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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

FRAUDE - Escola de samba prestou contas com nota falsa

Documento, segundo inquérito do MP, é de empresa de Minas Gerais que na época já estava fechada
Chico Otávio
Aloy Jupiara
Carolina Heringer

RIO - Na prestação de contas do dinheiro recebido da prefeitura para o desfile do Grupo Especial em 2010, a escola de samba União da Ilha apresentou uma nota fiscal de R$ 285 mil que é falsa, segundo revela inquérito que apura irregularidades nos contratos de carnaval entre a Riotur e a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa).

A nota, a de valor mais elevado entre as despesas declaradas pela agremiação, que totalizaram R$ 752 mil, foi emitida em 10 de maio de 2010 pela Brasil Company Indústria e Distribuidora de Embalagens, de Cambui (MG). Consultada pelo Ministério Público, a Secretaria de Fazenda de Minas Gerais informou que a empresa estava com o cadastro suspenso desde 30 de abril de 2010, “por motivo de desaparecimento do contribuinte”. A nota foi emitida dez dias depois de a empresa ter sido considerada oficialmente fechada.

O MP investiga ainda o porquê de a nota ser de data posterior ao carnaval de 2010, realizado em 14 e 15 de fevereiro. Além disso, informou o órgão, há “diferenças gritantes” entre as notas autorizadas pela Secretaria de Fazenda e a entregue pela União da Ilha na prestação exigida pela Riotur. A nota lista o fornecimento de nylon, cetim, organza, pluma, lantejoula e outros materiais à escola. Ela é um dos exemplos apontados por promotores de descontrole dos gastos no carnaval.

No período de 26 de julho a 6 de agosto de 2010, a Riotur esteve sob inspeção ordinária do Tribunal de Contas do Município (TCM). No relatório final dos fiscais, que levou ao arquivamento do processo com recomendações ao órgão municipal, não há qualquer referência à nota falsa nas prestações de contas das escolas de samba (cada agremiação recebeu R$ 750 mil da prefeitura para o carnaval).

Procurado, o TCM respondeu que “não vai mais se pronunciar sobre o assunto”. O tribunal está entre os órgãos que recebem camarotes no desfile do Grupo Especial, como prevê o termo de cessão do Sambódromo assinado entre a Liesa e a Riotur.

Presidente da Ilha não dá explicação
O presidente da União da Ilha, Ney Fillardis, não soube explicar o porquê de a nota apresentada pela agremiação ser de uma data em que a empresa emissora não estava mais legalmente funcionando. Além disso, Fillardis se eximiu de responsabilidade pelo documento falso.

-— Ninguém tem aquele cuidado de ir na origem para saber se a nota é boa ou não. Quando você compra, não procura saber a procedência. O problema da nota fiscal ser boa ou não é secundário. Nós só ficamos sabendo em casos como esse, que o MP descobriu. Quem compra, quem paga está sujeito a isso. Em sendo fria a nota fiscal, alguém cometeu crime. Mas garanto que nem eu nem ninguém da minha diretoria cometemos crime.

Diante de casos como o da Ilha, o MP perguntou se o TCM verificava a idoneidade das notas apresentadas. De acordo com o MP, o tribunal respondeu que apenas confere o valor total da verba com o das notas apresentadas, o que foi considerado insatisfatório pela promotoria.

Sobre a data da emissão do documento, quase três meses depois do carnaval, Ney Fillardis garantiu que sua escola não recebe notas após a compra da mercadoria. Perguntado sobre o fato de uma nota emitida em maio ter sido apresentada para justificar os gastos do carnaval, ele admitiu que “esse detalhe” pode ter passado sem que ninguém percebesse.

Representantes da Brasil Company não foram localizados pelo GLOBO para explicar a nota.

Fonte O Globo http://oglobo.globo.com/rio/escola-de-samba-prestou-contas-com-nota-falsa-3764715#ixzz1kYLWhOeg
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terça-feira, 13 de abril de 2010

RIO DE JANEIRO/COTIDIANO - Presidente da escola de samba Vila Isabel é preso em operação da PF no Rio

DIANA BRITO
da Sucursal do Rio
 
O presidente da escola de samba Vila Isabel, Wilson Vieira Alves, conhecido como Moisés, foi preso no início da manhã desta terça-feira em sua casa, em Copacabana, zona sul do Rio, durante a operação da Polícia Federal batizada de Alvará. Segundo a PF, Alves é acusado de comandar a máfia dos caça-níqueis na região.
Alves foi levado para a sede da PF na zona portuária do Rio. A assessoria da corporação informou que 29 mandados de prisão estão sendo cumpridos em vários bairros do Rio, Niterói e São Gonçalo, na região metropolitana. Outros 42 mandados de busca e apreensão também estão sendo cumpridos.
A operação foi deflagrada com o objetivo de reprimir as atividades da máfia dos caça-níqueis. Oito policiais militares e um inspetor da Polícia Civil tinham sido presos até as 10h30 de hoje. Ainda não há informações sobre a identidade deles.
A ação é uma resposta à guerra dos caça-níqueis, que teve seu ápice semana passada com o atentado contra Rogério de Andrade, acusado de ser um dos chefes da máfia dos caça-níqueis no Rio. Os policiais iniciaram a ação por volta das 5h desta terça, com a colaboração de agentes da CGU (Corregedoria Geral Unificada), da Secretaria de Segurança, divididos em 40 equipes num total de cerca de 230 policiais.

Atentado
Rogério Andrade (sobrinho de Castor) sofreu um atentado na última quinta-feira (8), junto com seu filho Diogo Andrade, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio. Ambos estavam em um carro que trafegava pela avenida das Américas quando ocorreu a explosão.
Diogo morreu na hora e Rogério foi levado para o hospital particular Barra Barra D'Or, na Barra da Tijuca (zona oeste), onde permaneceu internado até sábado (10).
A assessoria do Barra D'Or afirmou que estilhaços da bomba provocaram fraturas na mandíbula e no nariz de Rogério Andrade. Ele teve que passar por uma cirurgia realizada por um ortopedista e um cirurgião plástico.
A Polícia Civil informou que o atentado, que provocou a morte de Diogo, reacende a guerra pelo controle da máfia dos caça-níqueis na zona oeste do Rio. A estilo das execuções feitas pela máfia italiana, o crime teria como autor um especialista em confecção de artefatos, que pode ter usado explosivo plástico C4.
A perícia preliminar feita no Toyota Corolla blindado constatou que o centro da detonação foi no lado do motorista, causando a morte de Diogo, que dirigia o veículo, apesar de não ter carteira de motorista.
A Polícia Civil afirmou ainda que especialistas do Esquadrão Antibombas devem concluir em 15 dias um laudo, que vai apontar o tipo de explosivo usado. Inicialmente, a polícia chegou a cogitar o uso de um lança-granadas, mas a hipótese está praticamente descartada após a constatação de que o centro da explosão foi no interior do veículo.