Wilson Dias/ABr
Sob orientação de Dilma Rousseff, o Planalto encomendou aos seus operadores no Senado a derrubada de um requerimento do PSDB.
A exemplo do que foi feito na Câmara, deseja-se barrar nova tentativa da oposição de convocar o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento e Indústria).
Na Câmara, foi ao arquivo um requerimento do deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP). No Senado, o autor é o líder tucano Alvaro Dias (PR).
O documento Dias deve ser votado nesta terça (13), na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle.
Em maioria, o bloco governista não terá dificuldades para prevalecer sobre a oposição.
Assim, a duas semanas do início do recesso parlamentar, elimina-se a chance –ou o risco, conforme o ponto de vista— de Pimentel se explicar no Legislativo.
Na justificativa de seu requerimento, Alvaro Dias anotou que sua intenção é a de “oferecer” a Pimentel “uma oportunidade” para prestar esclarecimentos.
No texto, Dias recorda que o faturamento de Pimentel como consultor (R$ 2 milhões) é associado no noticiário a “tráfico de influência” na prefeitura de Belo Horizonte.
Acrescenta: "Vale lembrar que o atual ministro atuou como um dos homens-fortes da campanha da então candidata à Presidência, Dilma Rousseff.”
Pimentel trabalhou como consultor entre 2009 e 2010, um período em que já não era prefeito e ainda não virara ministro.
O argumento do Planalto é o de que os negócios de Pimentel foram privados e não têm relação com o governo federal. Alega-se que a ida dele ao Legislativo não faz sentido.
Argumenta-se, de resto, que o ministro já deu as explicações que o caso exigia. No fim de semana, veicularam-se duas entrevistas de Pimentel (aqui e aqui).
A retórica oficial contrasta com o discurso esgrimido pelo Planalto em relação a outros casos.
Ministros não-petistas sob suspeição foram estimulados a comparecer à Câmara e ao Senado.
Além de Pimentel, apenas Antonio Palocci merecera proteção. Foi apeado da Casa Civil sem passar pelo constrangimento das inquirições no Legislativo.
Como Pimentel, Palocci é do PT. Caiu em desgraça também por conta de seus negócios como consultor.
Dilma fez o que pôde para salvar Palocci. Demorou 23 dias para aceitar o afastamento dele. Planeja para Pimentel um desfecho diferente. Deseja mantê-lo na Esplanada
Fonte blog do josias http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/arch2011-12-01_2011-12-31.html#2011_12-11_23_18_42-10045644-0
Sob orientação de Dilma Rousseff, o Planalto encomendou aos seus operadores no Senado a derrubada de um requerimento do PSDB.
A exemplo do que foi feito na Câmara, deseja-se barrar nova tentativa da oposição de convocar o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento e Indústria).
Na Câmara, foi ao arquivo um requerimento do deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP). No Senado, o autor é o líder tucano Alvaro Dias (PR).
O documento Dias deve ser votado nesta terça (13), na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle.
Em maioria, o bloco governista não terá dificuldades para prevalecer sobre a oposição.
Assim, a duas semanas do início do recesso parlamentar, elimina-se a chance –ou o risco, conforme o ponto de vista— de Pimentel se explicar no Legislativo.
Na justificativa de seu requerimento, Alvaro Dias anotou que sua intenção é a de “oferecer” a Pimentel “uma oportunidade” para prestar esclarecimentos.
No texto, Dias recorda que o faturamento de Pimentel como consultor (R$ 2 milhões) é associado no noticiário a “tráfico de influência” na prefeitura de Belo Horizonte.
Acrescenta: "Vale lembrar que o atual ministro atuou como um dos homens-fortes da campanha da então candidata à Presidência, Dilma Rousseff.”
Pimentel trabalhou como consultor entre 2009 e 2010, um período em que já não era prefeito e ainda não virara ministro.
O argumento do Planalto é o de que os negócios de Pimentel foram privados e não têm relação com o governo federal. Alega-se que a ida dele ao Legislativo não faz sentido.
Argumenta-se, de resto, que o ministro já deu as explicações que o caso exigia. No fim de semana, veicularam-se duas entrevistas de Pimentel (aqui e aqui).
A retórica oficial contrasta com o discurso esgrimido pelo Planalto em relação a outros casos.
Ministros não-petistas sob suspeição foram estimulados a comparecer à Câmara e ao Senado.
Além de Pimentel, apenas Antonio Palocci merecera proteção. Foi apeado da Casa Civil sem passar pelo constrangimento das inquirições no Legislativo.
Como Pimentel, Palocci é do PT. Caiu em desgraça também por conta de seus negócios como consultor.
Dilma fez o que pôde para salvar Palocci. Demorou 23 dias para aceitar o afastamento dele. Planeja para Pimentel um desfecho diferente. Deseja mantê-lo na Esplanada
Fonte blog do josias http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/arch2011-12-01_2011-12-31.html#2011_12-11_23_18_42-10045644-0
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