Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

sábado, 22 de maio de 2010

DENÚNCIA - "DOUTOR LICITAÇÃO" #irregularidades #licitacao

   
RIO - O médico Carlos Mauricio Medina Gallego deixou a Colômbia para se tornar um empreendedor de sucesso no Rio. Além da cirurgia plástica, sua especialidade são as licitações. Desde 2003, durante o governo Cesar Maia, até 2010, já na gestão Eduardo Paes, empresas e instituições que ele representou receberam cerca de R$ 147 milhões com contratos de prestação de serviços para a prefeitura e colecionaram suspeitas de irregularidades. Como bom homem de negócios, recentemente Gallego voltou suas atenções para o Programa Saúde de Família, uma das prioridades do atual governo. E no início deste ano venceu mais uma: presidindo a organização social Associação Global Soluções em Saúde, Gallego assinou um contrato de R$ 25 milhões para gerir o programa por dois anos na área do Centro.
(Leia mais: Instituto mudou de categoria um mês antes de lei ser aprovada) No currículo do empresário, há uma fundação considerada ilegal pelo Ministério Público estadual, dois inquéritos abertos contra uma cooperativa de médicos que ele presidia e a suspeita de utilização de laranjas numa de suas empresas, como é o caso de um ex-vendedor de cachorros-quentes do interior de Minas Gerais.
A trajetória das instituições de Gallego já chamou a atenção do vereador Paulo Pinheiro (PPS), que pedirá a instauração de uma CPI para apurar os contratos:
- São muitos recursos entrando por um caminho só. Há indícios gravíssimos de irregularidades na relação das instituições desse senhor com a prefeitura. A Câmara terá sensibilidade para perceber a necessidade da CPI.
O suposto aparelhamento de suas instituições com laranjas liga o colombiano à pequena Cataguases (MG). Como O GLOBO noticiou em 18 de abril, o ambulante Helio Teixeira Amâncio aparecia como sócio da empresa Qualidade Total Operadora de Recursos Humanos, cujos contratos Gallego assinou entre novembro de 2005 e dezembro de 2008. A firma recebeu R$ 55 milhões em cinco anos para fornecer vigilantes a unidades hospitalares do Rio. Outro sócio, Edmar Jose Messias, declarou como endereço uma comunidade de baixa renda em Cataguases. Ambos não foram encontrados nos endereços declarados. A prefeitura abriu um sindicância para apurar o caso.

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