Cinco pessoas, entre elas duas mulheres, são suspeitas do ataque.
Incêndio deixou 13 feridos; quatro estão em estado grave.
Incêndio deixou 13 feridos; quatro estão em estado grave.
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Nesta quinta-feira (4), alguns passageiros do micro-ônibus prestaram depoimento. As testemunhas contaram, que, pelo menos, 15 pessoas cercaram o veículo e jogaram várias pedras. Uma delas quebrou o para-brisa, o que teria forçado o motorista a parar. Logo em seguida, o veículo foi incendiado. Treze passageiros ficaram feridos e quatro ainda continuam internados em estado grave, com queimaduras pelo corpo.
A PM informou que reforçou o patrulhamento na Cidade de Deus com mais 80 policiais. No entanto, muitos moradores da região ainda estão com medo de novos ataques.
A vendedora Camila Sampaio é uma delas: “A gente vai com a coragem. A gente tem que ir. Vai fazer o que? Dentro de casa não pode”, disse a vendedora.
O comandante da Unidade de Polícia Pacificadora da Cidade de Deus, Coronel Sidney Pazzini, explicou que o reforço foi feito em determinadas localidades da favela, como Karatê a Rocinha 2, consideradas as mais perigosas.
Imagens de dois estabelecimentos próximo ao local de onde aconteceu o ataque podem ajudar a esclarecer o crime.
Cinegrafista registra ataque
Um cinegrafista amador registrou as imagens do ataque, dez minutos depois da ação. As imagens mostram o ônibus ainda em chamas, o momento em que a ambulância chega para socorrer as vítimas, a ação dos bombeiros, e ainda o desespero das pessoas que sofreram queimaduras.
O governador Sérgio Cabral atribuiu o ataque ao sucesso das Unidades Pacificadora de Polícia (UPPs) e garantiu que projeto será ampliado para outros pontos da cidade.
O delegado da 32ª DP (Taquara), João Luiz Garcia, informou que o pai, a irmã de 15 anos e um primo do suspeito detido com drogas na noite de terça-feira (2), na Cidade de Deus, prestaram depoimento nesta quarta-feira (3).
Segundo o delegado, os parentes do suspeito foram levados para a delegacia por desacato durante a ação na favela, mas não descarta a possibilidade de participação no ataque ao micro-ônibus.
Desde cedo, cerca de 80 policiais do 18º BPM (Jacarepaguá) e da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) reforçam o patrulhamento na região. Há mais de um ano a Cidade de Deus está ocupada pela UPP.
Os policiais fizeram operações para prender os suspeitos, que teriam atacado o veículo com uma bomba incendiária conhecida como “coquetel molotov”.
De acordo com registro feito na 32ª DP (Taquara), dos 20 passageiros do micro-ônibus da Linha 701 (Madureira-Alvorada), 13 ficaram feridos, mas uma das vítimas foi medicada e liberada sem ter o nome registrado pela polícia. Nenhum dos feridos é morador da comunidade.
Seis vítimas continuam internadas
Os 12 feridos identificados são: Gabriel Lima, Rosângela dos Santos, Ana Sheila de Souza, Luciana Fernandes, Nara Martins, Anne Andrade, Cristiane da Silva Maciel, Karina Ferreira, Paula Núbia Rodrigues, Antônio Carlos Godoy, Laís de Melo Rodrigues e Ronaldo Luiz Costa Ferreira. Dos 13 feridos, seis foram liberados depois de medicados.
Laís de Melo Rodrigues, de 21 anos, teve 48% do corpo queimado e também foi transferida para o Souza Aguiar. Nara Martins, de 27 anos, continua internada no Lourenço Jorge, com 27% do corpo queimado.
Cristiane da Silva Maciel teve 20% corpo queimado e foi transferida para o Hospital Central da Polícia Militar (HCPM), no Estácio. Rosângela dos Santos também foi transferida para lá e não há informações sobre o seu estado de saúde.
Ana Sheila de Souza foi encaminhada para o o Cardiotrauma, em Ipanema. E Antônio Carlos Godoy foi transferido para o Hospital do Andaraí, na Zona Norte.
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