Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

CumpanheiroExamobras - MEC cogita criar estatal para gerir aplicação do Enem


   

  Alan Marques/Folha
Depois de gerir com a máxima competência a incompetência que tisnou as últimas rodadas do Enem (2009 e 2010), o MEC flerta com o inusitado.

Nos subterrâneos, a pasta “administrada” pelo ministro Fernando Haddad cogita criar uma nova estatal para cuidar da aplicação de seus exames.
Além de se ocupar do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), a ‘Examebras’ aplicaria o Saeb (Prova Brasil) e o Enad (Exame Nacional de Desempenho).
Deve-se a revelação ao repórterDemétrio Wéber. Ele conta que um grupo de trabalho dedica-se ao estudo da novidade.
Participam do debate representantes de dois ministérios: o da Educação e o do Planejamento.
O plano mastigado pelo grupo traz no miolo a ideia de aproveitar na nova estatal a estrutura do Cespe(Centro de Seleção e Promoção de eventos).
Vem a ser um órgão vinculado à UnB (Universidade de Brasília). Foi contratado pelo MEC para para realizar o novo Enem, em parceria com a Fundação Cesgranrio.
Longe dos refletores, a equipe de Haddad ocupa-se do debate sobre a ‘Examebras’ desde o ano passado.
Ouvido, o reitor da UnB, José Geraldo de Sousa Júnior, disse ter tratado da matéria num par de reuniões com Fernando Haddad.
Conversaram pela primeira vez no final de 2010. Voltaram a conversar no início deste mês de janeiro.
Cabe a José Geraldo, como reitor da UnB, responder pelo Cespe. Ele observa a movimentação do MEC de esguelha.
A despeito de afirmar que desconhece os detalhes da proposta, receia que a nova estatal acabe por assumir as rédeas do Cespe, desvirtuando-o.
Hoje, além de realizar avaliações do ensino, o órgão da UnB organiza concursos públicos.  
No apagar das luzes da gestão Lula, o governo já havia pendurado no organograma do MEC uma nova estatal, dedicada à gestão de hospitais universitários.
Aplicando-se a mesma fórmula aos exames anuais, o MEC responderá ao inconcebível (a desmoralização do Enem) com o impensável (a criação da ‘Examebras’).

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