Há um ano, quem dissesse aos moradores do Morro Pavão-Pavãozinho que, 12 meses depois, eles estariam numa festa de aniversário do Batalhão de Operações Especiais (Bope) seria considerado fora de seu juízo perfeito. Pois foi isso que aconteceu ontem.
Enviado por Guilherme Amado - 20.1.2010| 8h00m _ Casos de Polícia - Jornal Extra
Em mais um passo da política de aproximação com as comunidades da cidade, o Bope escolheu uma favela com Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) para ser o palco da festa dos 32 anos de aniversário do batalhão.
Fliperama, rapel, mágico e clima de festa de criança atraíram cerca de cem moradores do Pavãozinho e do Cantagalo para o evento, que contou com a presença de policiais e do secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame — que distribuiu cachorros-quentes e posou para fotos com moradores.
— Indiscutivelmente, é uma vitória. O mundo não vai ficar colorido de uma hora para outra, mas está provado que é possível — comemorou ele , garantindo que os 33 anos serão em uma das comunidades que prometeu ocupar este ano.
Uma moradora, que não quis se identificar, estava na contramão da festa:
— Aí está escrito a palavra paz. Se o Bope é paz, não sei de mais nada — afirmou, referindo-se à blusa que policiais e alguns moradores usavam, com as inscrições “Bope. Há 32 anos lutando pela paz”.
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