Jornal Nacional
O marido teria que pagar o equivalente a R$ 3 mil para embarcar junto. Com fama de poupador compulsivo, ele achou uma passagem bem mais em conta em uma companhia de baixo custo.
Em um momento em que o Brasil, mais uma vez, suspeita do uso do dinheiro público contaminado por interesses privados, a Alemanha mostra como isso pode e deve ser evitado, mesmo quando o volume de dinheiro nem é tão grande assim.
É respeito ao dinheiro público elevado às alturas. Em avião oficial do governo, só viaja de graça o governante. Qualquer parente pode embarcar, desde que pague um valor equivalente à passagem na primeira classe de um voo de carreira.
É assim que funciona nos chamados países nórdicos: Noruega, Finlândia, Suécia e Dinamarca. E também na Alemanha.
Recentemente, a primeira-ministra alemã, Angela Merkel, tirou apenas a segunda temporada de férias em seis anos e meio de governo. Foi passar a páscoa em uma ilha na Itália. Ela voou no avião da Força Aérea alemã.
O marido teria que pagar o equivalente a R$ 3 mil para embarcar junto. Joachim Sauer, professor de química e com fama de poupador compulsivo, achou uma passagem bem mais em conta, R$ 350, em uma companhia de baixo custo. E foi em voo separado.
Não é só o primeiro-ministro que está sujeito a essas regras. Nos países nórdicos e na Alemanha, nenhum filho, marido ou mulher de parlamentar tem direito a passagem aérea ou de trem paga pelos cofres públicos. Pegar carona em avião de empresários, então, nem pensar. A pena pode chegar a uma suspensão ou até a perda do mandato.
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