Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Aniversariante do DIa - Elvis Presley (No.1)


Biografia
Eenviado por: meoli

Elvis Aaron Presley (East Tupelo, Mississippi, 8 de janeiro de 1935 — Memphis, Tennessee, 16 de agosto de 1977), mais conhecido como Elvis Presley, foi um famoso cantor, músico, ator e dançarino norte-americano, sendo mundialmente denominado O Rei do Rock. Outros porém, conhecedores de sua obra, fãs propriamente, o chamam de A Voz, devido ao seu alcance vocal, que atingia, segundo esses, notas consideradas dificílimas para um cantor popular. A crítica especializada reconhece seu expressivo ganho, em extensão, com a maturidade; além de virtuoso senso rítmico e força interpretativa.

Entre seus sucessos musicais estão, "Hound Dog", "Don't Be Cruel", "Love me Tender", "All Shook up", "Teddy Bear", "Jailhouse Rock", "It's Now or Never", "Can´t Help Falling in Love", "Surrender", "Crying In The Chapel", "In The Ghetto", "Suspicious Minds", "Burning Love" e "Moody Blue". Especificamente na Europa, canções como "Wooden Heart", "The Wonder of You", "You Don't Have To Say You Love Me" e também "Moody Blue", foram também marcantes. Particularmente no Brasil, "Kiss me Quick", "Bossa Nova Baby", "Bridge Over Troubled Water", "Sylvia" e "My Boy" (esta última também no EUA e principalmente na Europa), dentre outras, também marcaram época. Após sua morte, novos sucessos advieram, como "Way Down" (logo em seguida ao seu falecimento), "Always On My Mind", "Guitar Man", "A Little Less Conversation" e "Rubberneckin". Ainda hoje, é o detentor de maior número de "hits" nas paradas mundiais e o recordista de vendagem de discos em todos os tempos.

Primeiros Anos
Elvis Aaron Presley nasceu na cidade de East Tupelo (East Tupelo seria agregada mais tarde à cidade de Tupelo, formando assim uma única cidade), no Estado do Mississippi, no dia 8 de janeiro de 1935. Na pequena cidade do interior dos EUA, ele aprendeu com a mãe e o pai a ser respeitoso generalizada e indiscriminadamente; independentemente de aspectos de qualquer ordem, quer étnicos, sexuais e/ou sócio-econômico-financeiros. Em seus primeiros anos de vida, cresceu em meio aos destroços de um furacão que devastou sua cidade, no ano de 1936. Em parte de sua primeira infância, esteve privado da figura de seu pai, preso em 1937, devido à estelionato. Vernon seria libertado no ano de 1941. Em 1945, Elvis participou de um concurso de novos talentos na Feira Mississippi-Alabama, onde conquistou o segundo lugar e o prêmio de 5 dólares, mais ingressos para todas as diversões. Elvis, na ocasião, cantou Old Shep. No mesmo ano, seu pai o presenteou com um violão, que passou-lhe a companhia constante, inclusive na escola. Elvis e a família se mudaram para Memphis no dia 12 de setembro de 1948. No período de 1948 até 1954, Elvis trabalhou em várias atividades. Foi lanterninha de cinema e motorista de caminhão. Concluiu seus estudos em 1953. Nas horas vagas, cantava e tocava seu violão e, eventualmente, onde possível, arriscava alguns acordes ao piano. Reza a lenda que apreciava cantar na penumbra e até em breu total. Suas influências musicais foram o pop da época, particularmente Dean Martin; o country; a música gospel, ouvida na igreja; o R&B, capturado na histórica Beale Street, em sua adolescência, na cidade de Memphis; além de seu apreço pela música clássica, particularmente a ópera. Um de seus maiores ídolos era o tenor Mario Lanza e, naturalmente, cantores gospel como J. D. Sumner; seu preferido.


