Deu em O Estado de S. Paulo
Motivo é contrato sem licitação com empresa de amigo de Delúbio Soares
O Ministério Público de Goiás ingressou ontem na Justiça com uma ação de improbidade administrativa contra o prefeito de Goiânia, Íris Rezende (PMDB), por causa de um contrato de R$ 360 milhões firmado sem licitação. A principal beneficiária do contrato é uma empresa recém-criada cujo dono é amigo do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, personagem do mensalão petista.
A empresa Enatech foi contratada para gerenciar os estacionamentos públicos em Goiânia. Seu dono, Jaime de Oliveira, é do círculo de amizade de Delúbio. Desde que foi expulso do PT, Delúbio voltou a operar nos bastidores da política goiana.
Foi ele o responsável por costurar o apoio petista à chapa de Íris - o vice-prefeito, Paulo Garcia, e dois secretários municipais são do grupo político do ex-tesoureiro petista. Um dos irmãos de Delúbio, o ex-vereador Carlos Soares, é diretor da empresa municipal de processamento de dados.
O contrato que originou a ação do MP é cercado de suspeitas desde sua assinatura, em agosto do ano passado. Os detalhes da transação chamaram atenção da promotoria.
A começar pelo fato de que a contratada para executar o serviço, inicialmente, foi uma entidade de classe que nada tem a ver com o trânsito: a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Goiânia.
Logo depois da assinatura do contrato, a CDL terceirizou a tarefa. Com aval da prefeitura, entregou o serviço para a empresa do amigo de Delúbio.
Não houve licitação. De acordo com o Ministério Público, para justificar a contratação direta, a prefeitura limitou-se a fazer uma pesquisa de preços. Consultou uma associação de classe e um sindicato, que responderam não ter interesse no contrato.
Com as respostas das duas entidades, o governo municipal então fechou o contrato com a CDL, que depois delegou o serviço à Enatech. A empresa foi aberta 20 dias antes da assinatura do contrato.
O negócio é promissor. Pelos termos do acerto com a prefeitura de Goiânia, a empresa poderá explorar os estacionamentos públicos de Goiânia ao longo dos próximos cinco anos, por meio de parquímetros.
O valor global estimado é de R$ 360 milhões, dos quais 60%, ou R$ 216 milhões, ficariam para a Enatech, de acordo com o Ministério Público. Uma das cláusulas contratuais prevê a cobrança de R$ 1,25 por hora - a Enatech ficaria com R$ 0,74, a CDL com R$ 0,26 e a prefeitura, com R$ 0,25.
Motivo é contrato sem licitação com empresa de amigo de Delúbio Soares
O Ministério Público de Goiás ingressou ontem na Justiça com uma ação de improbidade administrativa contra o prefeito de Goiânia, Íris Rezende (PMDB), por causa de um contrato de R$ 360 milhões firmado sem licitação. A principal beneficiária do contrato é uma empresa recém-criada cujo dono é amigo do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, personagem do mensalão petista.
A empresa Enatech foi contratada para gerenciar os estacionamentos públicos em Goiânia. Seu dono, Jaime de Oliveira, é do círculo de amizade de Delúbio. Desde que foi expulso do PT, Delúbio voltou a operar nos bastidores da política goiana.
Foi ele o responsável por costurar o apoio petista à chapa de Íris - o vice-prefeito, Paulo Garcia, e dois secretários municipais são do grupo político do ex-tesoureiro petista. Um dos irmãos de Delúbio, o ex-vereador Carlos Soares, é diretor da empresa municipal de processamento de dados.
O contrato que originou a ação do MP é cercado de suspeitas desde sua assinatura, em agosto do ano passado. Os detalhes da transação chamaram atenção da promotoria.
A começar pelo fato de que a contratada para executar o serviço, inicialmente, foi uma entidade de classe que nada tem a ver com o trânsito: a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Goiânia.
Logo depois da assinatura do contrato, a CDL terceirizou a tarefa. Com aval da prefeitura, entregou o serviço para a empresa do amigo de Delúbio.
Não houve licitação. De acordo com o Ministério Público, para justificar a contratação direta, a prefeitura limitou-se a fazer uma pesquisa de preços. Consultou uma associação de classe e um sindicato, que responderam não ter interesse no contrato.
Com as respostas das duas entidades, o governo municipal então fechou o contrato com a CDL, que depois delegou o serviço à Enatech. A empresa foi aberta 20 dias antes da assinatura do contrato.
O negócio é promissor. Pelos termos do acerto com a prefeitura de Goiânia, a empresa poderá explorar os estacionamentos públicos de Goiânia ao longo dos próximos cinco anos, por meio de parquímetros.
O valor global estimado é de R$ 360 milhões, dos quais 60%, ou R$ 216 milhões, ficariam para a Enatech, de acordo com o Ministério Público. Uma das cláusulas contratuais prevê a cobrança de R$ 1,25 por hora - a Enatech ficaria com R$ 0,74, a CDL com R$ 0,26 e a prefeitura, com R$ 0,25.
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