Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Personagem do dia - Regina Duarte



Regina Blois Duarte (Franca, 5 de fevereiro de 1947) é uma atriz brasileira da Rede Globo.

Índice

Biografia

Regina nasceu na cidade de Franca, interior de São Paulo, e passou a infância e parte da sua vida na cidade de Campinas, no interior de São Paulo, com os pais: Dulce Blois e Jesus Duarte e os quatro irmãos: Flávio, Cláudio, Teresa e Lúcia.
Em 1964 apareceu em cartazes para uma campanha de sorvetes. Em seguida, fez anúncio para a televisão de uma marca de refrigeradores.

Carreira artística

Estreou na televisão em 1965, na Excelsior, atuando na telenovela A Deusa Vencida. Passou para a Globo em 1969, quando estrelou Véu de Noiva.
Ganhou a alcunha de Namoradinha do Brasil quando fez a telenovela Minha doce namorada, em 1971, na TV Globo. Em seguida recebeu o convite para participar da montagem brasileira da peça Hair, mas não aceitou o papel porque não ficaria nua no palco, sendo a Namoradinha do Brasil. Em 1976 fez um ensaio sensual para a revista Playboy. Essa imagem só seria esmaecida aos poucos. Começou com a atuação na telenovela Nina, em 1977, consolidando-se de vez o fim da imagem de Namoradinha do Brasil com o seriado Malu mulher, de 1979, e que mostrava uma mulher independente, levando diversos grupos conservadores a protestarem.
Regina Duarte participou de vários programas históricos da televisão brasileira, desde a década de 1960, quando surgiram os especiais do Festival de Música Popular Brasileira (TV Record) até o final da década de 1980, onde a televisão brasileira era marcada pelo sucesso dos espetáculos transmitidos que apresentavam os novos talentos da MPB, registravam índices recordes audiência.
Um desses momentos marcantes da televisão foi Mulher 80, na Rede Globo. O programa exibiu uma série de entrevistas e musicais cujo tema era a mulher e a discussão do papel feminino na sociedade de então abordando esta temática no contexto da música nacional e da inegável preponderância das vozes femininas na MPB, com Gal Costa, Maria Bethânia, Zezé Motta, Elis Regina, Joanna, Rita Lee, Marina Lima, Simone e as participações especiais de Regina Duarte e Narjara Turetta, que protagonizavam o seriado Malu Mulher à época.
Em novelas, Regina Duarte é a atriz que obteve os maiores índices de audiência no Ibope ao longo da carreira.
Viveu personagens antológicos na TV como a Simone Marques de Selva de Pedra (1972), a Malu do seriado Malu mulher (1980), a dupla personalidade Luana Camará/Priscila Capricce em Sétimo Sentido (1982), a politicamente correta Raquel Accioli em Vale Tudo (1988), a espalhafatosa Maria do Carmo de Rainha da Sucata (1990), além de ter sido a atriz que mais deu vida às Helenas de Manoel Carlos nas novelas História de Amor (1995), Por Amor (1997) e Páginas da Vida (2006). Mas sem dúvida seu maior sucesso foi a fogosa Viúva Porcina em Roque Santeiro (1985).
Destacou-se no teatro vivendo Segismundo no espetáculo A Vida É Sonho, de Calderón de la Barca. Viveu a mendiga Zil no especial Retrato de Mulher, com texto de Noemi Marinho, que foi o primeiro programa da televisão brasileira a ser todo rodado em película.

Política e polêmica

Regina Duarte é simpatizante do PSDB e já apoiou vários candidatos tucanos em eleições presidenciais e estaduais por diversas ocasiões.
Nas eleições de 1985 para prefeito de São Paulo, ao apoiar Fernando Henrique Cardoso, a atriz Regina Duarte gravou um comercial pedindo a união das esquerdas para combater o então candidato conservador Jânio Quadros, numa clara campanha pelo voto útil em desfavor de Eduardo Suplicy, então terceiro colocado na disputa.
Em 2002, Regina, ao lado de Raul Cortez e outros artistas, apoiou o candidato José Serra. Causou polêmica quando gravou depoimento usado no horário eleitoral gratuito afirmando ter medo do que o candidato adversário, Lula, faria na presidência caso fosse vitorioso. Ela mencionava um suposto retrocesso para com a economia brasileira e um aumento na inflação devido a notória oposição do PT ao Plano Real. Nenhuma de suas "previsões" veio a acontecer: o primeiro mandato do Governo Lula manteve os fundamentos econômicos do antecessor e teve baixa inflação e taxa de crescimento do PIB em quatro anos (2003/2006) de 2,6 % em média, números praticamente iguais aos de Fernando Henrique Cardoso.[1] Por causa desse depoimento, foi duramente patrulhada pelas esquerdas e por outros artistas que apoiavam Lula. Com o advento do escândalo do mensalão, muito dos artistas que se indignaram com a atriz acabaram se afastando da política ou de posições pró-PT.[2]
Em 2006 Regina Duarte retificou sua posição e, em entrevista à revista IstoÉ Gente, afirmou: "Nunca me arrependi do que disse. O PT foi muito agressivo, dono da verdade. Hoje, estou profundamente triste, porque amo o meu país. As pessoas devem pensar melhor no voto com esta nova chance (em referência as eleições presidenciais daquele ano).[3]

Família

É mãe de André e da também atriz Gabriela Duarte. Ambas protagonizaram uma novela juntas, o grande sucesso de Manoel Carlos Por Amor e a luxuosa minissérie Chiquinha Gonzaga
Gabriela e André são frutos do casamento de Regina com Marcos Franco. Com o publicitário argentino Daniel Gómez teve mais um filho, João Ricardo, em 1981.
Tem netos. Uma, é chamada Manuela, que é filha de Gabriela, e um neto: Théo, filho de André e Bettina, que nasceu no dia 16 de fevereiro, na Maternidade São Luis, na cidade de São Paulo. Atualmente, Regina é casada com Eduardo Lippincott.

Carreira

Televisão

Telenovelas
Minisséries
Seriados

Personagens marcantes

Cinema

Teatro

Prêmios

Personalidade do Ano - IstoÉ Gente
  • 2006 - Personalidade do ano em Televisão
Prêmio Contigo
  • 1997 - pelo conjunto da obra
Prêmio Qualidade Profissional
  • 2002 - pelo conjunto da obra
Troféu Imprensa de Atriz Revelação
  • 1965 - por "Malu", de A deusa vencida
Troféu Imprensa de Melhor Atriz
  • 1967 - por "Bete", de Os Fantoches
  • 1970 - por "Ritinha", de Irmãos Coragem
  • 1972 - por "Simone" e "Rosana", de Selva de pedra
  • 1973 - recusou o prêmio de Melhor Atriz pela atuação em Carinhoso e o ofereceu a Eva Wilma.
  • 1979 - por "Malu", de Malu mulher
  • 1985 - por "Viúva Porcina", de Roque Santeiro
Prêmio APCA/TV de Melhor atriz
  • 1979 - por Malu mulher
  • 1980 - por Malu mulher
  • 1985 - por Roque Santeiro

Referências

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