Anos 50
Começo da Carreira Profissional

Em julho de 1954, Elvis iniciou sua carreira profissionalmente. Em 18 de Julho de 1953 e em 4 de Janeiro, 5 de Junho e 26 de Junho de 1954, já gravara algumas músicas, experimentalmente, no Memphis Recording Service, filial da Sun Records. No dia 5 de julho de 1954, que é considerado, como o marco zero do rock, Elvis ensaiava algumas músicas, até que, em um momento de descontração, de forma improvisada, começou a cantar "That's All Right, Mama", provocando em Sam Phillips um grande entusiasmo. "Take" realizado, nova canção, no gênero, foi concebida; dessa vez, "Blue Moon of Kentucky", com nova grande aprovação. Ambas comporiam seu primeiro disco, um "compacto simples" (single). Participaram das sessões, além de Elvis e Sam, o guitarrista Scotty Moore e o baixista Bill Black. Em novembro de 1955, após expressiva repercussão, seu contrato foi vendido para RCA Victor. Nesse ínterim, três músicas figuraram entre as primeiras posições da Billboard (country): Mystery Train (11º), Baby, Let's Play House (5º) e I Forgot To Remember To Forget (seu 1º lugar na parada nacional). Além das inúmeras polêmicas em torno de suas apresentações, podemos dizer que, em 1955, deu-se a gênese do sucesso nacional de Elvis. Foi nesse ano também que Elvis conheceu seu futuro empresário, o Coronel Tom Parker, que agenciaria sua carreira ao longo de sua vida. Apesar dos múltiplos rumores, dos quais o próprio Elvis fora sabedor, apenas nos anos 80 revelou-se, publicamente, seu verdadeiro nome e nacionalidade. Parker recebera título-honorário, seu verdadeiro nome era Andreas Cornelius van Kuijk, oriundo da Holanda e nascido em 1909. A biografia de Parker é enormemente polêmica, controvertida e ambivalente. Como sua função empresarial.

Fama e a Consagração Mundial


GracelandEm 1956, Elvis tornou-se uma sensação internacional. Com um som e estilo que, uníssonos, sintetizavam suas diversas influências, ameaçavam a sociedade conservadora e repressiva da época e desafiavam os preconceitos múltiplos daqueles idos, Elvis fundou uma nova era e estética em música e cultura populares, consideradas, hoje, "cults" e primordiais, mundialmente. Suas músicas e discos transformam-se em enormes sucessos e alavancaram vendas recordes em todo o mundo. Elvis tornou-se o primeiro mega star da música popular, inclusive em termos de marketing. Muitos postulam que essa revolução chamada rock n'roll, da qual Elvis foi emblemático, teria sido a última grande revolução cultural do século XX; já que, as bandas, cantores e compositores que surgiram nas décadas seguintes - e fizeram muito sucesso, foram influenciados, de alguma maneira, direta ou indiretamente por Elvis. O que pode ser considerado verdade! O preço do pioneirismo transformador, entretanto, é altíssimo. Elvis foi implacavelmente perseguido pelos múltiplos segmentos reacionários norte-americanos e por todas as etnias. Os brancos, preconceituosos burgueses representantes da classe dominante, achavam-no vulgar, enquanto representante de uma estética popular, cuja interface negra - o rock, "filho" também do R&B - era uma música de negros e para negros e, por isso, considerada "menor" por aquele grupo dominante. Já os negros, achavam que por ser uma música de origem negra, nenhum branco deveria representá-la e divulgá-la. Mormente para um faturamento que sempre lhes fora negado! Mas Elvis superou as adversidades, ainda que a pecha da vulgaridade tenha permanecido no seio dos segmentos mais ostensivos às camadas mais populares. Tornou-se o "Rei do Rock"! - lembram os estudiosos de sua obra, com propriedade, o gênero que, curiosamente, menos interpretou quantitativamente; título outorgado pela revista Variety. Até os dias atuais, Elvis é lembrado como um dos maiores nomes da música em todos os tempos, ainda que sua importância maior talvez ainda esteja por ser estudada e compreendida, por epistemólogos da Sociologia e Psicanálise, principalmente. Suas apresentações televisivas quebraram todos os recordes de audiência, além das inevitáveis polêmicas geradas por suas performances explosivas. Podem ser, citadas, como exemplos, as interpretações de "Hound Dog", nos programas de Ed Sullivan e Milton Berle. Os filmes "Love Me Tender", "Loving You", "Jailhouse Rock" e "King Creole" foram um grande sucesso de público e, principalmente, os dois últimos, também tiveram seus méritos reconhecidos pela crítica especializada. Em janeiro de 1957, em sua última apresentação no programa de Ed Sullivan, Elvis provocou uma enorme celeuma, quando, contra a vontade do apresentador, cantou a música gospel preferida de sua mãe, "Peace In The Valley". A repercussão foi imediata e polêmica, levando-o à gravação de seu primeiro disco gospel, um EP (Compacto Duplo com 4 músicas). No final de 1957, um show realizado no Pan Pacific de Los Angeles foi considerado um dos maiores momentos da carreira de Elvis, por sua sensual e arrebatadora apresentação, considerada escandalosamente provocativa pelos puritanos da época. No mesmo ano de 1957, Elvis se apresentou no Canadá, os seus únicos shows fora dos EUA, em um total de cinco espetáculos que abalaram o país vizinho. Neste ano, Elvis adquiriu a mansão Graceland, sua eterna morada.


