EMILIO SANT'ANNA
DE SÃO PAULO
A Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania abriu processo administrativo para investigar denúncia de racismo na escola Internacional Anhembi Morumbi, no Brooklin (zona sul). A estagiária Ester Elisa da Silva Cesário, 19, afirma que a diretora do colégio pediu para ela que alisasse os cabelos para trabalhar.
Ator diz estar 'enjoado' com chefe que mandou negra alisar o cabelo
Segundo a secretária Eloisa de Sousa Arruda, a lei prevê para casos como esse multa, suspensão da licença de funcionamento e até mesmo a cassação.
O caso de Ester ocorreu poucos dias após a jovem começar a trabalhar como estagiária de marketing na escola. Ester é negra, tem cabelo crespo e costuma usá-lo solto, na altura dos ombros.
"Isso apenas demonstra que o racismo ainda existe na nossa sociedade, por mais que se negue", afirma a secretaria. Segundo ela, o processo administrativo foi aberto assim que o órgão tomou conhecimento do caso por meio de redes sociais.
Jefferson Coppola/Folhapress
Ester Cesário, 19, que acusa chefe de ter mandado que ela alisasse os cabelos crespos para trabalhar
A jovem afirma que, em seu primeiro dia no local, a diretora reclamou de uma flor presa em seu cabelo e pediu que ela o prendesse.
Dias depois, Ester teve a atenção chamada novamente. Dessa vez, conta a estagiária, a mulher foi além: disse que compraria camisas mais longas para que Ester escondesse seus quadris.
Porém, foi apenas quando a diretora lhe pediu para alisar o cabelo que a estagiária decidiu registrar um boletim de ocorrência na na Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância).
DE SÃO PAULO
A Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania abriu processo administrativo para investigar denúncia de racismo na escola Internacional Anhembi Morumbi, no Brooklin (zona sul). A estagiária Ester Elisa da Silva Cesário, 19, afirma que a diretora do colégio pediu para ela que alisasse os cabelos para trabalhar.
Ator diz estar 'enjoado' com chefe que mandou negra alisar o cabelo
Segundo a secretária Eloisa de Sousa Arruda, a lei prevê para casos como esse multa, suspensão da licença de funcionamento e até mesmo a cassação.
O caso de Ester ocorreu poucos dias após a jovem começar a trabalhar como estagiária de marketing na escola. Ester é negra, tem cabelo crespo e costuma usá-lo solto, na altura dos ombros.
"Isso apenas demonstra que o racismo ainda existe na nossa sociedade, por mais que se negue", afirma a secretaria. Segundo ela, o processo administrativo foi aberto assim que o órgão tomou conhecimento do caso por meio de redes sociais.
Jefferson Coppola/Folhapress
Ester Cesário, 19, que acusa chefe de ter mandado que ela alisasse os cabelos crespos para trabalhar
A jovem afirma que, em seu primeiro dia no local, a diretora reclamou de uma flor presa em seu cabelo e pediu que ela o prendesse.
Dias depois, Ester teve a atenção chamada novamente. Dessa vez, conta a estagiária, a mulher foi além: disse que compraria camisas mais longas para que Ester escondesse seus quadris.
Porém, foi apenas quando a diretora lhe pediu para alisar o cabelo que a estagiária decidiu registrar um boletim de ocorrência na na Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância).
A multa prevista pela legislação estadual é de até R$ 17.450 mil e até R$ 52.350, em caso de reincidência.
Desde julho de 2010, quando a lei que prevê punições administrativas para casos de racismo foi promulgada, 90 denúncias foram encaminhadas para a secretaria.
A escola afirma que ainda não foi notificada sobre a investigação da secretaria e nega "veementemente que tenha havido qualquer ato de racismo envolvendo sua equipe administrativa".
Em nota, o colégio lamenta "profundamente que as instruções sobre vestuário passadas à estagiária de marketing --as quais foram elaboradas com base em critérios puramente utilitários-- tenham sido interpretadas de forma equivocada."
Nenhum comentário:
Postar um comentário