No Supremo, Lewandowski decide desmembrar inquérito sobre relações de Cachoeira
Carolina Brígido
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BRASÍLIA - O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, vai pedir ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que abra inquérito para investigar se o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), tem relações com as atividades ilícitas com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. O governador foi mencionado no inquérito que hoje tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar a ligação entre Cachoeira e quatro parlamentares – entre eles, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).
O bicheiro foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás por chefiar quadrilha de jogo ilegal. Há nos autos 19 escutas que o ligam a políticos e outras pessoas. Investigações da Polícia Federal apontaram o elo entre assessores de Agnelo e Cachoeira. O governador admitiu ter sido apresentado ao bicheiro, mas negou que sua administração mantivesse qualquer negócio com ele.
Nesta terça, o ministro Ricardo Lewandowski, relator do inquérito do STF, autorizou o desmembramento do inquérito. No principal, deixou apenas Demóstenes. Abriu outros três no STF para investigar os deputados Carlos Leréia (PSDB-GO), Sandes Júnior (PP-GO) e Stepan Nercessian (PPS-RJ). A relatoria será do mesmo ministro. Sandes Júnior e Leréia também respondem a processo na Corregedoria da Câmara por quebra de decoro parlamentar.
Lewandowski também enviou de volta a Gurgel cópias da investigação referentes a pessoas sem direito de foro no STF. É o caso de Agnelo. Segundo a Constituição Federal, o foro para governador é o STJ. Caberá ao procurador pedir abertura de inquérito contra ele lá.
O procurador também deverá enviar para a Justiça Federal em Goiás pedido de abertura de inquérito contra Carlinhos Cachoeira, Cláudio Abreu, Enio Andrade Branco, Norberto Rech, Geovani Pereira da Silva e Gleyb Ferreira da Cruz. Essas pessoas também estavam mencionadas no inquérito que hoje é voltado apenas a Demóstenes. As providências foram tomadas a pedido do próprio Gurgel.
O procurador também tinha pedido a inclusão no inquérito de Demóstenes de indícios contra o procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres, irmão do senador. Lewandowski negou o pedido. Na semana passada, a corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) abriu uma reclamação disciplinar para apurar suspeita de que Benedito atuou junto ao Ministério Público de Goiás em favor de interesses do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
O ministro também negou solicitação da Corregedoria do Ministério Público de Goiás para ter acesso aos autos do inquérito contra Demóstenes. A investigação tramita sob sigilo.
Fonte O Globo Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/gurgel-vai-pedir-abertura-de-inquerito-contra-agnelo-no-stj-4726790#ixzz1t0TJlou7
Carolina Brígido
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BRASÍLIA - O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, vai pedir ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que abra inquérito para investigar se o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), tem relações com as atividades ilícitas com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. O governador foi mencionado no inquérito que hoje tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar a ligação entre Cachoeira e quatro parlamentares – entre eles, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).
O bicheiro foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás por chefiar quadrilha de jogo ilegal. Há nos autos 19 escutas que o ligam a políticos e outras pessoas. Investigações da Polícia Federal apontaram o elo entre assessores de Agnelo e Cachoeira. O governador admitiu ter sido apresentado ao bicheiro, mas negou que sua administração mantivesse qualquer negócio com ele.
Nesta terça, o ministro Ricardo Lewandowski, relator do inquérito do STF, autorizou o desmembramento do inquérito. No principal, deixou apenas Demóstenes. Abriu outros três no STF para investigar os deputados Carlos Leréia (PSDB-GO), Sandes Júnior (PP-GO) e Stepan Nercessian (PPS-RJ). A relatoria será do mesmo ministro. Sandes Júnior e Leréia também respondem a processo na Corregedoria da Câmara por quebra de decoro parlamentar.
Lewandowski também enviou de volta a Gurgel cópias da investigação referentes a pessoas sem direito de foro no STF. É o caso de Agnelo. Segundo a Constituição Federal, o foro para governador é o STJ. Caberá ao procurador pedir abertura de inquérito contra ele lá.
O procurador também deverá enviar para a Justiça Federal em Goiás pedido de abertura de inquérito contra Carlinhos Cachoeira, Cláudio Abreu, Enio Andrade Branco, Norberto Rech, Geovani Pereira da Silva e Gleyb Ferreira da Cruz. Essas pessoas também estavam mencionadas no inquérito que hoje é voltado apenas a Demóstenes. As providências foram tomadas a pedido do próprio Gurgel.
O procurador também tinha pedido a inclusão no inquérito de Demóstenes de indícios contra o procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres, irmão do senador. Lewandowski negou o pedido. Na semana passada, a corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) abriu uma reclamação disciplinar para apurar suspeita de que Benedito atuou junto ao Ministério Público de Goiás em favor de interesses do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
O ministro também negou solicitação da Corregedoria do Ministério Público de Goiás para ter acesso aos autos do inquérito contra Demóstenes. A investigação tramita sob sigilo.
Fonte O Globo Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/gurgel-vai-pedir-abertura-de-inquerito-contra-agnelo-no-stj-4726790#ixzz1t0TJlou7
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