Assembleia Legislativa divulgou folha com remuneração de servidores.
Benefícios como auxílio-educação e tempo de casa aumentam salário.
Do G1 RJ
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) divulgou a folha de pagamento do mês de junho, com o nome de funcionários e os respectivos salários, como mostrou o RJTV desta terça-feira (31). Muitos servidores recebem mais de 10 vezes a remuneração-base, por causa de benefícios que vão desde auxílio-educação até o tempo de casa.
A Assembleia do Rio foi a primeira no país a cumprir a Lei de Acesso à Informação e divulgar a relação dos salários.
Atualmente, a Alerj tem 4.328 funcionários na folha de pagamento, que, em junho, chegou a R$ 37,421 milhões. Nenhum salário ultrapassa o limite máximo para servidores em todo o país de R$ 26.723.
Mas existem vários casos em que o valor recebido é superior a mais de 10 vezes o vencimento base. Benefícios, incorporações e bonificações promovem o crescimento impressionante dos salários.
'COISA DE MALUCO'
Um consultor técnico, que é funcionário de carreira da Alerj, tem remuneração de R$ 1.780,25 por mês. Mas recebe R$ 6.370,87 de representação, um benefício comum a todos na folha de pagamento.
Devido a cargos ocupados no passado, foram incorporados mais de R$ 28.652,07. Com isso, o salário do consultor ficaria em R$ 51.129, um valor bem acima do teto. Já com o redutor obrigatório, que retirou mais de R$ 25 mil, e os descontos de Previdência e imposto de renda, o consultor recebe R$ 20.820,29, valor 12 vezes superior ao salário base.
Outro servidor, com salário base de mais de R$ 1.400, ganharia mais de R$ 70.700 com os acréscimos. O redutor subtraiu quase R$ 42 mil. E, mesmo assim, o salário ficou em mais de R$ 20.300, ou seja, quase 14 vezes maior do que a remuneração-base.
Algumas gratificações que aumentam os salários já foram extintas. É o caso da incorporação que foi abolida em 1996, mas continua valendo para quem já tinha este direito.
O diretor da Organização Transparência Brasil analisou a folha da Alerj, critica a falta de explicação para as partes que compõem os salários e os valores do auxílio-educação.
Já o Sindicato dos Servidores da Alerj informou que já entrou na Justiça, pedindo a retirada dos nomes da lista divulgada.
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