Publicado no site http://www.brasilverdade.org.br de 16/09/2009, por Wallace Farache Ferreira. O autor é advogado militante neste Estado e, também, aviador, estudioso da aviação militar, especialista em armamento e pára-quedista em 12/09/2009.
Estamos presenciando, estarrecidos, os desencontros, as afirmativas, as negativas, as mentiras e os desmentidos sobre o programa F-X2 de reequipamento da nossa Força Aérea Brasileira.
Assunto eminentemente técnico, por técnicos deveria ser tratado.
Tornou-se, porém, uma questão política, onde a conduta sempre honrada da maioria dos políticos costuma produzir resultados nefastos, principalmente estando em jogo a nossa soberania.
Iniciada no governo FHC, a licitação foi suspensa quando da posse do atual presidente, um indigente cultural que em nome do combate à fome (uma de suas demagógicas bandeiras de campanha), estabeleceu como prioridade o malfadado Fome Zero, para onde desviou recursos que deveriam ser empregados na aquisição de novos aviões de combate, para tirar do estado comatoso a FAB, relegada ao ostracismo desde o início do ciclo de presidentes civis, após os governos militares, tendo início o que se convencionou chamar, equivocadamente, de redemocratização, encabeçada pelo então presidente e hoje senador José Sarney, de reputação ilibada.
Indignados, tivemos a oportunidade de ver o presidente da República, vilão maior desse embaraçoso momento, aplaudir entusiasticamente , no desfile de 7 de Setembro, em Brasília, uma fração de tropa do 3º Regimento de Infantaria da Legião Estrangeira, francês, com sua monótona cadência de marcha e, irresponsável e impatriótico, retirar-se antes da exibição do magnífico EDA (Esquadrão de Demonstração Aérea), popularmente conhecida como “Esquadrilha da Fumaça”.
O infortúnio não terminou por aí.
Empolgado talvez pela ingestão de umas doses a mais, o presidente recebeu para um churrasco, na Granja do Torto, o convidado de honra, o mandatário maior da França, Nicolas Sakorzy.
Em dado momento, de forma estranha mas emblemática, as picanhas, costelas e cupins já quase assados, foram pulverizados por estilhaços de vidros que estavam colocados ao lado da churrasqueira e não suportaram as altíssimas temperaturas.
Desolado, o ilustre visitante, na prática um vendedor de alto coturno, foi obrigado a contentar-se com uma moqueca capixaba preparada às pressas.
O pior, todavia, estava por acontecer.
Em delírio patognomônico de quem se excedera na bebida, o presidente veio a público para, rechaçando as críticas pelo precipitado anúncio da compra de 36 caças franceses Rafale, afirmar com a presunção própria de um iletrado que conseguiu subir na escala social, que a decisão a respeito seria dele e de mais ninguém, em prazo que só ele poderia fixar.
Sabe-se que por pressões que o Grande Timoneiro nordestino sofreu, partidas do país tido como câncer da civilização, por muitas décadas inimigo cordial da Rússia, então integrante da URSS, uma maravilha tecnológica, o caça SUKHOY Su 37, foi alijado da concorrência.
Arrogante apenas para o público interno, mercê de seu alto índice de popularidade, o Apedeuta Mor fletiu os joelhos diante do Tio Sam, excluindo da competição um avião de combate de qualidades inigualáveis, moderno e insuperável, preferido por dez entre dez oficiais aviadores da FAB.
Sobraram, então, três caças de tecnologia ultrapassada, projetados há mais de duas décadas, quais sejam, o F-18 Super-Hornet, da Boeing norte-americana, o Gripen, da Saab sueca e o Rafale, da francesa Marcel-Daussault, todos infinitamente inferiores ao caça russo, tanto em autonomia quanto em aviônica, em manobrabilidade, em capacidade de aquisição, rastreamento e destruição de alvos inimigos, entre outras insuficiências.
As características únicas do caça russo, em especial por contar o Thrust Vecttoring Control – TVC (controle de empuxo vetorado), que lhe confere dez vezes mais eficácia em combate que outro caça sem esse dispositivo (copiado, por espionagem industrial, pelo F 22 Raptor, norte-americano, sem o mesmo sucesso), o tornam imbatível no dog-fight, em qualquer condição meteorológica, além de ser ideal, por sua grande autonomia, para um país de dimensões continentais como o nosso.
O desastrado presidente, que de vôo só conhece o da avoante (ave comum no Nordeste e que na época da desova se reúne em grande quantidade, sendo abatida aos milhares, para saciar a fome daqueles miseráveis brasileiros), decidiu por razões que a própria razão desconhece, que deveria adquirir o Rafale, lamentavelmente.
Resta-nos, por fim, descobrir qual trapaça está em andamento e quem será beneficiado por essa aquisição espúria, máxime se levarmos em consideração que esse avião, que fez seu primeiro vôo em 04 de julho de 1986, há vinte e três anos portanto, até então só era utilizado pela ARMÉE DE L’AIR (Força Aérea Francesa), sendo o Brasil, país governado por um sábio disfarçado, o primeiro e único país a comprá-lo, o que é motivo de chacota na própria França.
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