sábado, 22 de maio de 2010

RUAS, IGREJAS E MONUMENTOS DO RIO DE JANEIRO - Jardim Botânico #inforio

 

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


      O QUE É UM JARDIM BOTâNICO 
Um jardim botânico é normalmente uma área delimitada em meio ao espaço urbano, destinada ao cultivo, manutenção, conservação e divulgação de vegetação (autóctone e exótica), além de empreender pesquisas em Botânica. A maioria é administrada por uma institução pública ou privada, ou mesmo de capital misto.
Nestes espaços, as numerosas espécies e variedades de plantas selvagens e hortícolas cultivadas encontram-se estritamente identificadas e catalogadas.
De acordo com a BGCI, "os jardins botânicos são instituições que agrupam coleções documentadas de plantas vivas para fins de pesquisa, conservação, exposição e instrução científica".
Geralmente, os jardins botânicos dispõem de instalações adequadas para a conservação de espécies exóticas que não se adaptam bem ao clima local. As estufas, por exemplo, protegem as plantas que não toleram climas frios, proporcionando-lhes os fatores que favorecem o crescimento: ar, umidade, calor, luz, etc.
 

O Jardim Botânico localiza-se no bairro de mesmo nome, na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.
Uma das mais belas e bem preservadas áreas verdes da cidade, o Jardim Botânico é um exemplo da diversidade da flora brasileira e estrangeira. Nele podem ser observadas cerca de 6.500 espécies (algumas ameaçadas de extinção), distribuídas por uma área de 54 hectares, ao ar livre e em estufas.
O Jardim abriga ainda monumentos de valor histórico, artístico e arqueológico, além de um importante centro de pesquisa, que inclui a mais completa biblioteca do país especializada em botânica, com mais de 32 mil volumes.

ONDE É 


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Índice


História

Da criação ao período Imperial


Busto de D. João VI no Jardim.
Sua origem remonta à vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil, acompanhada pela Corte (1808). Fixando-se no Rio de Janeiro, então alçada à condição de sede do Império Português, a mudança trouxe diversas oportunidades e melhorias para a cidade, dentre elas a implantação de uma Fábrica de Pólvora na sede do antigo Engenho de Rodrigo de Freitas, cujas ruínas dos muros atualmente integram os limites do Jardim Botânico.
Recém-chegado, por Decreto de 13 de junho de 1808, o Príncipe-Regente D. João criou no antigo "Engenho da Lagoa", pertencente a Rodrigo de Freitas, o Jardim de Aclimação, com a finalidade de aclimatar as plantas de especiarias oriundas das Índias Orientais: noz-moscada, canela e pimenta-do-reino.
No mesmo ano, a 11 de outubro, recebeu o nome de Real Horto. Sua direção foi entregue ao marquês de Sabará, diretor da fábrica de pólvora criada ao lado, que também entendia de botânica, sendo depois substituído pelo Tenente General Carlos Napion. Em 1810, segundo o "Dicionário de Curiosidades do Rio de Janeiro", o alemão Kaucke o transformou em uma estação experimental. Tinha à sua disposição escravos, instrumentos, morada e ganhava mais de 800 mil réis por ano. Nos viveiros já havia mudas de cânfora, nogueira, jaqueira, cravo-da-índia e outras plantas do Oriente.
Com a Proclamação da Independência do Brasil, o Real Horto foi aberto à visitação pública em 1822 como Real Jardim Botânico. Adquiriu a partir de então foros de botânico, pois seu diretor era um erudito frade carmelita, frei Leandro do Sacramento, professor de botânica conhecido pelos seus estudos da flora brasileira. Frei Leandro introduziu melhoramentos e organizou um catálogo das plantas ali cultivadas. Foi o orientador das aléias de mangueiras, jaqueiras, nogueiras e outras, assim como das cercas de murtas, crótons, hibisco.
Em sua homenagem, uma das dependências do Jardim tem o seu busto e o belo lago leva o seu nome.

Da Proclamação da República aos nossos dias


"Casa dos pilões", resto da antiga fábrica de pólvora.
Com a Proclamação da República, passou a ser denominado como Jardim Botânico (1890). Desde então, teve vários visitantes ilustres como Albert Einstein, a rainha Elizabeth II de Inglaterra e outros, transformando-se em cartão-postal da cidade. Entre os nomes de pesquisadores que lhe estão ligados está o de Manuel Pio Correia.
O Jardim encontra-se tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional desde 1937.
Em 1991, a UNESCO considerou-o como Reserva da Biosfera. Nesse momento, quando o Jardim passava por dificuldades de manutenção e conservação, um grupo de empresas (públicas e privadas) se formou para auxiliá-lo. Como resultado das parcerias, em 1992 o orquidário e a estufa de violetas foram renovados, além de procedida uma limpeza no lago. Em 1995, foi construído o Jardim Sensorial, com plantas aromáticas e placas indicadoras em Braille, permitindo a visitação por deficientes visuais. Posteriormente uma nova estufa para as bromélias foi construída. No início do século XXI, o muro do Jardim na Rua Pacheco Leão foi demolido, dando lugar a uma grade, melhorando a sua integração paisagística no bairro.
Como reconhecimento pela sua importância científica, foi rebatizado como Instituto de Pesquisas Jardim Botânico em 1998, ficando afeto ao Ministério do Meio Ambiente. Finalmente, em 2002, tornou-se uma autarquia.

