Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

terça-feira, 17 de julho de 2012

METRÔ DO RIO - Sindicato dos Metroviários denuncia problemas nos novos trens do Metrô


Composições não seriam compatíveis com as atuais estações.
Concessionária se defende, dizendo que trens são mais eficientes.

Do G1 RJ


Mal os trens do metrô, comprados na China, entraram em testes no Rio de Janeiro, o Sindicato dos Metroviários levantou dúvidas sobre possíveis falhas técnicas nas composições, como mostrou o RJTV. De acordo com o sindicato, os novos trens são mais leves, balançam mais do que as composições antigas e poderiam bater em paredes e pilastras, além do risco de descarrilar. Por isso, ainda segundo o sindicato, a concessionária Metrô Rio teria começado a fazer obras para alargar as plataformas e até as pilastras dos túneis. A concessionária nega as acusações e diz que os trens novos estão em fase de ajustes.

A solução encontrada pelo metrô foi a raspagem das plataformas. Então, o que está acontecendo agora é uma raspagem de cerca de 10 a 20 centímetros de cada lado das plataformas”, afirma diretor do sindicato dos metroviários, Antonio Luis da Silva

O Metrô Rio confirma que está fazendo obras, mas que elas estavam previstas e são apenas para padronizar as estações. “As obras são importantes mesmo para a operação dos trens antigos. Agora, se você não as fizesse, nada impediria que o trem novo operasse sem que tivesse nenhuma interferência”, rebateu Gilbert Flores, diretor de engenharia do Metrô.

Esse não seria o único problema. Técnicos que estão trabalhando nos testes dos novos trens chineses teriam informado a integrantes do sindicato que, pelo menos, outras duas questões precisam ser resolvidas antes de as novas composições começarem a rodar. Segundo a denúncia, as portas dos trens travam depois da terceira tentativa de fechamento, e o consumo das novas locomotivas é maior do que o das antigas, o que já teria causado uma pane durante um teste.

O Metrô negou as duas acusações. “O nosso atual sistema de acionamento de portas tem um acionamento pneumático, que nem se usa mais. E o nosso novo sistema tem um acionamento elétrico, mas tem que ter ajustes diferentes, para poder ter a mesma pressão. Entretanto, esse acionamento elétrico é muito mais eficiente e menos sujeito a defeitos. Nós, agora, estamos com uma Ferrari, quando, antes, tínhamos um Cadilac. E é um trem com as mesmas características de desempenho, com motores muito mais eficientes”, afirmou Flores.

O Ministério Público Estadual já mandou ofícios cobrando explicações do Metrô, da Secretaria estadual de Transportes e da Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp-RJ). O promotor Carlos Andresano quer saber se a concessionária está adaptando o sistema aos novos trens, em vez de ter encomendado trens compatíveis com as linhas atuais.

Se houve uma falha de projeto que coloca em risco a segurança dos usuários, medidas têm que ser tomadas. Nós vamos buscar as medidas adequadas, junto à Justiça, para que não se coloque em risco a população do Rio de Janeiro”, enfatizou Andresano.

A Agetransp-RJ disse que os trens chineses estão de acordo com o projeto e que vai seguir na avaliação das novas composições.

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