Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

sexta-feira, 6 de julho de 2012

#COPA2014 - Ipea diz que 'Obras em aeroportos não estarão prontas para Copa


Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada informa haver “reduzida possibilidade” de terminais de passageiros ficarem prontos a tempo

Laryssa Borges
VEJA

O Aeroporto do Galeão opera com 85% de sua capacidade e foi chamado pelo governador de "anticartão postal" do Rio (Marcos Michael)

Apesar de o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, tentar frequentemente minimizar os atrasos nas obras de infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014, o governo recebeu esta semana mais um sinal de alerta sobre as dificuldades no cumprimento de todas as obrigações acertadas junto à Fifa. Dessa vez, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) anunciou haver “reduzida possibilidade” de ficarem prontos os terminais de passageiros nos aeroportos das cidades-sede.

“No atual estágio dos terminais de passageiros e considerando os prazos médios de obras de infraestrutura no Brasil, existe uma reduzida possibilidade de no início da Copa tudo estar pronto”, alertou na última quarta-feira o coordenador de Infraestrutura Econômica da Diretoria de Estudos e Políticas Setoriais do Ipea, Carlos Campos, segundo informações da Agência Senado.

Nem mesmo o último balanço oficial do governo traz um cenário mais animador. De acordo com o Ministério do Esporte, até abril, 41% das obras previstas para o campeonato ainda não tinham saído do papel. Na época, o governo admitia que dos 101 empreendimentos previstos, apenas 5% tinham sido concluídos e 32% estavam em fase licitação ou de elaboração de projetos.

Diante dos atrasos, o Ipea anunciou nesta semana que o governo Dilma Rousseff precisa trabalhar com a possibilidade de um “plano B” para os aeroportos. A construção de terminais temporários, segundo Carlos Campos, poderia ser uma alternativa.

Atualmente, os aeroportos do Galeão (Rio de Janeiro), de Confins (Belo Horizonte) e de Recife, Curitiba e Fortaleza atuam no limite da eficiência operacional e não comportariam o aumento dos passageiros que visitariam as cidades durante o campeonato de 2014. De acordo com o Ipea, o sucateamento do setor aeroportuário brasileiro pode ser medido, por exemplo, nos baixos investimentos feitos pela Infraero, a estatal responsável por gerir os principais aeroportos do país. Os aeroportos de Brasília, Guarulhos e Viracopos foram privatizados recentemente e as concessões de outros quatro estão sendo estudadas.

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