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sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Personagem Brasileiro - José Sarney








Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Índice
1 Biografia
1.1 Pessoal
2 Carreira política
2.1 Presidência da República
2.1.1 O Plano Cruzado
2.1.2 Moratória e novos planos econômicos
2.1.3 Eleições e Constituinte
2.2 Após a Presidência
2.3 Eleição em 2009
2.3.1 Polêmicas em 2009
3 Carreira literária
3.1 Obras
3.2 Academia Brasileira de Letras
3.3 Critica
4 Condecorações
5 Referências
6 Bibliografia
7 Ver também
8 Ligações externas


José Ribamar Ferreira de Araújo Costa,[1] mais conhecido como José Sarney (Pinheiro, 24 de abril de 1930) é um político e escritor brasileiro. Foi o trigésimo primeiro presidente do Brasil, de 1985 a 1990. Vice-presidente eleito pelo Colégio Eleitoral, na época, assumiu o cargo devido ao falecimento do titular, Tancredo Neves.

É o atual presidente do Senado Federal do Brasil, desde o dia 2 de fevereiro de 2009.

Biografia
Pessoal
Nascido José Ribamar Ferreira de Araújo Costa no estado do Maranhão, filho de Sarney de Araújo Costa e de Kiola Ferreira de Araújo Costa.

Em 1965, adotou legalmente o nome de José Sarney de Araújo Costa, o qual já utilizava para fins eleitorais desde 1958, por ser conhecido como "Zé do Sarney", isto é, José filho de Sarney.[2]

Fez os estudos secundários no Colégio Marista e no Liceu Maranhense, cursando em seguida a Faculdade de Direito da atual Universidade Federal do Maranhão, pela qual se bacharelou em 1953. Por essa época ingressou na Academia Maranhense de Letras. Ambos os cursos foram realizados em São Luís.

Segundo Mauricio Vaitsman, ao lado de Bandeira Tribuzzi, Luci Teixeira, Lago Burnet, José Bento, Ferreira Gullar e outros escritores, fez parte de um movimento literário difundido através da revista que lançou o pós-modernismo no Maranhão, A Ilha, da qual foi um dos fundadores.

Carreira política
Ingressou na vida pública na década de 1950. Foi deputado federal em 1955. É portanto o parlamentar mais antigo ainda em atividade no Congresso Nacional.

Ao longo de sua carreira política, foi diversas vezes deputado, foi governador do Maranhão entre 1966 e 1971, senador pelo Maranhão entre 1971 e 1985 e Presidente da República de 1985 a 1990. Já integrou a UDN, foi líder do governo Jânio Quadros na Câmara dos Deputados, foi presidente da ARENA e do PDS, e posteriormente filiou-se ao PMDB.

Na sua posse como governador do estado do Maranhão, em 30 de janeiro de 1966, o cineasta Gláuber Rocha produziu o documentário Maranhão 66, que mesclava cenas da posse com cenas do povo maranhense. Posteriormente, José Sarney rejeitou o trabalho de Gláuber, que era seu amigo pessoal. Ficou no cargo por quatro anos.

Para a eleição presidencial de 1985, a Frente Liberal (dissidência do PDS) indicou-o para compor, como candidato a vice-presidente, a chapa da Aliança Democrática, encabeçada por Tancredo Neves[3].

Após deixar a presidência, em 1990, Sarney continuou sua trajetória política como senador, agora pelo estado do Amapá. Foi presidente do Senado Federal de 1995 a 1997 e de 2003 a 2005, cargo que ocupa novamente desde 2 de fevereiro de 2009. Cumpre ressaltar que o presidente do Senado é concomitantemente o presidente do Congresso Nacional.

José Sarney é pai de Roseana Sarney, atual governadora do Maranhão, do deputado federal Sarney Filho e do empresário Fernando José Sarney. A família controla o conglomerado Sistema Mirante de Comunicação, dono de três emissoras e dezenas de retransmissoras de televisão Rede Mirante (afiliadas à Rede Globo), seis emissoras de rádio (Rádio Mirante AMs e FMs e o jornal O Estado do Maranhão.[4]

José Sarney, presidente do Brasil, recebe Mário Soares, presidente de Portugal.Sarney foi eleito vice-presidente da República na chapa de Tancredo Neves, por eleição indireta, superando a chapa do candidato Paulo Maluf. Assumiu a presidência, como vice-presidente, em 15 de março de 1985, diante do adoecimento de Tancredo Neves. Com o falecimento de Tancredo em 21 de abril, tornou-se o titular do cargo de presidente da República.

Sua posse foi tensa pois havia dúvidas constitucionais sobre se era Sarney ou o presidente da Câmara dos Deputados, Ulisses Guimarães, quem deveria assumir a presidência da República. Foi decisivo para sua posse o apoio do general Leônidas Pires Gonçalves indicado por Tancredo Neves para Ministro do exército que apoiou a posse de Sarney.

Seu mandato caracterizou-se pela consolidação da democracia brasileira, mas também por uma grave crise econômica, que evoluiu para um quadro de hiperinflação histórica e moratória.

