João Bosco Rabello
Estadão
Os ônus e as feridas das eleições municipais provocaram mudanças na CPI do Cachoeira, que funciona no Congresso até 4 de novembro. A baixa mais significativa ocorreu no time da oposição. O deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), aliado do senador Aécio Neves (PSDB-MG), deixa a suplência para se tornar titular na vaga de Fernando Francischini (PSDB-PR), afastado da comissão pelo comando tucano. O novo suplente será o deputado Nelson Marchezan Junior (PSDB-RS).
Francischini era um dos pit buls da oposição, ao lado de Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Foi ele que chamou o relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), de “tchutchuca” e “tigrão”, numa acusação de blindagem do governador do PT, Agnelo Queiroz, e de ataques ao governador Marconi Perillo, do PSDB.
Francischini rompeu com o PSDB por causa da disputa municipal no Paraná, onde o partido ficou em segundo plano na formação das chapas. Uma estratégia do governador Beto Rixa (PSDB) para ampliar alianças no Estado. A maior contrariedade para Francischini foi na capital, Curitiba, onde o PSDB apoia a reeleição do prefeito Luciano Ducci (PSB). Francischini queria, ao menos, um vice tucano na chapa de Ducci, mas a vaga foi para o líder do PPS, deputado Rubens Bueno – que também integra a CPI. Irritado, Francischini rompeu com os tucanos e está de malas prontas para se mudar para o PEN (Partido Ecológico Nacional).
Mais mudanças
Outras possíveis baixas na CPI são as seguintes: candidato a vice-prefeito em Curitiba, Rubens Bueno deve deixar a comissão, ou se tornar suplente. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) deve deixar o colegiado para se dedicar à candidatura à Prefeitura de Manaus. Por último, o senador Wellington Dias (PT-PI) também deve se desligar da comissão para mergulhar na disputa pela Prefeitura de Teresina, no Piauí.
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