France Presse
Publicação: 04/03/2010 19:01
Publicação: 04/03/2010 19:01
A presidente argentina, Cristina Kirchner, denunciou nesta quinta-feira (4/3) a existência de tentativas de destituir seu governo, no âmbito de um forte enfrentamento com a nova maioria opositora no Congresso sobre o pagamento da dívida com reservas do Banco Central.
"Estamos diante de tentativas de destituição evidentes por parte de alguns setores", disse Kirchner, sem identificar os supostos conspiradores, durante ato na Casa Rosada, sede do governo.
Kirchner, que já havia denunciado no passado supostas campanhas de desestabilização, questionou à oposição por bloquear no Senado a nomeação da titular do Banco Central, Mercedes Marcó del Pont, no mesmo dia que as bancadas rivais ao govero assumiram o controle do Parlamento.
A oposição criticou duramente Marcó del Pont por implementar dois decretos de Kirchner que habilitam o pagamento da dívida pública com reservas do Banco Central, que na Argentina é uma autarquia federal.
"Esta presidente quer pagar e vai pagar (a dívida) com as reservas do Banco Central; quero assegurar aos credores que vão receber a dívida", disse Kirchner em desafio aberto à majoritária oposição parlamentar.
A presidente também criticou a juíza que ordenou ao governo argentino que se abstenha de usar reservas do Banco Central para pagar a dívida pública.
Na segunda-feira, Kirchner assinou dois decretos de necessidade e urgência, em substituição ao que criava um fundo com reservas de 6,569 bilhões de dólares e que gerou uma crise institucional em janeiro, levando à destituição do então presidente do BC, Martín Redrado.
A decisão tomada nesta quinta-feira pela juíza Claudia Rodríguez Vidal atinge um novo 'decreto de necessidade e urgência', que prevê a criação de um fundo de 4,382 bilhões de dólares para pagar os credores privados da dívida que ainda está em default, mas não trata de outro decreto 'simples', assinado pela presidente para pagar organismos internacionais, por 2,187 bilhões de dólares.
A decisão da Justiça enfureceu a presidente, que reagiu criticando a magistrada. "Não vou permitir que um juiz 'defaulteie' (deixe em mora) a dívida", afirmou, em discurso de rádio e televisão.
Kirchner foi logo denunciada à Justiça por "desobediência judicial" por um grupo de deputados, informou a opositora Patricia Bullrich, uma das demandantes. "Não podemos aceitar que a presidente e o Banco Central ignorem a Justiça", disse Bullrich, negando que esteja pensando em um julgamento político, no Congresso, de Cristina Kirchner.
A heterogênea oposição aproveitou, de imediato, a maioria conquistada na quarta-feira e decidiu, entre outras medidas, pela interpelação do ministro da Economia, Amado Boudou, além de bloquear a indicação de Marcó del Pont.
"Estamos diante de tentativas de destituição evidentes por parte de alguns setores", disse Kirchner, sem identificar os supostos conspiradores, durante ato na Casa Rosada, sede do governo.
Kirchner, que já havia denunciado no passado supostas campanhas de desestabilização, questionou à oposição por bloquear no Senado a nomeação da titular do Banco Central, Mercedes Marcó del Pont, no mesmo dia que as bancadas rivais ao govero assumiram o controle do Parlamento.
A oposição criticou duramente Marcó del Pont por implementar dois decretos de Kirchner que habilitam o pagamento da dívida pública com reservas do Banco Central, que na Argentina é uma autarquia federal.
"Esta presidente quer pagar e vai pagar (a dívida) com as reservas do Banco Central; quero assegurar aos credores que vão receber a dívida", disse Kirchner em desafio aberto à majoritária oposição parlamentar.
A presidente também criticou a juíza que ordenou ao governo argentino que se abstenha de usar reservas do Banco Central para pagar a dívida pública.
Na segunda-feira, Kirchner assinou dois decretos de necessidade e urgência, em substituição ao que criava um fundo com reservas de 6,569 bilhões de dólares e que gerou uma crise institucional em janeiro, levando à destituição do então presidente do BC, Martín Redrado.
A decisão tomada nesta quinta-feira pela juíza Claudia Rodríguez Vidal atinge um novo 'decreto de necessidade e urgência', que prevê a criação de um fundo de 4,382 bilhões de dólares para pagar os credores privados da dívida que ainda está em default, mas não trata de outro decreto 'simples', assinado pela presidente para pagar organismos internacionais, por 2,187 bilhões de dólares.
A decisão da Justiça enfureceu a presidente, que reagiu criticando a magistrada. "Não vou permitir que um juiz 'defaulteie' (deixe em mora) a dívida", afirmou, em discurso de rádio e televisão.
Kirchner foi logo denunciada à Justiça por "desobediência judicial" por um grupo de deputados, informou a opositora Patricia Bullrich, uma das demandantes. "Não podemos aceitar que a presidente e o Banco Central ignorem a Justiça", disse Bullrich, negando que esteja pensando em um julgamento político, no Congresso, de Cristina Kirchner.
A heterogênea oposição aproveitou, de imediato, a maioria conquistada na quarta-feira e decidiu, entre outras medidas, pela interpelação do ministro da Economia, Amado Boudou, além de bloquear a indicação de Marcó del Pont.
Nenhum comentário:
Postar um comentário