No dia 9 de fevereiro deste ano, uma manhã de transtorno para passageiros: uma pane lotou a Estação de Sampaio ]
Foto: Márcia Foletto / O Globo
Daniel Haidar - O Globo
Após diversas panes, acidentes e falhas operacionais ao longo do ano passado, a Supervia, concessionária de trens do Rio, pagou R$ 6,4 milhões em salários, bônus e participação nos lucros a executivos, diretores e conselheiros da empresa, segundo demonstrativos financeiros publicados ontem.
A empresa, controlada pelo grupo Odebrecht desde janeiro de 2011, justificou que a gestão "cumpriu todas as metas do programa de investimentos previstas no Contrato de Concessão".
O valor gasto em honorários equivale a 23% do lucro líquido contábil da empresa em 2011, que chegou a R$ 28,1 milhões. No acumulado de 2010, houve prejuízo de R$ 19,7 milhões. Mesmo assim, a remuneração dos executivos somou R$ 6,8 milhões naquele ano.
A SuperVia informou também que os gastos de remuneração de executivos, diretores e conselheiros da empresa atingiram esse montante em 2011 porque houve mudança de funcionários no ano passado, mas não esclareceu por que o valor foi diferente ao desembolsado em 2010.
"Todos os seus integrantes são bonificados de acordo com os resultados obtidos no ano, cumprindo os requisitos e as normas dispostas em Acordo Coletivo, firmado com o sindicato da categoria", diz a empresa em nota.
O gasto total com salários e encargos sociais de todos os trabalhadores da empresa chegou a R$ 18,4 milhões no ano passado.
Indagada sobre o desempenho financeiro, a empresa se limitou a destacar que fez em 2011 "o maior investimento do sistema ferroviário do Rio de Janeiro desde o início da concessão, num total de R$ 121 milhões". Acrescentou que deve investir neste ano R$ 230 milhões na operação dos trens. A SuperVia terminou o ano passado com R$ 10,8 milhões em caixa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário