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terça-feira, 1 de março de 2011

FRAUDE NA SAÚDE - MP denuncia grupo que fraudava compra de material em hospital no RJ


Fraude chega a R$ 7 milhões, segundo cálculos do Ministério Público.
Total de 14 pessoas, entre médicos e funcionários de hospital municipal.


Do G1 RJ


Ministério Público

Médicos e funcionários de um hospital municipal da Zona Norte do Rio foram denunciados pelo Ministério Público do Estado (MP-RJ) por formação de quadrilha e outros crimes contra a Administração Pública, em uma fraude que chega a R$ 7 milhões. O MP-RJ informou nesta terça-feira (1º) que o Titular da 17ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 1ª Central Inquéritos, Promotor de Justiça Alexandre Murilo Graça, denunciou na sexta-feira (25) um total de 14 pessoas, incluindo representantes de duas empresas de material médico.

Segundo investigação da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Saúde Pública, o esquema fraudulento era liderado pelo chefe do serviço de neurocirurgia, desde 2004. O neurocirurgião teria aliciado outros médicos e funcionários do hospital para participarem da fraude.

Ainda de acordo com a denúncia do MP-RJ, eles fraudavam as guias de compra do material utilizado em procedimentos médicos, dizendo que usavam produtos que, na verdade, não usavam.

Além disso, os denunciados utilizavam material em quantidade menor que a relatada ou com qualidade inferior à descrita nas guias, segundo o MP-RJ. A diferença de valor era embolsada pelos participantes do esquema.

Já uma das empresas de material médico, segundo a denúncia, emitia notas fiscais frias, enquanto que a outra vendia equipamentos mais caros e entregava outros mais baratos. Com a quebra do sigilo telefônico, os envolvidos foram flagrados fazendo a contabilidade das fraudes executadas.

O grupo discutia a quantidade de material realmente gasto, o valor lançado a mais nas guias, a parte que seria repassada aos médicos e funcionários e quanto e quando a Prefeitura do Rio efetuaria o pagamento. Também combinava novas maneiras de fraudar os cofres públicos e de como fazer parar atrair outras empresas para o esquema.

O MP constatou ainda que exames, como angiografia – um tipo de visualização do coração e dos vasos sanguíneos –, além de outros, faziam parte do esquema fraudulento.


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