Elvis em Jailhouse Rock (1957)Ida ao Exército

Em 1958, Elvis foi para o exército, uma convocação real, facilmente descartável, porém aproveitada comercialmente por seu empresário para expandir sua faixa de público. Transferido, permaneceu na Alemanha de outubro de 1958 até março de 1960. Em agosto de 1958, o falecimento de sua mãe transformar-se-ia no marco mais dramático de sua vida. Elvis jamais voltaria a ser o mesmo. Ironicamente, nesse momento, Elvis é o maior ídolo mundial de todos os tempos.

Anos 60
A volta do Exército

Em março de 1960, Elvis retornou da Alemanha e surpreendeu o mundo ao aceitar o convite para participar do programa de Frank Sinatra, Timex Special, realizando uma de suas melhores performances televisivas. Selou, a partir de então, uma relação de cordialidade com seu anfitrião e com Sammy Davis Jr. - com quem, inclusive, ensaiou os números de orquestra -, que perduraria ao longo de sua vida. O programa bateu todos os recordes de audiência do ano, inserindo Elvis em um nova faixa de público e apresentado pela "Rat Pack", naquele momento, contava com grande prestígio, razão pela qual o astuto empresário "Tom Parker" o garimpara. No cinema, Elvis Presley contou com a sensível direção do veterano Don Siegel no filme "Flaming Star", um novo reconhecimento da crítica, virando um de seus mais bem sucedidos filmes em qualidade, ainda que tenha, curiosamente, desapontado seu público, à época, exigente de películas apenas histriônicas. Já em 1961, Elvis realizou shows em Memphis (2) e no Hawaii com grande sucesso de crítica e público. O show havaiano, beneficente, concordam seus seguidores mais iniciados e alguns críticos, tornou-se emblemático de apresentações clássicas, no gênero, no show-business. No mesmo ano, Elvis foi homenageado com o "Dia Elvis Presley", tanto na cidade de Memphis como no estado do Tennessee.

