Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

quinta-feira, 19 de julho de 2012

SAÚDE NO RJ - Após peregrinar 13 dias em hospitais e UPAs, mulher morre aos 49 anos


Solange Maria Dias foi a dois hospitais e duas UPAs.
Família reclama de descaso e omissão de socorro.



A família de Solange Maria Dias Alves de Souza peregrinou durante 13 dias atrás de tratamento médico. Os parentes dela foram a várias unidades de pronto atendimento (UPAs), um hospital, foram à Justiça, mas, quando conseguiram uma vaga, já era tarde: Solange, de 49 anos, não resistiu e morreu.

Os parentes de Solange estão inconformados e não conseguem acreditar que, há duas semanas, ela estava aparentemente saudável. Mas, nos últimos 13 dias de vida, Solange peregrinou por várias unidades de saúde sentindo fortes dores de cabeça. “Ela reclamava de muito dor, e pedia ajuda até para levantar. Mas ela não respondia. Estava com o rosto todo torto, um olho fechado e o outro, aberto”, contou Maria Silvânia, irmã de Solange.

Solange começou a se sentir mal no dia 5 de julho. Na UPA de São João de Meriti, o diagnóstico foi sinusite. Quatro dias depois, ainda com muita dor de cabeça e já sem reconhecer as pessoas, ela procurou atendimento na UPA de Sarapuí. No dia seguinte, a paciente buscou assistência no Hospital Moacir do Carmo, em Duque de Caxias. Segundo a família, o exame de sangue foi normal e Solange foi liberada.

No sábado, 14 de julho, nove dias depois de começar a procurar atendimento, Solange voltou a UPA de São João de Meriti. Dessa vez, médicos suspeitaram que ela poderia ter tido um acidente vascular cerebral (AVC) ou meningite. Solange passou a noite na unidade, isolada.

Família recorreu à Justiça
No domingo, a família, desesperada, recorreu à Justiça, e conseguiu um mandado de segurança que determinava a internação em qualquer hospital da rede pública ou particular. Mesmo com a decisão, os parentes de Solange só conseguiram a transferência da UPA depois de procurar a Secretaria estadual de Saúde, que informou sobre uma vaga no Hospital São Sebastião, no Instituto de Assistência aos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (Iaserj). Mas, segundo a família, houve tanta demora que Solange não resistiu a três paradas cardíacas e morreu no início da noite.

“Um ficava empurrando para o outro. Ninguém sabia o que ela tinha, e deram diagnósticos errados. Foi um problema dos médicos, das unidades de saúde e do estado em si”, criticou a advogada Aline Couto. “Fica uma pergunta no ar: quanto vale uma vida? As pessoas omitem socorro e não ajudam. Minha mãe lutou para sobreviver, mas não aguentou”, indignou-se Cláudio Luiz Alves de Souza, filho de Solange.

A Secretaria de Saúde de São João de Meriti informou que Solange morreu de acidente vascular encefálico, e que ela não tinha quadro de sinusite, nem de meningite. Até o fechamento desta reportagem, a Secretaria de Saúde de Duque de Caxias e a Secretaria estadual de Saúde não retornaram as ligações.

Um comentário:

Unknown disse...

FECHE OS OLHOS E PENSE SE FOSSE UM DE SUA FAMILIA.
TODOS OS MESES É DESCONTADO UM PERCENTUAL DO SALÁRIO PARA A SAUDE, ONDE É USADO?
SOS SAUDE QUE DEUS NOS ABENÇOE E NOS DÊ MUITA SAUDE.