Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Espaço Oscar Niemeyer - Palácio do Planalto

Palácio do Planalto é o nome não oficial do Palácio dos Despachos. É o local onde está localizado o Gabinete Presidencial do Brasil. O prédio também abriga a Casa Civil, a Secretaria-Geral e o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. É a sede do Poder Executivo do Governo Federal brasileiro. O edifício está localizado na Praça dos Três Poderes em Brasília, tendo sido projetado por Oscar Niemeyer. O Palácio do Planalto faz parte do projeto do Plano Piloto da cidade e foi um dos primeiros edifícios construídos na capital.
A construção do Palácio do Planalto, começou em 10 de julho de 1958 e obedeceu a projeto arquitetônico elaborado por Oscar Niemeyer em 1956. A obra foi concluída a tempo de tornar o Palácio o centro das festividades da inauguração de Brasília, em 21 de abril de 1960. Até então a residência de vistoria do presidente funcionava em uma construção provisória de madeira conhecida popularmente como Palácio do Catetinho, inaugurada em 31 de outubro de 1956, nos arredores de Brasília.

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Arquitetura


República Federativa do Brasil
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Política e governo do
Brasil


O projeto do Palácio do Planalto é marcado pela singeleza de suas linhas, com predominância dos traços horizontais. Curvas e retas combinam-se de forma a conferir ao prédio uma plasticidade marcante e requintada. As colunas conseguem o efeito desejado por Niemeyer, de serem "leves como penas pousando no chão".
Os jardins são de autoria do paisagista Roberto Burle Marx. Em 1991, foi construído um espelho d’água, em frente e na lateral direita do prédio com uma área aproximada de 1635 metros quadrados, comportando 1.900 metros cúbicos de água, com profundidade de 1m10cm e uma largura que varia entre cinco a vinte metros. Enfeitam o espelho d’água várias carpas coloridas de origem japonesa.
Salão Oval
A construção do espelho d'água foi feita em regime de urgência, no final do governo de José Sarney, depois que um motorista desempregado pretendeu invadir o palácio com o ônibus que dirigia, acabando por chocar-se com uma das colunas. Na ocasião, como a popularidade de Sarney estava em baixa, comentava-se satíricamente que o palácio desgovernado havia se chocado com um ônibus.
O Palácio consta de quatro pavimentos, com uma área de 36 mil metros quadrados e quatro anexos. No primeiro pavimento, serviços de Recepção e Portaria e Comitê de Imprensa. No segundo pavimento estão os salões Leste, Nobre, Oeste, Sala de Reuniões e Secretaria de Imprensa e Divulgação. No terceiro pavimento se encontram: o Gabinete Presidencial e dos seus assessores mais diretos.
No quarto e último pavimento funcionam, a Casa Civil e o Gabinete de Segurança Institucional.
Na fachada posterior do Palácio está o heliponto, construído em 1990, com a finalidade de atender os deslocamentos aéreos de curta distância do Presidente da República .
O parlatório, situado à esquerda da entrada principal, é o local de onde o Presidente e convidados podem se dirigir ao povo concentrado na praça. Foi usado no dia da inauguração de Brasília e em outras raras ocasiões, como no momento em que Fernando Henrique Cardoso passou a faixa presidencial a Luiz Inácio Lula da Silva na cerimônia de posse do segundo.
O acesso à entrada principal é feito por uma rampa, que não é usada no dia-a-dia pelo Presidente, mas apenas em ocasiões especiais, como a visita de dignitários estrangeiros.

Acervo

Obras de arte

Do acervo do Palácio, aquarela de Guignard.
O acervo do Palácio do Planalto reúne obras de arte criadas por artistas consagrados, brasileiros e estrangeiros, entre pinturas, esculturas e tapeçarias. Possui, também, um rico mobiliário, porcelanas da Companhia das Índias e prataria portuguesa do Século XVIII.
Algumas peças foram criadas exclusivamente para o Palácio, como a tapeçaria Músicos, de Di Cavalcanti, que recebeu a incumbência do arquiteto Oscar Niemeyer.

Biblioteca

Inteiramente remodelada em 2005, a um custo de setecentos mil reais, a biblioteca do Palácio possui um acervo de 33 mil volumes, de livros a periódicos e recortes de jornais. Na biblioteca também é possível encontrar coleções de Leis do Brasil, do Diário Oficial da União, e de discursos dos presidentes da República.
A biblioteca tem área para atender portadores de necessidades especiais e espaços amplos para estudos individuais e em grupo. O local é aberto ao público, mas o empréstimo domiciliar de livros é restrito apenas aos servidores do Palácio do Planalto.

Necessidade de reforma

Fachada do Palácio do Planalto
Em 2006, as instalações do Palácio do Planalto apresentam sinais de desgaste, tornando necessária uma reforma imediata. Um assíduo[carece de fontes?] frequentador do Palácio, o jornalista Ali Kamel aponta os seguintes problemas[carece de fontes?]:
  • na portaria, a traquitana de detectores de metal está instalada de maneira precária;
  • o guarda-volumes é uma estante improvisada de madeira compensada;
  • em vários pontos, uma mesma tomada elétrica é usada por muitos aparelhos, ligados a benjamins;
  • portas estão com o revestimento danificado.
A fim de contornar a falta de verbas públicas para esse fim, estuda-se a possibilidade de a reforma ser financiada por empresários, a exemplo do que ocorreu em 2005 com o Palácio da Alvorada, residência oficial do Presidente da República.
O prédio também abriga a Casa Civil, a Secretaria-Geral e o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

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