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A Igreja da Ordem Terceira do Carmo do Rio de Janeiro localiza-se no centro da cidade, junto à Igreja do Carmo e da Praça XV.
Índice
História e Arte
A Ordem Terceira do Carmo funcionava no Rio de Janeiro desde o século XVII, ocupando uma capela próxima ao Convento do Carmo. A Ordem decidiu-se pela construção de uma nova igreja em 1752. O projeto é atribuído ao português Manuel Alves Setúbal, também construtor do edifício, com planta modificada por Frei Xavier Vaz de Carvalho. As obras se estenderam de 1755 a 1770, ficando as torres inacabadas. As torres atuais, com suas cúpulas bulbosas cobertas de azulejos, só seriam construídas entre 1847 a 1850 pelo arquiteto Manuel Joaquim de Melo Corte Real, professor de desenho da Academia Imperial de Belas Artes.
Fachada
A fachada da Igreja da Ordem Terceira do Carmo é muito elegante, com belos portais, janelões e com um frontão contracurvado típico do barroco. A fachada é única entre as igrejas coloniais do Rio de Janeiro por ser totalmente revestida com pedra, sem o contraste entre a cantaria e o reboco branco, característica da maioria das igrejas coloniais brasileiras. A fachada de pedra, assim como o perfil dos janelões, colunas e portais da fachada são influência da arquitetura lisboeta da época pombalina. O uso das fachadas totalmente em pedra não se firmou no Rio, possivelmente pelo fato da pedra carioca ser demasiadamente escura.
Os portais principal e lateral da igreja, em pedra de lioz portuguesa e contendo medalhões com a Virgem e o Menino, são magníficos. Foram encomendados a escultores lisboetas e instalados em 1761. São considerados os melhores do tipo no Rio de Janeiro.
Interior
A igreja é de nave única com corredores laterais com capelas laterais e capela-mor retangular. A talha dourada da igreja, de feição rococó, é muito valiosa. A decoração interna começou em 1768 com o entalhador Luiz da Fonseca Rosa, que a partir de 1780 foi auxiliado por Valentim da Fonseca e Silva (o Mestre Valentim). Mestre Valentim trabalharia na igreja até 1800. A Capela do Noviciado, construída à direita da capela-mor, é revestida por belíssima talha rococó de Mestre Valentim, uma de suas obras-primas, esculpida entre 1772 e 1773. As telas da capela são obra do pintor colonial Manuel da Cunha.
Entre 1829 e 1855 as paredes da nave foram preenchidas com talha pelo escultor Antônio de Pádua e Castro, o que deu ao interior um aspecto mais homogêneo. Também no século XIX se abriu uma pequena cúpula sobre a capela-mor para permitir a entrada de luz.
Referências
- Centro de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro. Guia da arquitetura colonial, neoclássica e romântica no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro:
- Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira. O rococó religioso no Brasil. São Paulo:
A Ordem Terceira do Carmo foi fundada em 1648, e funcionou numa capela erguida nos
fundos da igreja conventual. Desentendimentos com os frades carmelitas levou a Ordem a
construir seu próprio templo, num terreno doado em 1749 na rua Direita. Em 1752 foi decidida a
construção do novo templo, cujas obras, entretanto, só começaram em 16 de julho de 1755,
após muitas divergências. Atribui-se o projeto do templo ao Mestre Manoel Alves Setúbal, que
foi seu construtor. Em 1755, um novo risco, proposto por Frei Xavier Vaz de Carvalho foi
aprovado para o interior do templo. A porta principal e uma lateral em mármore de Lióz foi
encomendada a canteiros de Portugal em 1760 e colocadas na igreja no ano seguinte. No ano
de 1770, a igreja foi declarada terminada, à exceção das torres, sendo rezada a primeira missa
no dia 10 de julho, durando as festividades quatro dias. Em 1772, foi decidido construir a Capela
do Noviciado, no lado oposto à sacristia. Quanto às torres, só foram projetadas em 1846 e
construídas de 1847 a 50 pelo professor de desenho da Academia Imperial de Belas Artes,
Manuel Joaquim de Melo Corte Real.