Visitação

Entre os pontos a serem considerados pelo visitante, destacam-se:

Centro de Visitantes

No Centro pode-se solicitar a visita acompanhada, pesquisas bilingües. O espaço também é utilizado como local de exposições de arte.

Aléia Barbosa Rodrigues


Jardim Botânico do Rio de Janeiro: Aléia Barbosa Rodrigues.
O seu nome é uma homenagem ao naturalista brasileiro João Barbosa Rodrigues, diretor da instituição entre 1890 e 1909. Aléia principal do Jardim, constitui-se no seu cartão de visitas, ladeada por imponentes Palmeiras imperiais.
A primeira muda de sua espécie a chegar no Brasil foi plantada pelo Príncipe-Regente D. João em 1809. Era então administrador Serpa Brandão, e tanto era seu carinho e seu ciúme pela palmeira que, quando esta floresceu e frutificou, colhia suas sementes e as queimava, para que não se vulgarizasse com numerosos exemplares! Com o tempo, os escravos viam nas sementes modo de conseguir dinheiro fácil, e às ocultas colhiam seus frutos à noite e iam vendê-los.
O conjunto monumental da aléia é integrado pelo portal oriundo da demolição do prédio da Academia Imperial de Belas Artes (1938), de autoria do Arquiteto francês Grandjean de Montigny.

Aléia Custódio Serrão

Assim nomeada em homenagem ao segundo administrador da instituição, Frei Custódio Serrão (1859-1861), destaca-se pelos exemplares de Abricó-de-macaco, espécie nativa da Amazônia, e pelos de Sumaúma, uma das árvores de maior porte no mundo.
Em uma das extremidades da aléia, no local onde o então Príncipe-Regente plantou a primeira Palmeira Imperial (1809), derrubada por um raio em 1972, encontra-se um busto de D. João VI, de autoria de Rodolfo Bernardelli. As sementes dessa primeira palmeira, deram origem à Palma Filia, hoje também no local.

Aléia Pedro Gordilho

Nomeada em homenagem a Pedro Gordilho Pais Leme, antecessor de Barbosa Rodrigues à frente da instituição, destaca-se pelas árvores de pau-brasil, símbolo nacional brasileiro, e pelas cascatas.

Aqueduto da Levada

Construído em 1853 com o objetivo de ordenar o curso das águas pluviais do vale da Margarida, onde havia cultura de "Carludovica palmata" (com cuja fibra se fabricavam chapéus do Chile), para o Jardim Botânico.
Bem tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em 2005 o monumento sofreu extensa intervenção de restauro, dentro de um projeto mais amplo de recuperação e requalificação do seu entorno.
Esse projeto previu o tratamento da área, então utilizada para o descarte de restos vegetais e de resíduos, e de seus acessos, reintegrando-a ao espaço do Jardim Botânico por meio da recuperação paisagística e da sua articulação com o Caminho da Mata Atlântica e outros acessos, além da criação de novas áreas de visitação e de coleções botânicas.

Caminho da Mata Atlântica

O chamado Caminho da Mata Atlântica, antigo Caminho do Boi, é um caminho aberto num fragmento preservado da Mata Atlântica. Com aproximadamente 600 metros de extensão, inicia-se na catarata e termina, atualmente, no Aqueduto da Levada, aberto em 2005 à visitação pública.

Chafariz Central


Jardim Botânico: chafariz central.
Em ponto central no encontro das aléias, constitui-se numa das mais belas atrações do Jardim. Fabricado na Inglaterra, é constituído por duas bacias. Na maior delas, quatro figuras representam a Música, a Poesia, a Ciência e a Arte.
O chafariz foi originalmente instalado na Lapa até que, com a reformulação do Passeio Público (1905), foi aqui instalado.

Solar da Imperatriz

Edificação associada ao primeiro engenho de açúcar na então capitania do Rio de Janeiro, o Engenho de Nossa Senhora da Conceição da Lagoa, estabelecido em 1575. Este Solar e mais cinquenta e oito chácaras integravam o vasto latifúndio onde se localizam os bairros que, atualmente, circundam a Lagoa Rodrigo de Freitas. No subsolo do solar havia uma senzala onde eram mantidos os escravos da propriedade. Uma tradição local refere que os escravos aí mantidos se revezavam em gritos e uivos, como forma resistência, para que seus senhores não dormissem à noite.

Memorial Mestre Valentim

Criado em 1997, o memorial homenageia o artista brasileiro Valentim da Fonseca e Silva, autor das primeiras obras em metal fundidas no Brasil, abrigando peças provenientes da demolição da antiga Fonte das Marrecas, no Passeio Público (1905).
Destacam-se os conjuntos "Aves Pernaltas" e as estátuas de "Eco" e "Narciso", fundidas em bronze.

