Mãe do menino precisou sair amparada no enterro do filho, no Cemitério da Pechincha
O GLOBO
Suely Fernandes, mãe de Wesley (de preto), é amparada no enterro do filho
GUILHERME PINTO / EXTRA
RIO - O Ministério público denunciou Widemberg de Araújo Sousa, de 22 anos, pai de Wesley Fernandes Araújo, de 2 anos; e a madrasta, Luana Rodrigues do Nascimento, de 23, por tortura seguida de morte e tortura continuada contra a criança, que morreu na terça-feira. Foi pedida também a prisão preventiva do casal. Mais cedo a polícia havia concluido o inquérito do caso, que ocorreu em Rio das Pedras, na Zona Oeste. Segundo o delegado adjunto da 32ª DP (Taquara), Maurício Mendonça de Carvalho, o documento foi enviado para a Justiça nesta quinta-feira.
Widemberg e Luana foram indiciados por tortura qualificada, com resultado de morte. A mãe de Wesley, Suely Fernandes, teve que sair carregada de enterro de filho, realizado na manhã desta quinta-feira. A criança morreu depois de sofrer uma parada cardiorespiratória, hematomas e fraturas nas pernas e no crânio, supostamente em decorrência das agressões do pai e da madrasta. Os acusados não têm antecedentes criminais e podem ser condenados a até 21 anos de prisão. O inquérito está sob responsabilidade da 2ª Vara Criminal de Jacarepaguá.
Presos em flagrante, Widemberg e Luana foram encaminhados, na quarta, para presídios no estado. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que Luana encontra-se na Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza e Widemberg, no Presídio Ary Franco. Eles estão em celas com presos que cometeram o mesmo tipo de delito.
A mãe de Wesley, Suely, mora no Espírito Santo e foi amparada por parentes e amigos, no cemitério da Pechincha, em Jacarepaguá, durante o enterro do filho. Cerca de 40 pessoas acompanharam o sepultamento do corpo.
— Eu entrego na mão de Deus. Eles (o ex-marido e a atual mulher dele) foram lá (no Espírito Santo) falando que iam dar uma vida melhor para o meu filho, mas acabaram matando ele — emocionou-se.
Widemberg e Luana foram presos nesta quarta-feira por policiais da 32ª DP (Taquara). De acordo com vizinhos do casal, em Rio das Pedras, os dois espancavam Wesley com frequência. Na delegacia, no entanto, a dupla alegou que os ferimentos da criança foram provocados por uma queda da cama. Eles ainda confessaram que batiam no menino “de forma educativa”.
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