A talha interna foi confiada ao Mestre Luís da Fonseca Rosa, que segundo se consta, foi
mestre de Valentim da Fonseca e Silva, que também ali trabalhou. Fonseca Rosa trabalhou no
retábulo da capela-mór de 1768 a 1780. Mestre Valentim executou pequenos trabalhos de 1780
a 1800 na capela-mór. A talha do corpo da igreja data do século XIX, executada em 1855 por
Mestre Antônio de Pádua e Castro, em estilo rococó tardio.
ACapela do Noviciado, construída em 1772, recebeu um altar-mór feito entre 1772/73 por
Mestre Valentim da Fonseca e Silva. Em 1796/97 o mesmo artista fez em estilo rococó o altar
de Nossa Senhora das Dores. Os painéis à óleo desta capela, com temas sacros, são atribuídos
à Manuel da Cunha. A policromia em branco e ouro desta capela foi executada apenas em
1852. Recentemente foi a mesma restaurada.
fundos da igreja conventual. Desentendimentos com os frades carmelitas levou a Ordem a
construir seu próprio templo, num terreno doado em 1749 na rua Direita. Em 1752 foi decidida a
construção do novo templo, cujas obras, entretanto, só começaram em 16 de julho de 1755,
após muitas divergências. Atribui-se o projeto do templo ao Mestre Manoel Alves Setúbal, que
foi seu construtor. Em 1755, um novo risco, proposto por Frei Xavier Vaz de Carvalho foi
aprovado para o interior do templo. A porta principal e uma lateral em mármore de Lióz foi
encomendada a canteiros de Portugal em 1760 e colocadas na igreja no ano seguinte. No ano
de 1770, a igreja foi declarada terminada, à exceção das torres, sendo rezada a primeira missa
no dia 10 de julho, durando as festividades quatro dias. Em 1772, foi decidido construir a Capela
do Noviciado, no lado oposto à sacristia. Quanto às torres, só foram projetadas em 1846 e
construídas de 1847 a 50 pelo professor de desenho da Academia Imperial de Belas Artes,
Manuel Joaquim de Melo Corte Real.
A talha interna foi confiada ao Mestre Luís da Fonseca Rosa, que segundo se consta, foi
mestre de Valentim da Fonseca e Silva, que também ali trabalhou. Fonseca Rosa trabalhou no
retábulo da capela-mór de 1768 a 1780. Mestre Valentim executou pequenos trabalhos de 1780
a 1800 na capela-mór. A talha do corpo da igreja data do século XIX, executada em 1855 por
Mestre Antônio de Pádua e Castro, em estilo rococó tardio.
ACapela do Noviciado, construída em 1772, recebeu um altar-mór feito entre 1772/73 por
Mestre Valentim da Fonseca e Silva. Em 1796/97 o mesmo artista fez em estilo rococó o altar
de Nossa Senhora das Dores. Os painéis à óleo desta capela, com temas sacros, são atribuídos
à Manuel da Cunha. A policromia em branco e ouro desta capela foi executada apenas em
1852. Recentemente foi a mesma restaurada.
Ver também
Rua da Alfândega http://apatrulhadalama.blogspot.com/2010/04/ruas-igrejas-e-monumentos-do-rio-de_26.htmlRua Álvaro Chaves http://apatrulhadalama.blogspot.com/2010/04/ruas-igrejas-e-monumentos-do-rio-de_27.html
Rua dos Arcos http://apatrulhadalama.blogspot.com/2010/04/ruas-igrejas-e-monumentos-do-rio-de_8370.html
Convento do Carmo http://apatrulhadalama.blogspot.com/2010/04/ruas-igrejas-e-monumentos-do-rio-de_29.html
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