Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

terça-feira, 3 de julho de 2012

FARRA COM DINHEIRO PÚBLICO - Eleições de 2012 terão 9,8% de vagas a mais para vereadores. No Estado do Rio, o maior aumento


Levantamento mostra que 27,6% dos municípios aumentaram o número de vagas

O GLOBO

BRASÍLIA - Nas eleições de outubro, as câmaras municipais de todo país deverão ganhar um novo contingente de 5.070 vereadores que vão ocupar as vagas criadas a partir da aprovação da Emenda constitucional 58, em 2008. O país terá, então, um total de 56.818 vereadores, em relação aos 51.748 eleitos há quatro anos, um aumento de quase 10%. No levantamento anterior, feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), divulgado em maio, registrou-se a criação de 3.672 vagas. O prazo para aumentar as vagas acabou em 30 de junho. Ou seja, em pouco mais de um mês, foi contabilizada a criação de mais 1.398 vagas.

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A emenda impôs restrições financeiras às câmaras para evitar acréscimo de despesas diretamente com os novos vereadores. Porém, é certo que as vagas criadas ampliarão o custo do legislativo local, o que pesará nas contas das prefeituras. Além do aumento do número de vereadores, as câmaras municipais devem aprovar, até o final de setembro, reajustes dos subsídios dos vereadores, prefeitos, vice-prefeitos e secretários municipais.

É esta nova despesa que assusta o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, que defende os interesses políticos e financeiros das prefeituras. O reajuste nos salários de vereadores é aprovado a cada quatro anos, antes das eleições; em alguns casos o prazo de aprovação da lei municipal é antes da posse.

No Estado do Rio, o maior aumento

Ziulkoski disse que é impossível calcular hoje o impacto desses salários nas contas das prefeituras, a partir de 2013, mas salienta que esse será o grande problema, porque o parâmetro para os reajustes é o novo salário dos deputados federais.

— É lógico que criar cinco mil vagas de vereadores aumenta o custo. Não sabemos ainda em quanto, mas o vereador é a parte menor do problema. O grande impacto financeiro para os municípios serão os novos salários municipais — disse Ziulkoski, explicando que o subsídio do vereador equivale a 75% dos subsídio do deputado estadual, que, por sua vez, recebe o equivalente a 60% do vencimento de um deputado federal (hoje em R$ 26, 6 mil.

— Este sim será um impacto de bilhões de reais nas contas das prefeituras, porque implica também em reajustar salários dos prefeitos, vices e secretários municipais — afirma.

Para calcular o número de vereadores nas eleições deste ano, foram usados os dados sobre a população divulgados pelo IBGE em julho de 2011: onde cresceu a população aumentou o número de vereadores.

Pelas contas da CNM, com base nos dados do IBGE, dos 5.563 municípios brasileiros, 2.153 poderiam aumentar o número de vereadores por meio de alteração em suas leis orgânicas. Desses, 2.125 responderam a questionários da CNM e 1.535 (72%) confirmaram que aumentariam suas cadeiras no legislativo local; 590 informaram que manteriam o mesmo número.

Com base nos dados populacionais do IBGE, os municípios do Estado do Rio são os que mais poderiam aumentar o número total de vereadores. Todos os municípios fluminenses poderiam eleger 1.362 vereadores este ano (em 2008 foram 999) — um aumento de 34,5%. Dos 92 municípios do estado, 72 poderiam, segundo a lei, mudar a composição de suas câmaras.

Na pesquisa feita do CNM com 62 desses 72 municípios, 42 informaram que aumentaram o número de vereadores, e 20, que não. Nesse universo, os vereadores passam de 659 (eleitos em 2008) para 817 este ano.

As cidades fluminenses que mais aumentaram o número de vereadores foram Nova Friburgo e Teresópolis, de 12 para 21. Campos aumentou de 17 para 25.

Pelo resultado do IBGE, segundo a CNM, os municípios com mudanças populacionais poderiam criar este ano até 8.036 cadeiras, o que elevaria o número final para 59.764. Os dados informados pelos municípios indicam 5.070 novas vagas.

Poucos municípios — dado ainda não tabulado pela CNM — aprovaram leis reduzindo o número de vereadores. É o caso de Ribeirão Preto (SP). Lá, uma emenda reduz de 27 para 22 as cadeiras a partir de 2013. A Câmara de Agudos (SP) reduziu de 13 para 9 o número de vereadores. Em Minas, o legislativo de Divinópolis diminuiu de 19 para 17. No Paraná,os vereadores de Paiçandu tentaram aumentar as vagas de 9 para 13, mas, pressionados pela opinião pública, recuaram.

ALGUNS COMENTÁRIOS 

  • Pero Vaas 
    A c@nalhada de sempre exulta! A corrupção política é praga que se alastra. Cada novo vereador desse trem da alegria é um novo vírus a parasitar nossos recursos.
    há 57 minutos
  • Aluisio de Oliveira Braga 
    Mais dinheiro a ser jogado no lixo.
    há 1 hora

  • Eraldo Clemente de Almeida 
    Chamo atenção dos Eleitores Pernambucanos, e do Pais. Veja o que os nossos para-lamentares fizeram na calada da noite. criando mais 5070 vagas de vereadores para camarás municipais de todo pais. Aumentando de 51.748 para 56.818 cadeira para os abrutes garfar as verbas da educação, saúde, bolsa famílias e infraestruturas dos 5.563 municípios brasileiros. Com muito revolta, sem reforma politica partidária, VOTO NULO.?
    há 1 hora

  • Paulo Caetano Pinheiro 
    O POVO PRECISA TOMAR VERGONHA NA CARA.NÃO TROCAR UM VOTO, POR UM REMÉDIO,POR UMA NOMEAÇÃO EM EMPRESA TERCEIRIZADA,COMO NO DETRAN,PREFEITURAS DO RIO DE JANEIRO E EM TERESÓPOLIS A IMORALIDADE É TANTA, QUE UMA VEREADORA APRESENTOU PROJETO DANDO NOME AO LUGAR A DE SEU FALECIDO PAI,FAMOSO COMERCIANTE EM TERESÓPOLIS.AGORA, PERDEU O RESTANTE DO MANDATO.O RESTO É RESTO MESMO,INCLUSIVE NO RIO DE JANEIRO.NO RIO, COMPRA DE NOVOS CARROS.EM TERESÓPOLIS COMPRA DE CAMINHÕES NA FALIDA CONCESSIONÁRIA LOCAL.
    há 2 horas

  • Vera Regina de Azevedo Matos 
    MAIS LAROEIRA, MAIS VAGABUNDAGEM. Ô PAÍS!


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