(Foto: Thamine Leta/G1)
Rio de Janeiro – O desabamento de três edifícios na Avenida 13 de Maio, na região central da capital fluminense, que deixaram 17 mortos e cinco desaparecidos, completam nesta quarta-feira (25/7) seis meses. E quem perdeu o escritório na tragédia continua sem amparo.
A advogada Ana Betiza, representante da Associação das Vítimas da 13 de Maio, disse que as pessoas afetadas pela tragédia chegaram a se reunir com a prefeitura para negociar empréstimos a fim de refazer os seus negócios, mas sem sucesso.
“Infelizmente não se avançou nada, estamos aguardando empréstimo em fonte, um adiantamento de um empréstimo maior, pelo Investe Rio [Agência de fomento do governo do estado do Rio de Janeiro], que foi prometido pela prefeitura. Quanto à recuperação de bens materiais, nós não recuperamos nada até agora. Então, a gente está lutando para obter essas coisas, mas não obtivemos êxito em nada”, disse.
De acordo com a advogada, o inquérito que apurou as causas do desabamento teve uma conclusão preliminar do delegado federal Fábio Scliar, com o indiciamento de sete pessoas. Mas o inquérito foi para o Ministério Público Federal (MPF), responsável por denunciar os culpados ou entrar com uma ação na Justiça, e ainda não teve resultado.
“A associação tem buscado as informações no Ministério Público sobre o inquérito, na Defesa Civil, no Crea-RJ [Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro], os laudos, essas coisas que fizeram, para gente embasar o nosso pedido indenizatório contra as pessoas e contra o estado, o município, enfim, o que a gente julgue necessário que seja, dentro dos indiciados ou não”.
O Ministério Público Federal informou que recebeu dois inquéritos policiais referentes ao desabamento da Avenida 13 de Maio, um deles sem número na Justiça. Por isso, os dois processos foram enviados à Justiça Federal para que fossem unificados e recebessem um único número. No momento, o MPF aguarda o retorno dos inquéritos para dar prosseguimento às investigações.
Um comentário:
Sou mais uma vítima de desabamento,no caso ocorrido em Setembro de 2012 na Rua do Rosário, na qual meu prédio foi atingido pelo prédio ao lado que desabou, ja´a 10 anos em uma batalha judicial que se esbarra em burocracias e a lerdeza do judiciário.
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