CONCEITO UPP: A POLÍCIA DA PAZ
A Unidade de Policiamento Pacificadora é um novo modelo de Segurança Pública e de policiamento que promove a aproximação entre a população e a polícia, aliada ao fortalecimento de políticas sociais nas comunidades. Ao recuperar territórios ocupados há décadas por traficantes e, recentemente, por milicianos, as UPPs levam a paz às comunidades do Morro Santa Marta (Botafogo – Zona Sul); Cidade de Deus (Jacarepaguá – Zona Oeste), Jardim Batam (Realengo – Zona Oeste) e Morro da Babilônia e Chapéu Mangueira (Leme – Zona Sul).
Hoje, as UPPs representam uma importante ‘arma’ do Governo do Estado do Rio e da Secretaria de Segurança para recuperar territórios perdidos para o tráfico e levar a inclusão social à parcela mais carente da população.
Criadas pela atual gestão da secretaria de Estado de Segurança, as UPPs trabalham com os princípios da Polícia Comunitária. A Polícia Comunitária é um conceito e uma estratégia fundamentada na parceria entre a população e as instituições da área de segurança pública. O governo do Rio está investindo R$ 15 milhões na qualificação da Academia de Polícia para que, até 2016, sejam formados cerca de 60 mil policiais no Estado. Até o fim de 2010, 3,5 mil novos policiais serão destinados às Unidades Pacificadoras.
A Palavra do Secretário - José Mariano Beltrame
Quinta-feira, Setembro 10, 2009
Sem dúvida, o Rio de Janeiro é o primeiro estado a vir à mente quando o assunto é favela. Numa cidade com mais de mil, o tema segurança torna-se assunto diário e sempre dramático.
Implantamos há menos de um ano o projeto UPP que recebe forte apoio da mídia e da sociedade. A idéia é simples. Recuperar para o Estado territórios empobrecidos e dominados por traficantes. Tais grupos, na disputa de espaço com seus rivais, entraram numa corrida armamentista nas últimas décadas, uma disputa particular na qual o fuzil reina absoluto.
E apesar da rotina complicada, a cidade atrai mais e mais turistas todos os anos. O Rio é mesmo um lugar único e privilegiado.
Decidimos então por em prática uma nova ferramenta para acabar com os confrontos. Ocupamos quatro comunidades em bairros distintos em caráter definitivo. Fim do fuzil e início das pequenas revoluções que serão contadas nessas páginas.
Junto com os elogios surgiram algumas conclusões simplistas. A primeira e mais comum entre todas: coloquem polícia comunitária em todos os morros e o problema estará resolvido.
Posso garantir que segurança pública não é tão cartesiana assim. Muitas das queixas com as favelas pouco tem a ver com o crime bárbaro do tráfico, mas com a dificuldade da própria sociedade de conviver com suas diferenças. O problema é que, quando tais diferenças incomodam, é melhor chamar todos de criminosos.
Isso ficou mais evidente após a implantação das UPPs. O traficante vai embora, mas muitos conflitos, os menores, evidentemente, continuam por lá.
Tenho recebido e visitado os moradores dessas comunidades com frequência. Há uma tremenda dívida social que veio desde a colonização destas terras. A maioria negros, pardos, mulatos, pobres e muito pobres. Carências tão grandes que é preciso ajudá-los a pedir, pois lhes é difícil até priorizar as emergências.
Podemos traduzir as causas da violência de diversas formas: desigualdade, falta de educação, corrupção, falta de assistência, falta de planejamento das cidades, enfim, inúmeras possibilidades. Podemos usar o legalismo para dizer que as favelas precisam ser demolidas, pois são invasões; ou defendê-las, afinal são brasileiros vítimas de um modelo econômico e histórico perverso.
Vou encerrar sem defender tese alguma. No Rio, o projeto no qual apostamos é a UPP e estamos aprendendo com os resultados. Sai o tráfico e entra a polícia definitivamente. Todos os indicadores são animadores e todas as conclusões são precipitadas. Até o fim de 2010, creio que haverá condições logísticas de ocupar muitas comunidades. Mas como tenho repetido sempre que sou interpelado: ou a sociedade abraça e acolhe estas áreas ou nada vai mudar de fato. Portanto, a polícia faz um apelo: subam o morro, ele é da cidade.
José Mariano Beltrame
Secretário de Segurança do Rio de Janeiro
Palavra do Comandante - Mário Sérgio de Brito Duarte
Quinta-feira, Setembro 10, 2009
Por duas décadas, as áreas carentes do Rio de Janeiro infelizmente viram crescer a ditadura do narcotráfico se impondo à população menos favorecida, ditando-lhes regras e subjugando-lhes a vontade.
Essa tirania, que por todo esse tempo calou a voz de milhares de mulheres e homens de bem, esmagadora maioria dos moradores de favelas onde se escondem os criminosos, quase fez descrente o povo fluminense de um dia poder desfrutar a tranquilidade pública e a paz social que, por direitos inalienáveis, lhes devem pertencer.
As Unidades de Polícia Pacificadora da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro– UPP – representam, nestes nossos dias, a certeza de que a felicidade é possível, pois a liberdade é uma questão de escolha e decisão.
Retomar os territórios apropriados criminosamente por bando e facções, livrando seus moradores das garras despóticas e assassinas dos traficantes de drogas, foi o desafio a que se propôs o Estado do Rio de Janeiro; seus governantes, sua segurança pública e sua população, inexcedível em talento, alegria e espírito pacificador.
As UPPs vieram para ficar.
Elas materializam um sonho de liberdade.
