Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

4,8 mil suspeitos de receber salários sem trabalhar

Deu no O Globo:

Esquema de fraudes em licenças envolveria 10% dos funcionários da Casa

De Soraya Aggege:

O Tribunal de Justiça de São Paulo denunciou ontem que cerca de 10% de seus 44 mil servidores podem estar envolvidos em um esquema de fraudes. Graças a licenças médicas irregulares, foram descobertos até servidores morando no exterior enquanto recebiam dos cofres públicos sem trabalhar. A avaliação é de que a maioria dos 4,8 mil servidores que conseguiu licença está envolvida na fraude. Destes, 2 mil voltaram ao trabalho, desde que a corte paulista descobriu a fraude, em novembro. O novo presidente da Corte, que tomou posse ontem, Vianna Santos, disse que o caso está sendo resolvido, mas não fará uma "caça às bruxas".

A fraude foi descoberta pela Coordenação de Saúde do TJ-SP, da qual o próprio Vianna Santos fazia parte. Os atestados teriam sido emiti$pelo DPME (Departamento de Perícia Médica) da Secretaria de Gestão do governo paulista. O TJ optou por contratar médicos próprios para avaliar seus servidores que pedem afastamentos, segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo. O governo paulista teria cooperado para a descoberta das fraudes. A Secretaria de Gestão não tinha ainda uma versão para o caso até as 20h40m de ontem.

Ainda de acordo com a assessoria do TJ, os desembargadores e técnicos que integram a comissão ficaram desconfiados das licenças por causa da quantidade excessiva de liberações. A maioria delas tinha prazos muito grandes, alguns chegavam a cinco anos.

De acordo com o Tribunal, os casos que mais chamaram a atenção foram os de dois servidores descobertos morando no exterior. Pagos pelos cofres paulistas, um deles mora e trabalha em Miami, nos Estados Unidos, e outro em Madri, na Espanha. Em uma outra fraude, segundo o site especializado "Consultor Jurídico", uma servidora que gozava de licença saúde foi pega trabalhando em um hospital.

O anúncio do caso foi feito ontem, durante a posse do novo presidente do TJ de São Paulo, desembargador Vianna Santos. O antecessor, desembargador Vallim Belocchi, disse, em seu discurso de balanço da gestão para a passagem do cargo a Santos, que ficou surpreso com a descoberta. Leia mais em O Globo






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