Também se notabilizaram as acusações de corrupção endêmica em todas as esferas do governo, sendo o próprio Presidente José Sarney denunciado, embora as acusações não tenham sido levadas à frente pelo Congresso Nacional. Foi período entre 1987 a 1989, que eclodia a crise política, aliada à crise econômica. Foram citadas suspeitas de superfaturamento e irregularidades em concorrências públicas, como a da licitação da Ferrovia Norte-Sul,[5] que voltou ser construída a partir de 2004, no Governo Lula.

O Plano Cruzado
Na área econômica, o governo Sarney adotou uma política considerada heterodoxa. Entre as medidas de maior destaque estão o Plano Cruzado, em 1986: congelamento geral de preços por doze meses, e a adoção do "gatilho salarial" (reajuste automático de salários sempre que a inflação atingia ou ultrapassava os 20%).

O Plano Cruzado a princípio teve efeito na contenção dos preços e no aumento do poder aquisitivo da população. Milhares de consumidores passaram a fiscalizar os preços no comércio e a denunciar as remarcações, ficando conhecidos como "fiscais do Sarney".

No decorrer do ano o Cruzado foi perdendo sua eficiência, com uma grave crise de abastecimento, a cobrança de ágio disseminada entre fornecedores e a volta da inflação. O governo manteve o congelamento até as eleições estaduais de 1986, tentando obter os maiores dividendos políticos possíveis do plano.

Moratória e novos planos econômicos
A estratégia eleitoral rendeu ao PMDB sucesso nas eleições de governador em 22 dos 23 estados brasileiros. A economia, no entanto, não resistiu ao controle estatal sobre a inflação, ao mesmo tempo em que o governo não era capaz de conter gastos. Foi lançado o Plano Cruzado II, sem que a situação melhorasse. Esse processo culminou com a decretação da moratória, em 20 de janeiro de 1987, decisão considerada altamente controversa.

Sucederam-se os Planos Bresser e Verão, sem sucesso no combate à escalada inflacionária. No fim do governo Sarney, o Brasil mergulha numa crise: entre fevereiro de 1989 e março de 1990, a inflação chega a 2.751%.

Eleições e Constituinte
Sarney notabilizou-se pela sua condução do processo de redemocratização do país.[6][7][8] Em 1985 realizaram-se eleições diretas para prefeito das capitais, as primeiras em vinte anos.

Em 1986 ocorreram as eleições para a Assembleia Nacional Constituinte, a qual promulgou uma nova constituição em 5 de outubro de 1988. Foram legalizados todos os partidos políticos até então clandestinos e extinta a censura prévia.

Foram realizadas eleições diretas para Presidente da República em 1989, as primeiras em 29 anos. José Sarney foi sucedido na Presidência por Fernando Collor de Mello.

Após a Presidência

José Sarney.Após a transmissão do cargo de Presidente a Fernando Collor de Melo, em 1990, Sarney transferiu seu domicílio eleitoral para o recém-criado estado do Amapá, antigo território, candidatou-se e venceu no Senado Federal no mesmo ano.

Segundo denúncias de imprensa da época, a transferência de domicílio eleitoral e ao ser eleito, seria para impedir que Collor entrasse processo para vasculhar irregularidades durante a presidência, que dois anos mais tarde era afastado pelo mesmo motivo. Sarney reelegeu no Senado em 1998 e 2006 e desde então, é representante do Amapá no Senado há quase vinte anos.

Nas eleições de 2006, embora com o mais alto índice de rejeição dentre os candidatos ao Senado pelo Amapá nas pesquisas pré-eleitorais,[9] Sarney venceu o pleito e manteve-se no Senado Federal com 53,8% dos votos válidos, contra 43,5% da segunda colocada, Maria Cristina Almeida (PSB), e 1,2% da terceira colocada, Celisa Capelari (PSOL).[10]

Em sua atividade legislativa, Sarney tradicionalmente apoiou o governo, como fez na época do presidente João Goulart antes do golpe militar. Posteriormente, integrou-se à Aliança Renovadora Nacional após o golpe de 1964. Na década de 1980, Sarney, juntamente com políticos do PDS, como Antônio Carlos Magalhães e Marco Maciel, deixou o governo para fundar a Frente Liberal (atual DEM) e foi candidato a vice-presidente na chapa de Tancredo Neves. Anos depois, após o impeachment do presidente Fernando Collor de Mello, Sarney aliou-se ao sucessor, Itamar Franco.

Posteriormente, foi aliado do presidente Fernando Henrique Cardoso, elegendo-se Presidente do Senado com seu apoio e hoje é aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Eleição em 2009
Em 2 de fevereiro de 2009, foi eleito e tomou posse como Presidente do Senado Federal do Brasil, pela terceira vez. Sarney foi eleito com 49 dos 81 votos dos senadores, derrotando o adversário do PT, Tião Viana.

