Agência Brasil
Uma comissão para investigar os crimes da organização criminosa composta por policiais militares do estado foi criada pelo governo de Goiás.
A organização foi desarticulada [ontem] pela Operação Sexto Mandamento da Polícia Federal (PF). Segundo a PF, o grupo tinha como principal atividade a prática habitual de homicídio. Entre as vítimas dos criminosos estão crianças, adolescentes e mulheres, que não tinham ligação com crimes.
Pelo menos 40 pessoas teriam sido vítimas dos policiais. Entre eles estariam Bruno Elvis, de 16 anos, e Adriano Souza, de 25, que desapareceram após uma abordagem policial no ano passado.
O governador Marconi Perillo afirmou que está "aliviado" pois agora tem certeza de que o Poder Público está agindo contra todo tipo de esquema criminoso.
A Polícia Federal cumpriu todos os 19 mandados de prisão expedidos pela Justiça. Entre os presos está o atual subcomandante-geral da Polícia Militar, o coronel Carlos Cézar Macário.
- Já assinei hoje de manhã a exoneração do subcomandante e já assinei também a comissão de alto nível sugerida pelo secretário de Segurança Pública para investigar e apurar os desaparecimentos - disse Perillo.
Além do subcomandante, a PF prendeu 12 militares em Goiânia. Mais seis foram presos pela própria Polícia Militar. O nome dos militares e dos civis presos não foram divulgados.
Entre os investigados, estão o ex-secretário de Segurança Pública Ernesto Roller e o ex-secretário da Fazenda de Goiás Jorcelino Braga, suspeitos pela prática de tráfico de influência que resultaram nas promoções de patentes de integrantes da organização criminosa.
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