Hollywood: Bons e Maus Momentos


Estátua de Elvis em Jerusalém, IsraelNo período de 60 até 65, os seus filmes são um grande sucesso de público no mundo inteiro. Alguns críticos mais generosos, ainda que implacáveis acerca da qualidade duvidosa das películas, clamavam por melhores oportunidades e personagens para Elvis Presley que, entretanto, envolvido em uma ciranda mercadológica, não se dispunha a aprender o ofício e freqüentar Escolas de Artes Cênicas confiáveis, para aprimorar-se no ofício - a exemplo de Brando, Dean e muitos outros. Ainda assim, sua versatilidade esteve presente e vários gêneros foram visitados - musical, faroeste, drama e comédia -; dentre eles, Flaming Star (1960), Wild In The Country (1961), Follow That Dream (1962), Kid Galahad (1962), Fun In Acapulco (1963), Viva Las Vegas (1964), Roustabout (1964). A partir de 65, seus filmes e trilhas-sonoras perderam qualidade drasticamente, configurando período de grande alienação e tédio pessoal para o artista. Durante as filmagens de "Viva Las Vegas", em 1963, os protagonistas, Elvis e Ann-Margret, sueca de beleza estonteante, apaixonaram-se intensamente; o que legou bons resultados ao produto final. E muita especulação na mídia. O filme "Viva Las Vegas" é considerado um de seus melhores momentos no cinema, sendo muito elogiado até os dias atuais. No ano de 1965, Elvis e a banda inglesa The Beatles se encontraram em âmbito doméstico, sem evidências, até agora, de qualquer produto áudio/visual relevante. No documentário The Beatles Anthology, de 1996, os ex-beatles Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, confirmaram jamais terem tocado com Elvis, e que somente John Lennon o fizera. No mesmo documentário, Ringo, para os biográfos confiáveis, a grande estrela da noite em simpatia e camaradagem geral, comentou ter jogado futebol com Elvis.

Virada na Carreira

Apesar da fase de pouca qualidade em seus filmes e respectivas trilhas-sonoras, o ano de 1967 será lembrado pelo lançamento do disco que seria considerado um "divisor de águas" na carreira de Elvis, o gospel How Great Thou Art; decorrente de radical mudança em sua produção musical. O álbum surpreendeu o mundo, gradativamente, transformou-se em um grande sucesso de crítica e público; sendo, posteriormente, agraciado com um honroso Grammy, o Oscar da música. De alguma forma, o fonograma - de grande qualidade - e seus resultados, aguçou e excitou musicistas, produtores, fãs e o grande público. Bem produzido e com peças esmeradas, Elvis Presley dera indícios de sua vitalidade e criatividade, ainda em franca ascensão e plena maturidade musical. Fundou-se, portanto, um tempo de bons arranjos e melhor seleção musical. Ocorreram profundas mudanças em seus tons, na própria tessitura vocal e, conseqüentemente, em seus registros. Gradativamente, a própria extensão seria privilegiada, com comprometimento da afinação. Elvis Presley finalmente casou-se com Priscilla Beaulieu, já residente em Graceland, Memphis, desde meados da década. Nesse período, entre 1967 e 1968, foram lançados alguns compactos muito elogiados; realmente, enormemente criativos e interessantes - goste-se ou não de Elvis Presley, reconhecerão seus ouvintes.

Comeback Special (NBC)

Em dezembro de 1968, Elvis Presley apresentou-se nacionalmente para a televisão norte-americana, o NBC Special; em um mega-programa que, a posteriori, seria considerado o primeiro acústico da história. Em performance considerada até os dias atuais como magistral, Presley foi aclamado pelo público e crítica especializada. Coronel Tom Parker, lendário empresário do artista, vislumbrara um programa piegas, tradicional e conservador e, a partir da grande empatia estabelecida entre Presley e então o jovem produtor Steve Binder, realizou-se um espetáculo contundente e ousado; inclusive com cenas interditadas pela Censura Federal daqueles idos. Um trabalho reconhecidamente antológico e pioneiro. Foram apresentados clássicos dos anos 50, algumas músicas da década de 60 e, ainda outras, inéditas. "Tiger Man" (lançada no disco "Elvis Sings Flaming Star"), "Baby, What You Want Me To Do", "Up Above My Head", "Nothingville", "If I Can Dream", "Memories" e "Saved", estiveram no roteiro, de um programa dividido em sets; entre jam sessions eletrizantes e performances clássicas em cenários monumentais e arranjos grandiosos - elaborados pela competente orquestra da NBC. Elvis Presley atingira maturidade artística.

