Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

terça-feira, 2 de março de 2010

A história dos F5


( Um Clássico dos Ares)






A história do F-5 Tiger inicia em 1954, quando técnicos da Northrop( hje Northrop Grumman), viajaram à Europa e à Ásia para identificar as necessidades dos países da OTAN e SEATO (Organização de Segurança do Sudeste da Ásia, similar à OTAN). A resposta? Em 1955 a companhia apresenta os estudos de um caça leve supersônico, que operaria em pistas curtas e até em porta-aviões, mas que seria de fácil operação e de baixo custo. A USAF não mostrou interesse, mas precisava de um treinador para substituir o Lockheed T-33, surgiu o T-38 Talon (1956), com base no projeto do F-5.

A Northrop decidiu seguir com o programa do F-5 como um projeto privado, em julho de 1959, o avião realizava seu primeiro vôo. Três anos após o Departamento de Defesa escolheu o F-5 para o Military Assistance Program (MAP). Aliados dos Estados Unidos que procuravam um caça de custo módico começaram a ser atraídos pelo pequeno e ágil avião. Em 1965 as primeiras entregas ao Iran.

A USAF encomendou 200 F-5A para usar no Vietnã, devido às baixas maiores que o previsto. Embora fosse o mais leve, menos sofisticado e quase sem armamento, suas baixas eram menores que a dos outros aviões em uso ( F-4 Phantom e o F-105 Thunderchief), pois era menos atingido, pois sua manobrabilidade permitia escapar ao fogo antiaéreo.

Grandes encomendas para a Força Aérea do Vietnã se seguiram. A produção por outras empresas também, tais como Canadair (Canadá), CASA (Espanha), FFA (Suíça), Hanjin (Coréia do Sul) e AIDC (Taiwan).

Fácil de voar, pilotar, custo de aquisição, operação e manutenção baixas e com performance excepcional o F-5 estabeleceu um padrão de referência. Além do mais peças de reposição acessíveis e de fácil aquisição. Quando o resto falhava o F-5 estava disponível, quando na Guerra Iran-Iraque (1980-1988), os F-14 iranianos, sem peças de reposição e pilotos treinados, eram usados como radares aéreos, para iluminar alvos aos F-5, únicos caças que permaneciam operacionais.

A USAF necessitava adicionar algumas capacidades ao F5-A para lhe dar mais capacidade de combate aéreo, em especial para enfrentar o MiG-21 soviético, que era enviado em grandes quantidades aos aliados de Moscou. Em Novembro de 1970, a Northrop apresentou um desenho à USAF, que permitiria realizar missões de superioridade aérea e enfrentar os MiG-21. Uma versão avançada do F-5, que seria conhecido como F-5E Tiger II. Uma encomenda de 325 aviões foi colocada, e os primeiros foram entregues, em 1972. Mas só foram aceitos em serviço em 1973, e a versão biplace, F-5F, só surgiu, em 1975.

Como as características de vôo e tamanho eram similares ao MiG-21, a USAF usou eles nos famosos Agressor Squadrons. Assim a US Navy Fighter Weapon School( ver o filme Top Gun onde o F-5 representou um fictício MiG-28) e os Aggressor Squadrons da USAF foram equipados com F-5E.

Vários programas de modernização dos F-5E/F têm sido desenvolvidos no mundo, inclusive pelo fabricante Northrop Grumman. A integração de aviônica digital ao F-5E e reforços estruturais aos aviões permitem entrar no século XXI operando. A empresa Northrop Grumman fabrica até hoje peças estruturais e componentes para o avião. Interessante que as atividades posteriores da Northrop na área de caças foram infrutíferas: o F-20 (F-5G) não foi aceito pela USAF e não teve compradores internacionais, o projeto YF-17 perdeu para o que seria o F-16, e só teve seus projetos posteriores na área de caças como subcontratada da McDonnell Douglas no F/A-18 (desenho baseado no YF-17) e da Lockheed Martin no JSF.

No dia 07 de julho de 1989 os três últimos caças F-5E foram entregues. Ao todo foram 3.806 aviões da família F-5/T-38 produzidos. Ao final 33 países operaram o F-5,entre eles: Bahrain, Botswana, Brasil, Chile, Grécia, Honduras, Indonésia, Jordânia, Quênia, Coréia, Malásia, México, Marrocos, Noruega, Filipinas, Arábia Saudita, Cingapura, Espanha, Suíça, Tailândia, Turquia, Tunísia, Venezuela e Iêmen. Atualmente 26 países ainda operam o F-5 Tiger ( informações Northrop Grumman).

A USAF opera os T-38 como treinador avançado. Mais de 68.000 pilotos da U.S. Air Force treinaram no legendário T-38, o primeiro treinador supersônico do mundo. Pilotos da OTAN também treinam nos Estados Unidos nos T-38, O T-38 permanece em serviço Force, com 800 em serviço e um programa de modernização e reforço que os manterá em serviço por mais duas décadas A NASA também treina seus astronautas em T-38.


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