Mário Sérgio de Brito Duarte
A Unidade de Policiamento Pacificadora é um novo modelo de Segurança Pública e de policiamento que promove a aproximação entre a população e a polícia, aliada ao fortalecimento de políticas sociais nas comunidades. Ao recuperar territórios ocupados há décadas por traficantes e, recentemente, por milicianos, as UPPs levam a paz às comunidades do Morro Santa Marta (Botafogo – Zona Sul); Cidade de Deus (Jacarepaguá – Zona Oeste), Jardim Batam (Realengo – Zona Oeste) e Morro da Babilônia e Chapéu Mangueira (Leme – Zona Sul).
Hoje, as UPPs representam uma importante ‘arma’ do Governo do Estado do Rio e da Secretaria de Segurança para recuperar territórios perdidos para o tráfico e levar a inclusão social à parcela mais carente da população.
Criadas pela atual gestão da secretaria de Estado de Segurança, as UPPs trabalham com os princípios da Polícia Comunitária. A Polícia Comunitária é um conceito e uma estratégia fundamentada na parceria entre a população e as instituições da área de segurança pública. O governo do Rio está investindo R$ 15 milhões na qualificação da Academia de Polícia para que, até 2016, sejam formados cerca de 60 mil policiais no Estado. Até o fim de 2010, 3,5 mil novos policiais serão destinados às Unidades Pacificadoras.
A Palavra do Secretário - José Mariano Beltrame
Quinta-feira, Setembro 10, 2009
Sem dúvida, o Rio de Janeiro é o primeiro estado a vir à mente quando o assunto é favela. Numa cidade com mais de mil, o tema segurança torna-se assunto diário e sempre dramático.
Implantamos há menos de um ano o projeto UPP que recebe forte apoio da mídia e da sociedade. A idéia é simples. Recuperar para o Estado territórios empobrecidos e dominados por traficantes. Tais grupos, na disputa de espaço com seus rivais, entraram numa corrida armamentista nas últimas décadas, uma disputa particular na qual o fuzil reina absoluto.
E apesar da rotina complicada, a cidade atrai mais e mais turistas todos os anos. O Rio é mesmo um lugar único e privilegiado.
Decidimos então por em prática uma nova ferramenta para acabar com os confrontos. Ocupamos quatro comunidades em bairros distintos em caráter definitivo. Fim do fuzil e início das pequenas revoluções que serão contadas nessas páginas.
Junto com os elogios surgiram algumas conclusões simplistas. A primeira e mais comum entre todas: coloquem polícia comunitária em todos os morros e o problema estará resolvido.
Posso garantir que segurança pública não é tão cartesiana assim. Muitas das queixas com as favelas pouco tem a ver com o crime bárbaro do tráfico, mas com a dificuldade da própria sociedade de conviver com suas diferenças. O problema é que, quando tais diferenças incomodam, é melhor chamar todos de criminosos.
Isso ficou mais evidente após a implantação das UPPs. O traficante vai embora, mas muitos conflitos, os menores, evidentemente, continuam por lá.
Tenho recebido e visitado os moradores dessas comunidades com frequência. Há uma tremenda dívida social que veio desde a colonização destas terras. A maioria negros, pardos, mulatos, pobres e muito pobres. Carências tão grandes que é preciso ajudá-los a pedir, pois lhes é difícil até priorizar as emergências.
Podemos traduzir as causas da violência de diversas formas: desigualdade, falta de educação, corrupção, falta de assistência, falta de planejamento das cidades, enfim, inúmeras possibilidades. Podemos usar o legalismo para dizer que as favelas precisam ser demolidas, pois são invasões; ou defendê-las, afinal são brasileiros vítimas de um modelo econômico e histórico perverso.
Vou encerrar sem defender tese alguma. No Rio, o projeto no qual apostamos é a UPP e estamos aprendendo com os resultados. Sai o tráfico e entra a polícia definitivamente. Todos os indicadores são animadores e todas as conclusões são precipitadas. Até o fim de 2010, creio que haverá condições logísticas de ocupar muitas comunidades. Mas como tenho repetido sempre que sou interpelado: ou a sociedade abraça e acolhe estas áreas ou nada vai mudar de fato. Portanto, a polícia faz um apelo: subam o morro, ele é da cidade.
José Mariano Beltrame
Secretário de Segurança do Rio de Janeiro
Palavra do Comandante - Mário Sérgio de Brito Duarte
Quinta-feira, Setembro 10, 2009
Por duas décadas, as áreas carentes do Rio de Janeiro infelizmente viram crescer a ditadura do narcotráfico se impondo à população menos favorecida, ditando-lhes regras e subjugando-lhes a vontade.
Essa tirania, que por todo esse tempo calou a voz de milhares de mulheres e homens de bem, esmagadora maioria dos moradores de favelas onde se escondem os criminosos, quase fez descrente o povo fluminense de um dia poder desfrutar a tranquilidade pública e a paz social que, por direitos inalienáveis, lhes devem pertencer.
As Unidades de Polícia Pacificadora da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro– UPP – representam, nestes nossos dias, a certeza de que a felicidade é possível, pois a liberdade é uma questão de escolha e decisão.
Retomar os territórios apropriados criminosamente por bando e facções, livrando seus moradores das garras despóticas e assassinas dos traficantes de drogas, foi o desafio a que se propôs o Estado do Rio de Janeiro; seus governantes, sua segurança pública e sua população, inexcedível em talento, alegria e espírito pacificador.
As UPPs vieram para ficar.
Elas materializam um sonho de liberdade.
Mário Sérgio de Brito Duarte
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