A volta aos Shows

No ano de 1969, Elvis retornou aos palcos, após 8 anos de afastamento voluntário do contato direto com o público. O lugar escolhido foi Las Vegas, onde passou a realizar várias temporadas anuais regularmente; aclamadas pela crítica e público. Vegas, seria, em verdade, sua grande escola. Elvis não fora "crooner", não passara anos a fio cantando na noite e saíra do anonimato para o esplendor em muito pouco tempo. Nos anos 50, suas apresentações explosivas eram, em verdade, espontâneas e intuitivas; tão fascinantes como, de certa forma, ingênuas e amadoras. Pois, a partir deste 1969, Elvis Presley amadureceria sua performance e tornar-se-ia um cantor experiente e com domínio cênico, além de ser avaliado como fantástico pela crítica da época, além de profissional e exuberante. E excêntrico, com suas roupas ainda mais estravagantes e estilizadas. O ano de 1969 também seria marcado por sessões de gravação muito produtivas e pela escolha de um repertório e equipe musical de grande qualidade. A resposta foi imediata: "Suspicious Minds", "In The Ghetto" e "Don't Cry Daddy" tornam-se "big hits" em todo o mundo. Por razões contratuais, concluiu seus últimos filmes de ficcção, que pouco interesse despertaram. Tampouco a um Elvis reinventado em criatividade, vigor e emoção!

Anos 70

Presidente Nixon e Elvis, foto de dezembro de 1970 na Casa Branca, em um encontro sobre uma campanha contra o uso de drogas.Na Estrada

A ano de 1970 denotou um grande amadurecimento cênico e vocal de Elvis Presley, em relação ao anterior. Novas temporadas em Las Vegas ocorreram, com mudanças radicais em repertório - mais versátil e atualizado para aqueles dias -; show avaliados como eletrizantes, tanto pela crítica como pelo público, porém com roteiros mais elaborados. Muitas dessas apresentações foram gravadas e deram origem a discos como "On Stage". Pela primeira vez no mundo, um artista prescindia de seu nome na capa - no original. Um novo marco! Apesar do grande sucesso, segmentos da crítica e dos estudiosos do show-business temiam que a rotina de espetáculos em Vegas, terra de pouca inventividade, pudessem tornar Elvis alienado e desmotivado. No mesmo ano, após seu retorno às apresentações ao vivo, Parker e Presley iniciaram uma série de grandes espetáculos históricos e considerados magistrais, mesmo na época de sua realização; e inventaram, gradativamente, uma nova concepção de shows: as "mega-tours". Presley fez 6 shows no Astrodome, no Texas, onde quebrou todos os recordes de público, reunindo 43.000 pagantes na quarta apresentação. Uma recorde impensável para aqueles idos!

That's The Way It Is

No mesmo ano de 1970, Elvis surpreendeu o show-business com a realização do documentário "Elvis: That's The Way It Is", filmado nos meses de julho e agosto, com cenas de estúdio e ao vivo; lançado no final do ano nos EUA - e, no ano seguinte, no Brasil. A película foi recebida com sucesso estrondoso, particularmente no Japão, onde quebrou recordes de público, com filas intermináveis. Tornou-se um mega-sucesso, dirigida pelo então jovem e talentoso diretor Dennis Sanders; com quem, entretanto, Elvis não chegou a estabelecer uma relação confortável. Elvis tornara-se um artista maduro e um entertainer cativante, para vários públicos. O karatê, uma de suas paixões, passou a ocupar ainda mais espaço cênico em suas coreografias. No final do ano, Elvis encontrou o Presidente Richard Nixon, em episódio insólito e controvertido biograficamente.

