famoso por ter criado personagens como Geraldão, Casal Neuras, Doy Jorge, Dona Marta e Zé do Apocalipse.
Na casa de Glauco, eram realizados cultos da Igreja Céu de Maria, que segue a filosofia do Santo Daime, prática religiosa cristã, ecumênica, que repudia todas as formas de intolerância religiosa. Os seguidores tomam o chá conhecido por esse nome. Para eles, a bebida amplia a capacidade perceptiva, criativa, cognitiva e de discernimento, elevando a consciência do ser humano.

 

 

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