Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Escândalos Brasileiros - Caso Kroll (No.4)


deu no Diário do Comercio (museu da corrupção ) :

No processo, ao qual responde pelos crimes de formação de quadrilha, divulgação de informação sigilosa, corrupção ativa e receptação, Daniel Dantas teria contratado a Kroll Associates para investigar a Telecom Itália- 19/6/2009 - 20h42

Em julho de 2008, a Justiça Federal de São Paulo negou novo pedido de prisão preventiva contra o sócio-fundador do Banco Opportunity, Daniel Dantas, elaborado pelo Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP). O pedido, encaminhado pela procuradora Anamara Osório Silva, pedia a prisão de Dantas por seu suposto envolvimento no caso Kroll, denunciado pelo Ministério Público (MP) em 18 de abril de 2005.


No processo, ao qual responde pelos crimes de formação de quadrilha, divulgação de informação sigilosa, corrupção ativa e receptação, o banqueiro teria contratado a Kroll Associates para investigar a Telecom Itália. Embora se refira ao caso Kroll, o pedido de prisão preventiva incluiu documentos dos autos da Operação Satiagraha. Segundo o MPF-SP, Dantas continuaria articulando investigação criminosa, manipulando a imprensa italiana e as provas a serem reunidas em processo que corre na Justiça norte-americana.


O pedido foi indeferido pela juíza federal substituta da 5ª Vara Criminal Federal de São Paulo, Janaína Rodrigues Valle Gomes, sob a alegação de que "eventuais condutas dos acusados que afetam outros processos, que não o presidido pelo juízo, não podem ensejar a sua decretação". A juíza lembrou que não houve nenhum pedido de prisão preventiva por parte do MPF na ocasião em que a denúncia foi oferecida, há três anos.
Os principais pontos do caso que envolveu a empresa especializada em investigação empresarial, Kroll Associates, a privatização do Sistema Telebrás e o banco Opportunity:

- Em 1998, com a privatização do Sistema Telebrás, o banco Opportunity passa a ser o gestor de um fundo de investimento que administra a participação dos fundos de pensão na Brasil Telecom.

- As divergências entre os sócios da operadora de telefonia - fundos de pensão e Italia Telecom de um lado e Opportunity de outro - tornaram-se públicas três anos depois. Desde 2000, foram mais de 50 ações judiciais envolvendo todas as partes, na disputa pelo controle da operadora.

- O conflito se radicalizou com a contratação da Kroll Associates, empresa especializada em investigação empresarial, pela presidente da BR Telecom, Carla Cico, executiva aliada do banqueiro Daniel Dantas no Opportunity.

- Ao longo de todo o ano de 2003 e até meados de 2004, a Kroll teria monitorado os contatos da Telecom Italia no Brasil, inclusive com integrantes do governo Lula.

- Na operação de espionagem, a Kroll captou e-mails trocados entre o ministro da Comunicação, Luiz Gushiken, e o empresário Luiz Roberto Demarco em 2000 e 2001. Ex-sócio de Dantas no Opportunity, Demarco passou a travar com ele uma agressiva batalha judicial.

- Proprietário, na época, de uma consultoria que atendia fundos de pensão, Gushiken buscava com Demarco informações sobre Daniel Dantas no setor de previdência privada.

- A Kroll também monitorou o encontro entre executivos da Telecom Italia e o presidente do Banco do Brasil, Cassio Casseb, ex-conselheiro da empresa italiana no Brasil.








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