On Tour e Nova York

Entre 1970 e 1972, Elvis Presley realizou, com enorme êxito, várias turnês pelos EUA e, motivado pelo grande sucesso de That's The Way It Is, um novo filme foi idealizado; desta feita, na tentativa de capturar a intimidade e o ritmo frenético do astro e seus fãs nestas empreitadas. Então, em 1972, concluiu-se o documentário Elvis On Tour, de concepção bastante moderna para a época, vencedor do Globo de Ouro daquele ano, em sua categoria. Também em 1972, Elvis apresentou quatro mega-espetáculos em Nova Iorque, no lendário Madison Square Garden. Novos recordes foram quebrados, de público e arrecadação. Insolitamente, suas únicas performances em palcos da cidade. Grandes celebridades do "show-business" estiveram presentes aos shows, amplamente noticiados em todo o mundo, inclusive no Brasil. Entre outros, Art Garfunkel, Eric Clapton, John Lennon e David Bowie - atrasado pelo grande congestionamento do trânsito -, mostraram-se encantados. Neste 1972, seu casamento chegaria ao fim, ainda de maneira informal, causando-lhe imenso impacto e progressivo transtorno pessoal. Ironicamente, Elvis viveu um ano triunfal profissionalmente, retornando, glorificado, ao primeiro lugar das paradas mundiais de sucesso com a canção "Burning Love".

Aloha from Hawaii

Apesar de estar mergulhado em problemas pessoais e de saúde, mas no auge como artista, em 14 de janeiro de 1973, Elvis Presley realizou o primeiro show via satélite do mundo, transmitido, ao vivo, para muitos países e, posteriormente, para quase todo o planeta. O especial, "Aloha From Hawaii", foi assistido por aproximadamente 1 bilhão de telespectadores - número surpreendente para aqueles dias. Nos Estados Unidos, sucesso estrondoso, foi ao ar em abril de 1973, tendo recebido o seguinte comentário no editorial do jornal The New York Times: "- Elvis superou sua própria lenda!". No Brasil, foi ao ar em abril do ano seguinte, 1974, com grande êxito. O álbum duplo, inaugural do sistema "quadrafônico", uma espécie de ancestral do "home theater", foi imediatamente colocado no mercado, atingindo rapidamente o marco de 1 milhão de cópias vendidas.

A volta a Memphis

O ano de 1974, artisticamente, foi deveras criativo para Elvis Presley e poderia ter se tornado a pedra fundamental para uma nova grande guinada em sua carreira e vida pessoal, o que aconteceria em parte; Após 13 anos ausente dos palcos de Memphis, sua residência, neste 1974 Elvis voltou a apresentar-se na cidade, triunfalmente. O show do dia 20 de março foi gravado, garantindo-lhe novo Grammy pela performance de "How Great Thou Art", um clássico do cancioneiro religioso. Até hoje, o feito expressivo é referenciado como de grande relevância em sua carreira, por fãs e interessados em música e sua história. Enormemente insatisfeito com os rumos dados à carreira por seu empresário Tom Parker - repertório, gravadora, Las Vegas, recusas de bons roteiros cinematográficos -, Elvis chegou a demiti-lo mas, posteriormente, indiretamente desautorizado por familiares - desinteressados no rompimento -, voltou atrás; muito frustrado e insatisfeito.

Últimos Anos

Ainda no ano de 1974, Elvis voltou a se apresentar no Astrodome, de Houston, estádio monumental, jamais contemplado com tal magnitude de um espetáculo de música popular. Novos recordes foram quebrados, superiores aos próprios, de 1970. Em um segundo show, 44.175 pagantes foram contabilizados; público até então inimaginável para um concerto de um único artista. Além de Houston, realizou shows históricos em Los Angeles, no mês de maio; prestigiado inclusive por artistas e bandas das novas gerações, então no auge, como um eufórico e entusiasmado Led Zeppelin. Uma única sessão de gravação foi realizada no ano seguinte, 1975, quando, no último dia do ano, Elvis Presley quebrou novo recorde de público para um artista solo até então, apresentando-se para 62 mil pessoas. Segmento de seus biógrafos afirma que este seria seu último ano primoroso artisticamente; já que, pessoalmente, seus percalços se somavam gradativamente. Em 1976, ano em que realizou mais de 100 mega-espetáculos, Elvis voltou a apresentar-se no último dia do ano, na cidade de Pittsburgh; reconhecido pela crítica e público como um dos seus últimos grandes espetáculos de qualidade; para os fãs, antológico! Elvis Presley subiu aos palcos regularmente, de forma sofrível, ao longo dos seis primeiros meses de 1977, com a saúde visivelmente deteriorada. No mes de junho, teve espetáculos filmados pela rede de televisão CBS, vislumbrando um vindouro mega-especial, a ser levado ao ar em cadeia nacional oportunamente.

