Segundo o coordenador Luiz Cosenza, não havia obra no imóvel incendiado.
Chamas destruíram loja de festas na Av. Nossa Senhora de Copacabana.
Renata Soares
Do G1 RJ
Bombeiros fazem trabalho de rescaldo após incêndio que destruiu casa de artigos de festas em Copacabana nesta sexta (6) (Foto: Renata Soares/G1)
Após visita à loja de artigos de festa que pegou fogo nesta manhã em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, o coordenador da Comissão de Análise e Prevenção de Acidentes (CAPA) do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio de Janeiro (Crea-RJ), disse que a falta de manutenção na instalação elétrica pode ter provocado o início das chamas.
"A gente ainda não pode afirmar nada concreto, mas os prédios de Copacabana são antigos e não sofrem uma manutenção adequada, principalmente nas instalações elétricas, que são responsáveis por 80% dos incêndios que acontecem no Rio de Janeiro e no Brasil. A falta de manutenção na rede deste imóvel pode ter sido um dos fatores para a causa do incêndio", explicou Luiz Antonio Cosenza.
O engenheiro relatou ao G1, na tarde desta sexta-feira (6), que muitos prédios sofrem uma sobrecarga muito grande com novos equipamentos elétricos, mas a rede elétrica permanece antiga. "As pessoas estão consumindo muito mais, porém não há preocupação com as instalações elétricas. Isso é gravíssimo, essa manutenção tem que ser feita para evitar não só os incêndios, como qualquer outro tipo de acidente na rede", disse.
Cosenza garantiu ainda que nenhuma obra estava sendo realizada na loja. "No nosso sistema coorporativo do Crea mostra que não tinha obra, não teve obra recentemente para ter um responsável. Parece que esse incêndio começou no almoxarifado, que, por si só, já é um lugar onde são guardados muitos produtos inflamáveis de fácil combustão. Qualquer problema, um cigarro aceso ou um curto-circuito, por exemplo, pode levar ao que a gente está vendo aqui", contou Cosenza, em frente ao estabelecimento incendiado.
Avaliação e vistoria
Segundo o coordenador, a avaliação sobre o incêndio será feita pela Comissão de de Análise e Prevenção de Acidentes (CAPA) na próxima semana.
"Vamos avaliar para ver o que a gente pode fazer, quem a gente pode chamar. Vamos conversar e ver qual será a avaliação neste primeiro momento. Não existe obrigatoriedade de se fazer vistoria, mas existe uma lei que está tramitando no Senado que obriga os prédios com mais de cinco anos fazer uma vistoria prévia, onde um engenheiro civil faria um laudo analisando a parte estrutural e elétrica", disse Cosenza, que acrescentou que a Defesa Civil deveria avaliar a fiação nos prédios vizinhos, com urgência.
"Essa avaliação deveria ser feita neste momento, porque há a possibilidade dessa temperatura altíssima ter afetado as instalações do prédio vizinho. A fiação pode estar comprometida pela tempertaura", concluiu Luiz Antonio Cosenza.
Loja passou por vistoria dos bombeiros, diz coronel Sérgio Simões
O loja de artigos de festa incendiada passou por vistoria dos bombeiros, segundo informou o comandante do Corpo de Bombeiros e da secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões na tarde desta sexta-feira (6). Ainda de acordo com ele, a vistoria é feita anualmente pelos bombeiros. Simões, no entanto, informou não se lembrar da data da vistoria, nem de como estavam as condições do imóvel antes do incêndio.
Chamas em loja vizinha
O dono da loja Arrazo, que fica ao lado da Aidan Festa e Cia - que pegou fogo -, Salim Diwan, disse que as chamas chegaram a atingir o seu estoque. Segundo ele, a loja de festa tem três pavimentos e as labaredas eram muito altas por volta das 11h20, no terceiro andar.
“O fogo atingiu todo o meu estoque, que fica nos fundos na loja. Ainda não consegui calcular o prejuízo, mas graças a Deus a estrutura da minha loja não foi abalada. O fogo começou por volta das 9h40 e os bombeiros demoraram 40 minutos para chegar e ainda tiveram com problema de água. A minha loja vai permanecer fechada, por orientações dos bombeiros”, disse ele.
Considerada a funcionária mais antiga da Aidan, Ivonete Beatriz contou que as chamas teriam começado no segundo andar da loja, onde funcionavam o estoque, o refeitório e o maquinário. O fogo se espalhou rapidamente, já que o material vendido na Aidan é altamente inflamável. No momento do incêndio, segundo ela, a loja já estava funcionando, mas todos os 25 funcionários e clientes - eram cerca de cinco naquele momento - conseguiram deixar o local a tempo.
Bombeiros trabalham no incêndio em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. (Foto: Bernardo Tabak/G1)
Ainda de acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros, somente a loja foi atingida pela chamas. Um pequeno foco de incêndio foi verificado no estoque da loja ao lado, mas foi rapidamente controlado. A loja de material de festas tem 20 metros de fachada e 50 metros de fundo. Simões disse ainda que a estrutura dos prédios vizinhos e da própria loja não foi atingida. Apenas o girau da loja - que divide o primeiro andar do piso superior - corre o risco de desabar.
Incêndio de grandes proporções
O incêndio foi de grandes proporções, a fumaça preta se espalhou pelo bairro e pôde ser vista à distância. O incêndio aconteceu no dia em que o bairro completa 120 anos.
De acordo com um funcionário da loja, as chamas começaram no estoque e se espalharam rapidamente, já que o material vendido na Aidan é altamente inflamável. No momento do incêndio, segundo ele, a loja já estava funcionando, mas todos os 25 funcionários e clientes - eram cerca de cinco naquele momento - conseguiram deixar o local a tempo. Considerada a funcionária mais antiga da Aidan, Ivonete Beatriz contou que, além do estoque, no segundo andar funcionava ainda o refeitório e estava instalado o maquinário.
Segundo Suely Migri Diwan, que tem uma loja de roupas ao lado da Aidan, o Corpo de Bombeiros teve problemas com falta de água no início da operação. Segundo ela, os bombeiros clevaram cerca de 40 minutos para chegarem ao local.
A Aidan foi fundada em 1987 e trabalha com artigos de animação de festas, como buás, marabus, chapéus, óculos, piscas e fantasias. Além disso, também tinha produtos como descartáveis, papelaria, brinquedos e produtos de confeitagem. O imóvel também contava com um centro de culinária.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, equipes dos quartéis de Copacabana, Humaitá e Gávea foram acionados para combater as chamas.
Light e Metrô
A concessionária Light informou que o incêndio não afetou o fornecimento de energia na região, uma vez que a rede no local é subterrânea. No entanto, técnicos foram ao local para, caso necessário, tomem providências quanto ao abastecimento. O Metrô não foi afetado e funciona normalmente nesta manhã.
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