Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

CALOTE À VISTA - PDVSA tem dificuldades em cumprir garantias de refinaria em PE

DENISE LUNA
DO RIO

O diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, informou que recebeu, nesta terça-feira, uma carta da petroleira estatal venezuelana PDVSA explicando que está tendo dificuldades em fechar as garantias que precisam ser entregues ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para entrar no capital da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

As garantias são referentes à parte de 40% da venezuelana no empréstimo de de R$ 10 bilhões contraído pela Petrobras para a construção da refinaria.

Para assumir a sua parte, e com isso ter direito a uma participação na refinaria, a PDVSA teria que entregar as garantias financeiras ao banco até o dia 31 de janeiro.

O diretor disse que vai analisar a carta e decidir se prorrogará ou não o prazo para a PDVSA entrar no projeto.

A Petrobras já fez metade da refinaria sozinha. Se a empresa não aceitar as explicações da da PDVSA, poderá tocar sozinha o projeto da refinaria.

Pelo acordo firmado entre o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em 2005, a Petrobras teria 60% do empreendimento, e a PDVSA, 40%. A refinaria está orçada em R$ 26 bilhões e vai ter capacidade para processar 200 mil barris diários de petróleo, como foco na produção de diesel, produto importado pelo Brasil.

O nome Abreu e Lima foi escolhido para homenagear um militar brasileiro que lutou junto a Simón Bolívar.

GARANTIAS

Segundo o BNDES, o relatório sobre as garantias já foram entregues no final do ano passado à refinaria Abreu e Lima. Em outubro do ano passado, a PDVSA chegou a entregar garantias ao banco, que foram consideradas "aceitáveis", mas que dependiam da "apresentação de instrumentos que formalizarão as garantias bancárias em termos satisfatórios ao BNDES". Ou seja, não foram totalmente aceitas.

A novela da entrada da PDVSA na refinaria da Petrobras se arrasta há seis anos e sempre foi criticada pelo mercado, que viu na parceria um ato mais político do que empresarial. Para o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura Adriano Pires, o melhor negócio para a Petrobras é que a PDVSA não entregue nada e fique fora do negócio.

A refinaria Abreu e Lima é a primeira a ser construída pela Petrobras desde 1980.

 Fonte Folha




    

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