ANDREZA MATAIS
FOLHA DE SÃO PAULO
BRASÍLIA - A CPI do Cachoeira aprovou, por unanimidade, as convocações de Fernando Cavendish, presidente licenciado da Delta, Luiz Antônio Pagot, ex-diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), de Raul Filho (PT), prefeito de Palmas e de Paulo Vieira, o Paulo Preto, ex-diretor da Dersa no governo de José Serra (PSDB-SP).
Os depoentes não serão questionados pela CPI se recorrerem ao direito de permanecerem calados. Apenas serão obrigados a entrar na sala da CPI, fazer essa comunicação e sair.
Essa decisão foi tomada hoje pela CPI, que manteve um rito que vinha seguindo desde o depoimento de Carlos Cachoeira. O DEM anunciou que irá recorrer ao STF para ter o direito de fazer questionamentos.
Na prática, mantido o atual rito, a convocação serve apenas para marcar a disputa política entre PT e PSDB na CPI e não deve trazer novidades à investigação, porque os depoentes, se quiserem, não permanecerão muitos minutos na CPI.
A oposição tentar agora convocar o deputado José de Filippi (PT-SP), tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff à Presidência da República. Ele foi citado por Pagot em entrevista como um dos que lhe pediram ajuda das empreiteiras com contratos no Dnit para campanha. O PT já disse que é contra.
A CPI convocou ainda Adir Assad. O empresário recebeu milhões da Delta por meio de empresas inoperantes em São Paulo.
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