Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

quinta-feira, 19 de julho de 2012

CORRUPÇÃO NA FIFA - Suíça ameaça suspender privilégios da Fifa e exige punições




O governo da Suíça pretende cortar os privilégios legislativos e de impostos da Fifa, caso a entidade sediada no país não tome medidas firmes contra a corrupção, segundo informou nesta quinta-feira o jornal Folha de S. Paulo. Na semana passada, a Suprema Corte do país divulgou documentos de uma investigação do Tribunal de Zug que denuncia propinas recebidas pelos brasileiros João Havelange, ex-presidente, e Ricardo Teixeira, ex-membro do comitê executivo.

O parlamentar Rolando Buechel afirmou que o parlamento suíço quer "ver as coisas acontecerem, senão será muito difícil não tomar ações políticas". Ele sugere, por exemplo, que Havelange perca o título de presidente de honra da Fifa, opção que também foi levantada pelo atual presidente Joseph Blatter. As punições podem ser aplicadas em outras entidades com sede na Suíça, como o Comitê Olímpico Internacional.

Entenda o caso

Em 11 de julho de 2012, a Fifa divulgou texto comprovando envolvimento de Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, e João Havelange, atual presidente de honra da própria Fifa, em caso de corrupção. O documento, liberado pela Suprema Corte da Suíça, aponta pagamentos da agência de marketing ISL a ambos em troca de facilidades na aquisição dos direitos de televisão das competições.

Segundo o texto, Teixeira teria recebido pelo menos R$ 26 milhões em propina. Havelange teria sido pago em 1,5 milhão de francos suíços, equivalente a R$ 3 milhões. Cerca de R$ 45 milhões cedidos pela empresa teriam como beneficiário os dois dirigentes.

Eleito presidente da CBF em 1989, Ricardo Teixeira, 65 anos, chegou ao poder do futebol brasileiro tutelado por Havelange, na época presidente da Fifa e genro de Teixeira.

Desde então, Teixeira passou a homem mais poderoso do futebol brasileiro e ficou por 23 anos no poder. Em 2012, o dirigente deixou o comando da CBF, alegando problemas de saúde e familiares e abriu espaço para José Maria Marin ocupar o cargo. Atualmente, o ex-dirigente vive na Flórida, nos Estados Unidos.

No ano passado, João Havelange, 96 anos, renunciou ao cargo no Comitê Olímpico Internacional justamente para fugir de sanções que seriam impostas por causa da relação com a ISL.

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