Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

sábado, 10 de dezembro de 2011

SUMIÇO NO RIO - Justiça decreta prisão de três PMs da UPP da Cidade de Deus

Eles são suspeitos de participação no desaparecimento de homem na última terça-feira


Vera Araújo

O Globo

RIO - A Juíza da Auditoria Militar do Rio, Ana Paula Monte, decretou nesta sexta-feira, a pedido do Ministério Público estadual, a prisão de três policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Cidade de Deus: os soldados Wllisses Resende Nascimento e Maiko Menezes de Azevedo e o recruta Rafael Guimarães Santos. Os três são suspeitos do desaparecimento, na madrugada de terça-feira passada, de Gilmar da Silva Barreto, de 36 anos, dono de um ferro-velho na Cidade de Deus.

Testemunhas contaram que viram Gilmar sendo abordado pelos PMs, na localidade conhecida como Karatê. O homem, segundo a PM, estaria dirigindo com sinais de embriaguez, sem a carteira de habilitação nem os documentos do veículo. Ele foi, então, levado até a casa de parentes, onde teria chegado com ferimentos. Lá, o irmão do motorista foi informado pelos policiais de que Gilmar seria levado para a delegacia. Onde, no entanto, ele nunca chegou.

Na noite de quarta-feira, a Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos retirou a família de Gilmar da comunidade, a fim de dar total proteção e garantias de vida aos parentes. De acordo com a promotora do MP Isabella Lucas, autora do pedido de prisão dos três, eles são acusados de agressão e extorsão mediante sequestro. No pedido, é requerido ainda que o recruta fique em local separado dos demais PMs, que serão levados para o Batalhão Prisional (BEP).

A polícia investiga se o desaparecimento de Gilmar pode ter algum tipo de ligação com um suposto pedido de propina feito pelos policiais. O irmão da vítima procurou a UPP, onde relatou o fato ao comandante da unidade, capitão Felipe de Carvalho. Ele teria reconhecido um policial por foto e também passado a placa de uma viatura que teria sido usada durante a abordagem. Segundo o capitão Carvalho, os policiais foram chamados e prestaram depoimento. Eles declararam que teriam liberado Gilmar após dar um tiro para o alto, na tentativa de assustá-lo, e que não o viram mais.

O caso foi encaminhado para a 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar, que já tinha decidido pela prisão administrativa dos dois soldados, por um período de 72 horas. Após tomar os depoimentos das testemunhas e dos policiais acusados, a Corregedoria da PM instaurou um Inquérito Policial-Militar (IPM) e realizou perícias no carro, nas armas usadas pelos policiais e no local

FONTE O GLOBO Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/justica-decreta-prisao-de-tres-pms-da-upp-da-cidade-de-deus-3421959#ixzz1g8CTbJp6
 

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