Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

terça-feira, 4 de maio de 2010

RIO DE JANEIRO / NITERÓI - Imagens mostram Hospital Azevedo Lima em situação precária


   

‘Esse hospital parece estar em clima de guerra’, diz visitante.
Pacientes estão em macas espalhadas pelos corredores.

Do RJTV
Desde o fechamento da emergência do Hospital Universitário Antônio Pedro, há quase 1 ano, o Hospital Estadual Azevedo Lima tem a única emergência pública da cidade de Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Imagens gravadas por um funcionário mostram macas com doentes espalhadas pelos corredores, além de infiltrações e mofo nas paredes. Moradores do município estão preocupados com a atual situação da unidade.
Dentro das salas, são tantos doentes que fica difícil circular. Pacientes entubados estavam à espera de uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Outros pacientes, em estado menos grave, aguardavam atendimento. Em outra sala, que serve como alojamento para funcionários, há muita infiltração e mofo.
Na porta do hospital, não faltam reclamações. “Está o caos. Não tem luz na entrada, nem nos banheiros. Está um breu total. Não é possível nem enxergar o vaso sanitário”, critica Sérgio Monteiro Junior, amigo de uma paciente internado no Azevedo Lima.
“O corpo médico não supre as necessidades do hospital, nem da enfremagem, nem da parte cirúrgica, nem da parte clínica. Além disso, o elevador que transporta pacientes e funcionários funciona em estado precário”, acrescenta Ângela Silva Pinto, que tem um parente internado no hospital.
Márcia Marília disse que a filha dela, grávida de 7 meses, chegou à unidade passando muito mal e não havia enfermeiros para carregá-la. “Eu pedi por socorro. Gritei muito, e pedi ‘pelo amor de Deus’, porque a minha filha estava roxa. Então, uma rapaz veio ajudar. Ele estava com o pé machucado, mas, mesmo assim, carregou a minha filha. Somente quando cheguei na porta do hospital é que um segurança veio nos atender. Bem devagar, ele trouxe uma cadeira para a minha filha”, contou a mãe da paciente.
Um homem, que prefere não se identificar, também é parente de um paciente. Ele saiu da visita impressionado com as condições do hospital. “Esse hospital parece estar em clima de guerra. Parece o Haiti depois do terremoto. Muitas pessoas, com dor, estão jogadas em macas e cadeiras. Não tem pessoal suficiente para realizar atendimento”, relatou.
Em nota, o diretor do Hospital estadual Azevedo Lima, José Aluízio Medeiros, informou que nenhum paciente que chega à unidade fica sem atendimento. Ele atribuiu o grande número de pacientes no Azevedo Lima ao fechamento de outras duas emergências: a do Hospital Antonio Universitário Antônio Pedro e Hospital Municipal Carlos Tortelly, que está em obras.

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