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terça-feira, 25 de outubro de 2011

QUE BELEZA !!! - Ministério da Cultura distribuiu ingressos do Rock in Rio para servidores

DE BRASÍLIA 
O Ministério da Cultura, por meio da Sefic (Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura), repassou a 24 funcionários ingressos para o festival de música Rock in Rio, realizado no final de setembro.

A realização do Rock in Rio, de acordo com os organizadores, custou R$ 95 milhões, dos quais R$ 7,4 milhões foram captados via renúncia fiscal, pela Lei Rouanet. A Sefic havia autorizado a captação de R$ 12 milhões.

Os ingressos foram dados ao MinC por força de um decreto, que determina que até 10% do que for produzido com incentivo público seja encaminhado ao ministério, que determina o seu destino.

De acordo com o secretário Henilton Parente de Menezes, desde o ano passado ele adota a política de distribuir os ingressos aos funcionários como forma de "qualificação dos servidores". "Uma equipe que trabalha com mecanismos dessa complexidade não pode ficar ausente do mundo cultural", afirmou.


Danilo Verpa 25.set.2011/Folhapress

Público do Rock In Rio acompanha os shows de heavy metal

De acordo com Menezes, cada servidor recebeu o ingresso de uma noite de shows --a distribuição foi feita para aqueles que teriam condições de pagar transporte e hospedagem no Rio, já que os ingressos chegaram ao ministério uma semana antes do início do festival.

"É uma atitude de gestão minha. Não faço distribuição de ingresso para políticos ou para amigos meus. É uma forma para que os técnicos conheçam a dinâmica de um evento", disse.

Ele afirmou ainda que os livros e CDs recebidos, por exemplo, são enviados à Biblioteca Pública Nacional. Menezes também compareceu a uma noite do festival, com credencial cedida pela organização. 

Sobre a crítica feita ao ministério por conceder incentivos fiscais a grandes eventos, como o Rock in Rio ou a apresentação do Cirque du Soleil (que foi autorizado a captar R$ 9,4 mi), Menezes afirmou que, como a Lei Rouanet admite que haja o patrocínio, ele não pode "proibir algo que a lei não proíbe."

Ele defendeu mudanças na lei, por achar que ela "não cabe mais na sociedade brasileira". "A polêmica do Cirque du Soleil, por exemplo: para a lei, é circo e pronto, e todo circo tem direito ao benefício. Assim, o Cirque du Soleil é enxergado da mesma forma que um circo tupiniquim."

Fonte Folha

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