PAULA BIANCHI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
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A prisão preventiva no último domingo (11) de três policiais militares acusados de terem participado do assassinato da juíza Patrícia Acioli não convenceu os familiares da magistrada. Em missa realizada nesta segunda-feira na Igreja da Candelária, no centro do Rio, para marcar o um mês da morte de Acioli, eles cobraram a solução do caso e a prisão dos mandantes do crime.
"Não quero saber de peixe pequeno. Esses PMs são culpados porque executaram o crime, mas são peças de xadrez. Quero saber quem mandou matar a minha irmã, quem foi o mandante", disse Márcia Acioli, 44, irmã da magistrada.
Ela entrou na igreja junto com outros familiares carregando uma faixa preta com os dizeres "Faxina na geral na PM. 01, pede para sair!".
A posição de Márcia foi corroborada pelo primo da juíza, Humberto Nascimento Lourival, que considera a acusação dos policiais, que já estavam presos, conveniente. "A família não está satisfeita com esse desfecho. Tem muito mais gente envolvida, não apenas estes três. Tinham que pegar alguém porque foi um clamor popular", afirmou.
Celebrada pelo arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, a missa também contou com a presença do presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, Nelson Calandra, do presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, além do presidente do Superior Tribunal de Justiça, Luis Felipe Salomão e do presidente da Amerj (Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro), desembargador Antonio Siqueira.
Segundo Lourival, a maior parte da família se concentrou em uma cerimônia religiosa que acontece hoje à noite em Niterói, na região metropolitana do Rio, onde Acioli morava.
Patrícia Acioli foi morta com 21 tiros, no dia 11 de agosto, quando chegava em casa, no bairro de Piratininga, em Niterói. Na ocasião, ela foi seguida por dois homens em uma moto após sair do Fórum de São Gonçalo.
Editoria de arte/Folhapress | ||
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