José Carlos Amaral Kfouri, conhecido como Juca Kfouri (São Paulo, 4 de março de 1950) é um importante membro do jornalismo esportivo do Brasil.
Índice
1 Início da carreira
1.1 Destaque nos tempos de Editora Abril
1.2 Crise e desligamento da Editora Abril
2 Passagens pela televisão
3 Jornais e Internet
4 Rádio
5 Vida pessoal
6 Livros publicados
7 Fontes
8 Ligações externas
Início da carreira
Juca cursava Ciências Sociais na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), quando foi convidado para trabalhar no Departamento de Documentação (DEDOC) da Editora Abril, em 1970. Trabalhou no DEDOC, tendo chegado a chefe do departamento, até 1974, quando foi convidado para ser chefe de reportagem de revista Placar. Ficou no cargo até 1978, quando passou três meses na extinta TV Tupi. Por conta dos atrasos nos salários, pediu demissão, junto com outros funcionários, e no dia seguinte foi convidado por Jairo Régis para ser editor de projetos especiais.[1] Quando Milton Coelho da Graça deixou a revista e a Abril, Juca foi convidado para ser o diretor de redação da Placar, cargo que ocuparia desde então enquanto trabalhou na Abril.
Ficou conhecido ao organizar, em 1982, uma matéria que denunciava a chamada "Máfia da Loteria Esportiva", na qual jogadores eram comprados por apostadores, a fim de garantir que os resultados dos jogos da loteria seriam aqueles em que haviam apostado. A matéria, feita por Sérgio Martins, quase ganhou o Prêmio Esso de jornalismo naquele ano. O tema rendeu mais reportagens em Placar, e Juca chegou a ser ameaçado em telefonemas anônimos. O trabalho de Juca na revista priorizou o viés investigativo no esporte, coisa que havia sido feita por poucas vezes na história da imprensa esportiva brasileira.
Destaque nos tempos de Editora Abril
Durante o período em que foi diretor de redação da revista Playboy, se notabilizou pela matéria na qual era desvendada a identidade de Carlos Zéfiro, além de uma entrevista com Pelé, feita em 1993, em que o ex-jogador denunciava corrupção na CBF. Juca também conseguiu fazer com que a publicação começasse a citar a camisinha em suas reportagens, alterando a política anterior da Playboy, que proibia essa citação.
Crise e desligamento da Editora Abril
Em 1995, Juca teria sido proibido de apresentar denúncias contra Eduardo José Farah e Ricardo Teixeira, supostamente devido a negócios da Editora, que estava lançando a TVA (serviço de TV a cabo) e precisaria do apoio dos dirigentes de futebol para que fosse feita a compra dos pacotes de transmissão dos campeonatos. Desgastado com a direção da editora, Juca deixou a diretoria de redação em Placar e a Abril em 1995.
Passagens pela televisão
Na tevê, Juca começou com uma rápida passagem como diretor de esportes da TV Tupi, em 1978. Depois, foi comentarista da TV Record, em 1982, do SBT (1984 a 1987) e da TV Globo (1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, mesa redonda que contava ainda com Flávio Prado, José Trajano e Armando Nogueira. Ficou no programa entre 1995 e 2000, quando foi contratado pela RedeTV! para apresentar o Bola na Rede. Esteve na emissora entre 2000 e 2003, quando deixou a emissora. Voltou ao Cartão Verde, onde ficou de 2003 a 2005, ano em que foi contratado pela ESPN Brasil para participar do programa Linha de Passe, onde está hoje, além de ter iniciado, em fevereiro de 2007, na ESPN Internacional, um programa de entrevistas, Juca Entrevista. Apresentou, ainda, o programa de entrevistas Juca Kfouri, na rede CNT, entre 1996 e 1999.
Jornais e Internet
Em jornais, foi colunista de futebol de O Globo entre 1989 e 1991. Mais notadamente, foi colunista da Folha de S. Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha. Durante o período no Lance!, foi processado e condenado a indenizar o técnico Vanderlei Luxemburgo.[2] No mesmo ano, também foi contratado pelo Uol, onde mantém um blog que já ultrapassou a marca de 70 milhões de visitas.
Rádio
No rádio, trabalhou como comentarista esportivo em noticiários da Rádio América e teve um programa na Americansat. Após essas duas experiências, começou a trabalhar na rede CBN de rádio, inicialmente apenas como comentarista nos noticiários. Em 2000 virou apresentador do programa CBN Esporte Clube, onde está até os dias atuais.
Vida pessoal
Na vida pessoal, é casado com Leda, desde 1977, e pai de quatro filhos: André (repórter da ESPN Brasil), Daniel (fotógrafo freelancer), Camila e Felipe.
É sobrinho de Nadir Kfouri, reitora da PUC-SP entre 1977 e 1984.
Livros publicados
A Emoção Corinthians (1982)
Corinthians, Paixão e Glória (1996, com relançamento em 2002)
Meninos, Eu Vi... (2003)
O Passe e o Gol (2005)
Por que não desisto - Futebol, Poder e Política (2009)
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