Polêmicas em 2009

Usando camisetas que formam a frase "Fora Sarney", estudantes protestam contra permanência de José Sarney, na presidência do Senado.Adversários, jornalistas e cientistas já se referiram ao período de preponderância da família Sarney na política maranhense como uma época de "dominação" da "mais antiga oligarquia política vigente no país".[11][12][13] Segundo a revista Veja, "o resultado desse domínio é visível a olho nu: a família Sarney está milionária, mas o Maranhão lidera o ranking brasileiro de subdesenvolvimento." Também já foram criticados o controle das concessões públicas de comunicação por Sarney e o uso do convento das Mercês como sede da Fundação José Sarney.[13]

A eleição de Sarney para a Presidência do Senado pela terceira vez provocou controvérsias no meio político e críticas da imprensa, já que contou apoio de governistas e até oposicionistas que mudaram de voto em última hora. A revista inglesa The Economist publicou reportagem crítica a esse respeito. Críticas durante o mandato envolvendo nomeação de parentes em cargos públicos fizeram com que surgisse na Internet (especialmente em blogs e no Twitter) a campanha #forasarney[14]. Sarney já havia em 2006, motivado a campanha hostil Xô Sarney no Amapá.

Sarney, quando ocupava a Presidência da República, foi bastante criticado pelo então candidato Lula. Porém, Lula, em 2009, quase 20 anos depois, como presidente, opôs-se abertamente ao movimento pela cassação ou afastamento do seu cargo.[15] A declaração provocou polêmica, pois na prática o presidente brasileiro permitiu mais desgaste no aliado, que recuou no fim do mês.

Em agosto, contrariando a opinião pública e senadores da oposição, os senadores barraram investigações das irregularidades de Sarney sobre os atos secretos e a Fundação José Sarney, o que provocou duras críticas em todos os setores da sociedade brasileira, principalmente os votos que resolveram eram do PT.

Em outubro, Sarney anunciou o fim da Fundação José Sarney. Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009[16].

Portal de Literatura

A par de sua carreira política, José Sarney é autor de contos, crônicas, ensaios e de três romances: O dono do mar, Saraminda e A Duquesa vale uma missa. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1980, ocupando a cadeira de número 38, cujo patrono é Tobias Barreto.

Obras

Encontro dos escritores brasileiros Glauco Ortolano e José Sarney na sede da União Brasileira de Escritores de Nova York (UBENY).Incluem-se entre as principais obras do autor José Sarney:

A pesca do curral (ensaio), 1953
A canção inicial (poesia), 1954
Norte das águas (contos), 1969
Marimbondos de fogo (poesia), 1978
O parlamento necessário, 1982 (discursos, 2 volumes)
Falas de bem-querer, 1983 (discursos)
Dez contos escolhidos, 1985
Brejal dos Guajas e outras histórias, 1985
A palavra do presidente, 1985-1990 (discursos, 6 volumes)
Sexta-feira, Folha, 1994 (crônica)
O dono do mar (romance), 1995
Amapá, a Terra onde o Brasil começa, 1998 (história)
A onda liberal na hora da verdade, 1999 (crônica)
Saraminda (romance), 2000
Saudades mortas (poesia), 2002
Canto de página, 2002 (crônica)
Crônicas do Brasil contemporâneo, 2004, 2 volumes
Tempo de pacotilha, 2004
20 anos de democracia, 2005 (discursos, 2 volumes)
20 anos do Plano Cruzado, 2006 (discursos)
Semana sim, outra também, 2006 (crônica)
A duquesa vale uma missa (romance), 2007
[editar] Academia Brasileira de Letras
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Portal da A.B.L.
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Eleito em 17 de julho de 1980, na sucessão de José Américo de Almeida na cadeira de número 38, é recebido em 6 de novembro de 1980 pelo acadêmico Josué Montello. Recebeu os acadêmicos Marcos Vinicios Vilaça e Affonso Arinos de Mello Franco. Dos atuais integrantes da Academia Brasileira de Letras, José Sarney é o membro mais antigo.

José Sarney é também, desde 1985, acadêmico correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.

Critica
José Sarney já foi alvo de críticas afiadas de alguns intelectuais, entre os quais se destacam Paulo Francis e Millôr Fernandes. A respeito de Brejal dos Guajas, Millôr disse que se tratava de "uma obra-prima sem similar na literatura de todos os tempos, pois só um gênio poderia fazer um livro errado da primeira à última frase"[17]. Afirmou ainda que "em qualquer país civilizado Brejal dos Guajas seria motivo para impeachment". Além disso, quando foi publicado o livro de poesias "Marimbondos de Fogo", o grupo Casseta & Planeta disse que a obra era parte da trilogia completada por "Marimbondos de Porre" e "Marimbondos de Ressaca".[18]

Condecorações
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José Sarney foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Legião de Honra, Grã-Cruz ou Grão-Colar das Ordem Nacional do Mérito, Ordem do Rio Branco, Ordem do Cruzeiro do Sul, Ordem do Mérito Judiciário, e Ordem de Sant'Iago da Espada[19].






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