A Morte

No dia de 16 de agosto de 1977, a morte de Elvis Aaron Presley, causada por colapso fulminante associado à disfunção cardíaca, surpreendeu o mundo, provocando comoção como poucas vezes fora vista em nossa cultura; inclusive no Brasil. O desenlace ocorreu, possivelmente, no final da manhã, no banheiro de sua suite, na mansão Graceland, na cidade de Memphis, no Tennessee. Os fatores predisponentes sistêmicos, os hábitos cotidianos e as circunstâncias que culminaram com a morte de Elvis Presley, são dos pontos mais polêmicos e controvertidos entre seus biografos e fãs. Mas para os fãs e apreciadores de artistas que viraram ícones, pouco importa. Enquanto houver desejo e emoção, Elvis Presley viverá.

Elvis In Concert

Inicialmente pensado para dezembro, o programa especial "Elvis In Concert" foi levado ao ar em outubro e registrou uma das maiores audiências da história da rede americana CBS. Ainda que portador de imagens constrangedoras de sua fisionomia e condições físicas, o programa mostrou-nos um profissional despojado e empenhado em tentar superar-se e apresentar-se da melhor forma possível. Entretanto, o que poderia ter sido uma catástrofe para a sua carreira em vida, emocionou um mundo saudoso e agradecido. Musicalmente, o programa mostrou um Elvis Presley apegado ao seu maior trunfo, sua verve de grande intérprete e, munido de maturidade e extensão vocal surpreendente, mais uma vez impactou a todos com a profundidade e eloqüência de suas interpretações, mais uma vez revolucionárias. Até agosto de 1977, Elvis vendera 600 milhões de discos, entre 150 álbuns e singles; superior a qualquer outro artista. Até 2005, estima-se por volta de 1,5 bilhão de exemplares, recorde absoluto, coroado com centenas de discos de ouro, platina e, mais recentemente, multi-platina. Entre seus muitos prêmios, estão 14 indicações ao Grammy, com 3 premiações; cabe destacar, justíssimas; mormente se considerarmos os prêmios anteriormente não outorgados, possivelmente, por preconceito. Por quê? Porque Elvis Presley foi um artista popular, um sujeito - desde sempre - a frente do seu tempo; inserido em uma engrenagem sócio-histórica-cultural bastante complexa. Não é pouca coisa.

