Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

terça-feira, 17 de julho de 2012

BRT NO RIO - Em um mês, acidentes com BRT deixam seis feridos e um morto


Última vítima foi um motoboy, que fraturou a mão na segunda-feira (16).
Prefeitura e Fetranspor afirmam que intensificaram campanhas educativas.

Carolina Lauriano e Marcelo Ahmed
Do G1 RJ

O motoboy José Santos de Oliveira, 44 anos, é a mais nova vítima dos acidentes envolvendo o BRT Transoeste, que desde sua inauguração, há um mês e 11 dias, provocou a morte de uma pessoa e deixou seis vítimas feridas, uma delas em estado grave.

José Santos fraturou a mão esquerda, quando pilotava sua moto, e foi atingido pela parte lateral de um ligeirão, às 13h45 desta segunda-feira (16). Ele revelou que ultrapassava um carro quando, de repente, surgiu o ônibus do BRT. “A faixa que os ônibus andam são muito estreitas e eles passam muito perto. O motorista nem me viu”, contou o motoboy, que ficará um mês parado devido à lesão que sofreu.

O motorista do ônibus, Márcio Henrique da Silva, contou na 16ª DP (Barra da Tijuca), onde o caso foi registrado, que dirigia no sentido Grota Funda quando o sinal à sua frente fechou e ele reduziu a velocidade. Quando o sinal abriu, acelerou novamente, quando o motociclista “desviou de um táxi, invadiu a pista coletiva do BRT em um cruzamento e atingiu a lateral do coletivo”.

Atropelamento levou a óbito um jardineiro de 26 anos
(Foto: Luiz Eduado Mendonça/VC no G1)

Estudante em estado grave
O acidente, que aconteceu próximo à estação Interlagos, engrossou as estatísticas de sete acidentes desde a inauguração do BRT, em 6 de junho. Extamente um mês depois do início do funcionamento do corredor expresso, o jardineiro Paulo Sérgio de Macedo, 26 anos, morreu ao ser atropelado por um ônibus.

Dois dias antes, em 4 de julho, o estudante Felipe Carneiro Freitas, de 18 anos, teria atravessado entre os automóveis, fora da faixa de pedestres, e surgiu à frente do ônibus articulado sem que houvesse tempo para reação do motorista. Ele foi internado em estado grave, no CTI do Hospital municipal Lourenço Jorge, com fraturas na costela.

Além de José Santos, outro motociclista fora atingido em 27 de junho. Houve ainda um atropelamento no dia 26 de junho, e uma batida com um carro, em 10 de julho, que deixou dois feridos. O único caso sem vítimas ocorreu dois dias depois da inauguração, quando um caminhão atingiu o ligeirão.

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Campanhas educativas
A Secretaria municipal de Transporte afirmou que desde que a inauguração do BRT foi anunciada, estão sendo feitas campanhas de educação de trânsito sobre as novas regras de circulação viária ao longo do corredor BRT e seu entorno. Segundo nota enviada pela secretaria, “um novo material, mais amplo, com recomendações a pedestres, ciclistas e motoristas está em fase de confecção”.

A secretaria afirmou ainda que a CET-Rio realiza panfletagens em todos os pontos de travessia. “A sinalização vertical e horizontal já foi reforçada, com a implantação de 100 placas específicas para alertar sobre o risco de morte que representa para os pedestres e ciclistas que insistem em utilizar a canaleta do BRT para circulação. Também estão sendo realizadas ações educativas nas escolas localizadas na área de influência do corredor”, diz o texto.

Para a Fetranspor, atravessar fora da faixa do pedestre é uma questão cultural no Rio de Janeiro. Segundo o órgão, os motoristas estão recebendo treinamento de direção defensiva.

A Fetranspor explicou que a velocidade média de um ligeirão fica entre 25 e 42 km/h, porque o que conta em um corredor expresso não é a rapidez do veículo, mas sim a fluidez. Mesmo devagar, é possível ter previsibilidade, ou seja, o passageiro sabe exatamente a hora que vai chegar e o tempo de viagem

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