Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

domingo, 6 de fevereiro de 2011

SUPERSALÁRIOS - OLIMPíADA promete ser um 'CABIDÃO' de belos salários



O Estado de S.Paulo

Órgãos estratégicos para que o País consiga realizar os Jogos Olímpicos de 2016, a Autoridade Pública Olímpica (APO) e a Empresa Brasileira de Legado Esportivo (Brasil 2016) já se converteram em foco de imbróglio jurídico e de cobiça política.

A APO é uma autarquia formada em consórcio pela União, pelo Estado do Rio de Janeiro e pela prefeitura do Rio de Janeiro, e a Brasil 2016 - que tem o governo federal como único acionista - é seu braço executivo, encarregado de implementar projetos, fiscalizar obras e firmar contratos.

A cobiça dos políticos pelos dois órgãos decorre não só da visibilidade que eles irão propiciar, mas do número de cargos que serão criados e dos vultosos recursos que irão administrar.

A APO terá 6 diretores, com salário mensal de R$ 20 mil; 29 cargos de superintendência, com vencimentos de R$ 18 mil; e 92 cargos de supervisão, com salários de R$ 15 mil. Além dos cargos executivos, serão criados 55 postos de assessoria, com salários de R$ 15 mil a R$ 18 mil.

A medida provisória (MP) que criou a APO prevê um total de 184 cargos comissionados - cujos integrantes podem ser indicados livremente, sem necessidade de concurso. Os salários altos e a profusão de cargos estão provocando uma corrida tanto de funcionários públicos nomeados para cargos em comissão no governo Lula, mas que não conseguiram lugar no novo governo, como de assessores e técnicos do segundo escalão da União, que querem subir na carreira.

Por já controlar o Ministério do Esporte há oito anos, o PC do B estava na ilusão de que a APO e a Brasil 2016 ficariam sob sua alçada, o que permitiria ao partido controlar todas as nomeações, indicando militantes e apaniguados.

Mas, consciente de que o loteamento político desses órgãos resultaria numa burocracia inepta e amadora, que poderia pôr em risco o cronograma de obras, a presidente Dilma Rousseff escolheu o ex-presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles para comandar a APO.

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