Lago Frei Leandro


Jardim Botânico: lago Frei Leandro.
O seu nome é uma homenagem a Frei Leandro do Santíssimo Sacramento, primeiro diretor do Jardim Botânico, de 1824 a 1829.
O lago destaca-se pela presença de vitórias-régias e ninféias em seu espelho d'água, decorado por uma escultura da deusa Tétis em ferro, da autoria de Louis Savageau. Nas suas margens, o visitante pode apreciar exuberantes exemplares da Árvore do Viajante.

Cômoro


Jardim Botânico do Rio de Janeiro: mesa de granito no cômoro.
O cômoro, elevação adjacente ao lago, foi erguido com a terra retirada para a construção do mesmo. Ambos foram projetados por Frei Leandro, que tinha o hábito de se sentar à sombra da jaqueira (até hoje no local), dirigindo os trabalhos dos escravos. Ali fez colocar uma grande mesa de granito, onde os jovens príncipes, primeiro D. Pedro I e, mais tarde, D. Pedro II, faziam seus lanches. Fez colocar ainda um relógio de sol. O cômoro é encimado por um caramanchão, a chamada Casa de Cedros.

Orquidário

Estufa construída no final do século XIX, foi reformada na década de 1930, e restaurada em 1998.
Além de abrigar mais de 700 espécies de orquídeas, o orquidário abriga plantas ornamentais como antúrios, filodendros, avencas e samambaias, um conjunto de dois mil vasos com uma das mais belas coleções do Jardim Botânico.

Bromeliário

Maior bromeliário do Rio de Janeiro, reúne cerca de mil e setecentos exemplares das Américas do Sul e Central, muitas delas encontradas na Amazônia, na Mata Atlântica, em restingas e caatingas.
De formas muito diversas, são muito apreciadas como plantas ornamentais pela sua fácil adaptação ao ambiente. Aqui encontram-se organizadas em canteiros e na Estufa Roberto Burle Marx.

Insetívoras

Esta estufa concentra uma comunidade de plantas genéricamente denominadas como insetívoras, que atrai a atenção dos visitantes em geral, e particularmente do público infantil.

Jardim Sensorial

Concebido de maneira a que as suas plantas possam ser tocadas pelos visitantes, destina-se particularmente à apreciação pelos deficientes visuais.
O conjunto é constituído por plantas aromáticas e de diversas texturas, sendo o visitante convidado a exercitar os sentidos do tato e do olfato, particularmente. As espécies de plantas encontram-se identificadas por placas com escrita em braille.

Região Amazônica


Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Este trecho do Jardim evoca a densa vegetação da Amazônia, cenário completo com uma cabana de sapê e a estátua de um caboclo da região. Aqui se encontram exemplares de seringueiras, babaçus, andirobas, cacaueiros e pau-mulato, espécie interessante pela mudança de cor que apresenta a cada época do ano.

Jardim Japonês

Criado em 1935, a partir de uma doação de sessenta e cinco espécies de plantas típicas do Japão, feita pela Missão Econômica Japonesa, que à época visitou o Brasil. Reinaugurado em 1995, apresenta ao visitante um típico recanto nipônico, com um jardim de pedras, e exemplares de bonsais, bambus, cerejeiras, buquês de noiva e salgueiros-chorões. Nos dois lagos, habitados por carpas, destacam-se flores de lótus.
O Jardim Botânico do Rio de Janeiro conta ainda com um café (Café Botânica).

Arboreto

O Arboreto é composto por cerca de 9 mil espécimes vegetais que representam ecossistemas brasileiros e de outros países . Ao todo, é um fragmento de 57 hectares de Mata Atlântica remanescente, 197 canteiros de coleções de plantas, quatro lagos com vitórias-régias, cerca de 1.500 espécies cultivadas nas estufas do Orquidário, Bromeliário, Insetívoras e Cactário, além de seis jardins temáticos: roseiral, medicinal, sensorial, bíblico, japonês e beija-flores.
Em 30 de setembro de 2009, a Companhia Vale do Rio Doce assinou um convênio para preservar o Jardim Botânico, com o investimento de R$ 2 milhões próprios (não-incentivados) ao longo dos próximos dois anos. Estão previstas ações de jardinagem, limpeza, nova sinalização, reforma dos bancos, intercâmbio de tecnologia ambiental e outros. A Vale patrocina ainda o espaço Teatro Tom Jobim com programação de música.

Alguns números sobre o Jardim Botânico

O Jardim conta com:
  • 330 mil plantas desidratadas
  • Carpoteca com 5.800 frutos secos
  • Xiloteca com 8.000 amostras de madeira
  • Orquidário
  • Biblioteca com cerca de 66 mil volumes e 3 mil obras raras

Ligações externas



Tour Virtual 
http://ebendinger.jbrj.gov.br/mapa.htm#


FOTOS 
Fonte Ricardo Furtado


Outras RUAS, IGREJAS E MONUMENTOS DO RIO DE JANEIRO


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