Três vítimas fatais foram encontradas na manhã desta terça-feira: uma jovem de 22 anos, um homem e uma mulher
Por Fernanda Alves e Pâmela Oliveira
Rio - Chegou a 11 o número de mortos em deslizamento de terra que atingiu oito casas no distrito de Jamapará, em Sapucaia, no Médio Paraíba, no estado do Rio, nesta segunda. Três vítimas fatais foram encontradas na manhã desta terça-feira: uma jovem de 22 anos, um homem e uma mulher. Entre os mortos estão duas crianças. Pelo menos 10 pessoas continuam desaparecidas. Bombeiros e cães farejadores estão no local e tentam localizar mais moradores. Nesta segunda oito pessoas já haviam sido resgatadas após horas de buscas.
No estado, mais de 12 mil foram obrigados a deixar suas casas devido à chuva. No Noroeste do Rio, o risco nas encostas preocupa.
Trinta bombeiros trabalham na busca por desaparecidos | Foto: Divulgação
“Acho impossível encontrar alguém vivo. Entre os desaparecidos, uma família inteira que tentava sair da área de risco de carro foi atingida pelo deslizamento dentro do veículo”, contou o secretário de Defesa Civil de Sapucaia, Marco Antônio Teixeira.
O deslizamento ocorreu por volta das 3h30, e os primeiros bombeiros chegaram ao local depois das 6h. “Não temos Corpo de Bombeiros na cidade, e as estradas estavam interditadas por barreiras. Por isso, a demora”, contou o secretário de Comunicação, Sérgio Campante. Na hora do desastre, muitos dormiam, e alguns moradores tentaram alertar os vizinhos.
Vítimas de enchentes provocadas por rios que continuam a subir, as prefeituras do Norte e Noroeste do estado começam a se preocupar também com risco de deslizamentos provocados pela terra molhada. “Estamos monitorando 20 pontos da cidade e hoje (ontem) registramos três quedas de terra”, revelou o coordenador da Defesa Civil de Itaperuna, Capitão Joelson Oliveira.
Em Italva, o Rio Muriaé ainda sobe, isola a cidade e alaga dois distritos. Ontem, cerca de 30 famílias da Vila Operária foram removidas. A previsão é de que a chuva continue. Na quinta-feira, nova frente fria deverá levar o mau tempo ao Sul do Rio.
Rio Paraíba transborda e ameaça moradores de Itaocara e Aperibé
O Rio Paraíba do Sul começou a transbordar na noite desta segunda-feira e a provocar alagamentos em Itaocara e Aperibé, no Noroeste do Rio. Segundo o coronel Douglas Paulich, coordenador da Defesa Civil da região até o quartel do Corpo de Bombeiros de Itaocara foi alagado. Famílias já começaram a ser retiradas de locais de risco.
Cerca de 200 pessoas que moram em áreas de risco foram instaladas em barracas em Cardoso Moreira | Foto: Silésio Corrêa / Folha da Manhã
“O rio recebeu muita água das chuvas de Minas e de Sapucaia e já começa a transbordar. Estamos em alerta máximo”, disse o coronel, acrescentando que Cambuci também deve ser afetada pelo rio.
A cheia foi agravada ainda pelo aumento de passagem de água na represa de Ilha dos Pombos, em Carmo, que alimenta o rio. “Alertamos comerciantes e moradores, que colocaram móveis para cima. O quartel já está com alagamento de 60 cm”, disse o tenente Alcídio Machado.
Em Campos, no Norte,que recebe hoje os ministros dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, e Integração Nacional, Fernando Bezerra, a água do Paraíba do Sul, que subiu mais de três metros, voltou a sair por bueiros e alagar ruas. O município está em alerta.
Nesta segunda-feira, o secretário de Defesa Civil de Campos, Henrique Oliveira, afirmou que Bezerra foi infeliz ao dizer que a prefeitura abriu trecho da BR-356 para reduzir o volume do rio: “Ele é mal-informado. Disse que foi ação planejada. Só se fosse planejada por um louco”.
4.884 fora de casa em Cardoso Moreira
Mais de 4.884 pessoas estão fora de casa em Cardoso Moreira, no Norte, onde dique se rompeu domingo. Famílias começaram a ser removidas na madrugada desta segunda-feira: cerca de 200 pessoas foram instaladas em barracas. O vice-governador esteve no município e se reuniu também com os prefeitos de Campos e Itaperuna e garantiu que será feito projeto para reconstruir a região afetada assim que a água descer. Ele pediu que as prefeituras transfiram seus postos de saúde para as áreas altas da cidade.
Nesta segunda-feira o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, anunciou que vai investir R$ 850 milhões em obras contra inundações.
Rio - Chegou a 11 o número de mortos em deslizamento de terra que atingiu oito casas no distrito de Jamapará, em Sapucaia, no Médio Paraíba, no estado do Rio, nesta segunda. Três vítimas fatais foram encontradas na manhã desta terça-feira: uma jovem de 22 anos, um homem e uma mulher. Entre os mortos estão duas crianças. Pelo menos 10 pessoas continuam desaparecidas. Bombeiros e cães farejadores estão no local e tentam localizar mais moradores. Nesta segunda oito pessoas já haviam sido resgatadas após horas de buscas.
No estado, mais de 12 mil foram obrigados a deixar suas casas devido à chuva. No Noroeste do Rio, o risco nas encostas preocupa.
Trinta bombeiros trabalham na busca por desaparecidos | Foto: Divulgação
“Acho impossível encontrar alguém vivo. Entre os desaparecidos, uma família inteira que tentava sair da área de risco de carro foi atingida pelo deslizamento dentro do veículo”, contou o secretário de Defesa Civil de Sapucaia, Marco Antônio Teixeira.
O deslizamento ocorreu por volta das 3h30, e os primeiros bombeiros chegaram ao local depois das 6h. “Não temos Corpo de Bombeiros na cidade, e as estradas estavam interditadas por barreiras. Por isso, a demora”, contou o secretário de Comunicação, Sérgio Campante. Na hora do desastre, muitos dormiam, e alguns moradores tentaram alertar os vizinhos.
Vítimas de enchentes provocadas por rios que continuam a subir, as prefeituras do Norte e Noroeste do estado começam a se preocupar também com risco de deslizamentos provocados pela terra molhada. “Estamos monitorando 20 pontos da cidade e hoje (ontem) registramos três quedas de terra”, revelou o coordenador da Defesa Civil de Itaperuna, Capitão Joelson Oliveira.
Em Italva, o Rio Muriaé ainda sobe, isola a cidade e alaga dois distritos. Ontem, cerca de 30 famílias da Vila Operária foram removidas. A previsão é de que a chuva continue. Na quinta-feira, nova frente fria deverá levar o mau tempo ao Sul do Rio.
Rio Paraíba transborda e ameaça moradores de Itaocara e Aperibé
O Rio Paraíba do Sul começou a transbordar na noite desta segunda-feira e a provocar alagamentos em Itaocara e Aperibé, no Noroeste do Rio. Segundo o coronel Douglas Paulich, coordenador da Defesa Civil da região até o quartel do Corpo de Bombeiros de Itaocara foi alagado. Famílias já começaram a ser retiradas de locais de risco.
Cerca de 200 pessoas que moram em áreas de risco foram instaladas em barracas em Cardoso Moreira | Foto: Silésio Corrêa / Folha da Manhã
“O rio recebeu muita água das chuvas de Minas e de Sapucaia e já começa a transbordar. Estamos em alerta máximo”, disse o coronel, acrescentando que Cambuci também deve ser afetada pelo rio.
A cheia foi agravada ainda pelo aumento de passagem de água na represa de Ilha dos Pombos, em Carmo, que alimenta o rio. “Alertamos comerciantes e moradores, que colocaram móveis para cima. O quartel já está com alagamento de 60 cm”, disse o tenente Alcídio Machado.
Em Campos, no Norte,que recebe hoje os ministros dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, e Integração Nacional, Fernando Bezerra, a água do Paraíba do Sul, que subiu mais de três metros, voltou a sair por bueiros e alagar ruas. O município está em alerta.
Nesta segunda-feira, o secretário de Defesa Civil de Campos, Henrique Oliveira, afirmou que Bezerra foi infeliz ao dizer que a prefeitura abriu trecho da BR-356 para reduzir o volume do rio: “Ele é mal-informado. Disse que foi ação planejada. Só se fosse planejada por um louco”.
4.884 fora de casa em Cardoso Moreira
Mais de 4.884 pessoas estão fora de casa em Cardoso Moreira, no Norte, onde dique se rompeu domingo. Famílias começaram a ser removidas na madrugada desta segunda-feira: cerca de 200 pessoas foram instaladas em barracas. O vice-governador esteve no município e se reuniu também com os prefeitos de Campos e Itaperuna e garantiu que será feito projeto para reconstruir a região afetada assim que a água descer. Ele pediu que as prefeituras transfiram seus postos de saúde para as áreas altas da cidade.
Nesta segunda-feira o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, anunciou que vai investir R$ 850 milhões em obras contra inundações.
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