Depois de sua Morte
Depois de seu falecimento, vários acontecimentos tornaram Elvis Presley ainda mais famoso e até, segundo alguns, memorável; conseqüentemente, mais pessoas tornaram-se fãs de sua obra. Posto o ídolo, inaugurou-se o mito, eterno, redentor e fonte inesgotável de idealizações. Seu sucesso foi, e ainda é, astronômico! Em 1979, foi realizado o primeiro filme biográfico; no Brasil, intitulado "Elvis Não Morreu", interpretado por Kurt Russel. Em 1981, produziu-se um documentário, avaliado como excelente, denominado "This Is Elvis"; no Brasil, "Elvis o Ídolo Imortal". No ano seguinte, abriu-se ao público, ainda em caráter bastante amador, a mansão Graceland; ainda habitada por alguns parentes. No ano de 1984, Elvis Presley foi homenageado pela fundação do blues e pela academia de música country. Posteriormente, em 1985, lançou-se com enorme sucesso, sendo considerado pela crítica da época como ótimo, o livro "Elvis e Eu", escrito por Priscilla Presley e Sandra Harmon; que seria transformado, em 1988, em filme para a TV, também muito bem sucedido. Passado o impacto de sua morte, os primeiros anos da década de 80 foram de relativa obscuridade para Elvis Presley. O livro de Priscilla foi um importante "divisor de águas" para dias mais prósperos. Prosseguindo com as homenagens, em 1986, Elvis entrou para o hall da fama do rock, na categoria de sócio - fundador. Em 1987, a American Music Awards lhe concedeu – "in memoriam" - prêmio pelo conjunto da obra. A mansão Graceland foi considerada patrimônio histórico dos EUA, em 1991. Elvis Presley, com justiça, foi agraciado com o título de sócio - fundador do hall da fama do rockabilly, em 1997. Nesse mesmo ano, realizou-se, pela primeira vez, o mega-espetáculo "Elvis The Concert", com suas imagens em telão, musicistas de sua banda ao vivo e orquestra. Em 1998, nova homenagem, desta feita, ingressou no hall da fama do country e, em 2001, seria a vez do hall da fama do gospel. Em 2002 uma nova "Elvismania" tomou conta do mundo. Elvis Presley foi "redescoberto", graças a uma manobra genial da Elvis Presley Enterprises, de biógrafos-colecionadores e de um DJ holandês. O remix da música "A Little Less Conversation" e o disco "Number Ones Hits" obtiveram estrondoso sucesso em todo o mundo, apresentando o artista às novas gerações. No ano seguinte, novo êxito, com grande destaque mundial para o remix de "Rubberneckin", seguido pelo CD "Second To None". Entusiasmada com as vendagem, a "máquina" disponibilizou, em 2004, dois pacotes de DVDs de dois dos seus maiores momentos televisivos: os especiais "Comeback" e o "Aloha From Hawaii", novos recordes de vendagem. Nesse mesmo ano, Elvis Presley foi elevado à categoria de sócio - fundador do hall da fama da música britânica. O filme "Jailhouse Rock" galgou patamar honroso entre os filmes norte-americanos; imortalizado, também em 2004, entrando para o "Registro Nacional de Filmes" dos EUA. No ano de 2005, o 70º ano de seu nascimento foi celebrado. Em uma histórica votação realizada pelo site AOL, maior grupo de comunicação do mundo, Elvis Presley foi eleito o 8º maior americano de todos os tempos, em todas as áreas; o 5º do século XX e o 1º dentre os artistas. Até 2006, quase trinta anos após sua morte, Elvis vive; e acresce dezenas de milhões de dólares anualmente ao seu espólio.

Atualidades

Nos dias atuais, Elvis é considerado por seus fãs, assim como alguns especialistas, e até nomeado por algumas pesquisas, como o melhor cantor popular do século XX, por sua voz poderosa e possuidora de um timbre inigualável, principalmente a partir da metade dos anos 60, por uma incrível musicalidade, cantando em vários ritmos e, em algumas oportunidades, em outros idiomas - quer alemão, espanhol e italiano - além de uma rara capacidade interpretativa; isso se deve em grande parte a análise por parte das pessoas que conhecem o melhor de cada cantor, ou seja, o auge da carreira de cada um desses artistas, e até mesmo a comparação das versões de músicas interpretadas por quase todos os cantores, como exemplo podemos citar os clássicos "My Way", "Danny Boy", "Impossible Dream", "You'll Never Walk Alone", entre outras. Barítono, fez-se, com méritos, baixo (voz grave masculina) e tenor, em algumas oportunidades. Indiscutível é sua versatilidade e potência vocal: possivelmente, jamais houve um cantor tão eclético ritmicamente! Na contemporaneidade, parte da industria fonográfica, ao visitar sua biografia, o reconhece, inclusive, como bom produtor musical, além de arranjador; os mais entusiasmados, como um instrumentista virtuoso. Já como ator, fez o que lha cabia, com profissionalismo e, em algumas oportunidades, conquistou reconhecimento por seu empenho e até mesmo, talento. Estrelou 31 filmes e 2 documentários de sucesso, sendo que, de 1956 até 1964, é considerada sua melhor fase; tanto na qualidade dos filmes quanto das trilhas sonoras.

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