Relatório da PF mostra que Cachoeira pagou propina embrulhada em jornal para deputado tucano
Interceptações telefônicas da PF flagraram diálogos entre Cachoeira e o deputado federal Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO)
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Fausto Macedo - O Estado de S.Paulo
.O contraventor Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo, mandou entregar propina "embrulhada em jornal" para o deputado federal Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO). A informação consta de relatório da PF, sob guarda do Supremo Tribunal Federal (STF). O documento esmiuça as relações próximas de Cachoeira com o parlamentar.
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Veja também:
Veja na íntegra o relatório da PF
Parar investigação sobre Cachoeira aumentaria impunidade, diz ministro
Delta não revela quais documentos rapassou à CPI
CPI do Cachoeira é instalada no Congresso
Tesoureiro de Cachoeira negocia com CPI
Dida Sampaio/AE
O deputado Carlos Lereia (PSDB-GO)
Os dados são apontados no capítulo intitulado "transações financeiras" envolvendo o contraventor e o deputado tucano. A PF assinala que Cachoeira manda Geovani (Pereira da Silva), seu contador, "passar dinheiro para o deputado Lereia, não sendo possível identificar a que título". Interceptações telefônicas da PF flagraram diálogos entre Cachoeira e Leréia.
Também caiu no grampo o contador Geovani,, que está foragido. O contraventor o chama de Geo e pede a ele que providencie pagamentos em dinheiro vivo para Leréia.
Numa dessas conversas, a 1.ª de agosto de 2011, às 14h34, Cachoeira recomenda a Geovani a entrega de R$ 20 mil em dinheiro para Leréia "embrulhados em jornal". Uma assessora do contraventor participa da conversa e informa que o dinheiro foi colocado em um "envelope quadrado".
A PF cita ainda o deputado Stepan Nercessian (PPS-RJ) como outro suposto beneficiário de propinas de Cachoeira. Em uma escuta, de 17 de junho de 2011, às 14h53 - a ligação durou um minuto e 41 segundos - Stepan pergunta a Leréia se "entregou a carta que ele mandou".
"Cachoeira diz que é para Stepan olhar lá", anota o relatório da PF. "Falam de dinheiro que Stepan pediu a Cachoeira. Stepan conversa com Gil, prefeito de Nerópolis."
Em outro grampo é citado um tal "Marco", que teria recebido R$ 10 mil de Cachoeira, mas a PF não identifica essa pessoa. Em outro grampo, de 16 de junho de 2011, Leréia comenta com Cachoeira que está em Brasília e vai receber o secretário geral da ONU, o coreano Ban Ki-Moon. "Tenho que receber ele aqui, me convocaram prá receber...", diz Leréia.
A PF juntou aos autos cópia da página do site do deputado. Na página está a informação. "Deputados Carlos Leréia e Marco Maia (PT, presidente da Câmara) recebem visita do secretário geral da ONU."
A assessoria do deputado Carlos Alberto Leréia informou à tarde que ele estava reunido com seus advogados. O deputado Stepan Nercessian não foi localizado.
Interceptações telefônicas da PF flagraram diálogos entre Cachoeira e o deputado federal Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO)
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Fausto Macedo - O Estado de S.Paulo
.O contraventor Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo, mandou entregar propina "embrulhada em jornal" para o deputado federal Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO). A informação consta de relatório da PF, sob guarda do Supremo Tribunal Federal (STF). O documento esmiuça as relações próximas de Cachoeira com o parlamentar.
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Dida Sampaio/AE
O deputado Carlos Lereia (PSDB-GO)
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Também caiu no grampo o contador Geovani,, que está foragido. O contraventor o chama de Geo e pede a ele que providencie pagamentos em dinheiro vivo para Leréia.
Numa dessas conversas, a 1.ª de agosto de 2011, às 14h34, Cachoeira recomenda a Geovani a entrega de R$ 20 mil em dinheiro para Leréia "embrulhados em jornal". Uma assessora do contraventor participa da conversa e informa que o dinheiro foi colocado em um "envelope quadrado".
A PF cita ainda o deputado Stepan Nercessian (PPS-RJ) como outro suposto beneficiário de propinas de Cachoeira. Em uma escuta, de 17 de junho de 2011, às 14h53 - a ligação durou um minuto e 41 segundos - Stepan pergunta a Leréia se "entregou a carta que ele mandou".
"Cachoeira diz que é para Stepan olhar lá", anota o relatório da PF. "Falam de dinheiro que Stepan pediu a Cachoeira. Stepan conversa com Gil, prefeito de Nerópolis."
Em outro grampo é citado um tal "Marco", que teria recebido R$ 10 mil de Cachoeira, mas a PF não identifica essa pessoa. Em outro grampo, de 16 de junho de 2011, Leréia comenta com Cachoeira que está em Brasília e vai receber o secretário geral da ONU, o coreano Ban Ki-Moon. "Tenho que receber ele aqui, me convocaram prá receber...", diz Leréia.
A PF juntou aos autos cópia da página do site do deputado. Na página está a informação. "Deputados Carlos Leréia e Marco Maia (PT, presidente da Câmara) recebem visita do secretário geral da ONU."
A assessoria do deputado Carlos Alberto Leréia informou à tarde que ele estava reunido com seus advogados. O deputado Stepan Nercessian não foi localizado.
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