Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Lula vai retirar proposta sobre descriminalização de aborto

deu em O Globo:

De Gerson Camarotti:

Preocupado com a forte reação da Igreja Católica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também considerou um erro a inclusão no Programa Nacional dos Direitos Humanos da intenção do governo de apoiar a aprovação do projeto de lei que "descriminaliza o aborto, considerando a autonomia das mulheres para decidir sobre seus corpos". Além de mandar alterar o trecho sobre a Comissão da Verdade, Lula vai determinar ao ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial de Direitos Humanos, a exclusão desse trecho do programa.

Para Lula, o tema aborto só deve ser tratado pelo governo como questão de saúde pública. Assim, o governo deve dar garantia de acesso aos serviços de saúde para casos de aborto previstos em lei. A mudança nesse item será uma forma de amenizar o desgaste junto à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Em maio de 2007, na visita do Papa Bento XVI ao Brasil, o próprio Lula chegou a afirmar que o seu governo não enviaria qualquer projeto ao Congresso que permita a legalização do aborto. Na ocasião, ele acrescentou que a discussão sobre esse tipo de assunto polêmico cabe ao Congresso, e não é iniciativa do governo. Durante a visita ao Brasil, Bento XVI condenou o aborto.

A posição cautelosa de Lula ocorre uma semana depois de o secretário-geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, dizer que considera uma demonstração de intolerância o Programa de Direitos Humanos sugerir que não sejam usados símbolos religiosos, como crucifixos, em repartições públicas. O religioso chegou a afirmar que é infiltração de uma "mentalidade laicista" no texto e acrescentou que ter direitos humanos é ter liberdade religiosa.

Nos bastidores, o governo já começou a atuar para diminuir a crise com a Igreja Católica. Integrantes da CNBB receberam recados do chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, de que o governo vai analisar os pontos criticados pela Igreja no Programa Nacional de Direitos Humanos. De forma reservada, alguns bispos advertiram integrantes do governo de que esse tipo de atitude poderia ter reflexos políticos e um posicionamento mais crítico da Igreja em ano eleitoral





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